31 outubro 2016

(No subject)

 

19 maio 2016

Eu não sou oficial de informações

Finalmente alguém diz uma verdade. Tão grande quanto cruel.
 
Para cá e para lá do Torreão já todos sabiamos. De qualquer modo, 'brigadinho.
 
Para isto vale a pena quebrar o silêncio-blogue.

13 maio 2016

Soberba, imprudência, temeridade

Seis anos depois a história repete-se.
 
Trinta milhões de euros por ano para garantir a salvaguarda da independência nacional, dos interesses nacionais e a segurança dos cidadãos.
 
Trinta milhões de euros por anos para prevenir ameaças como o terrorismo, crime organizado, espionagem e sabotagem.
 
Na realidade trinta milhões de euros para fazer tábua rasa das prioridades definidas pelos órgãos do Estado e tornar prioritária a "caça aos mensageiros".
 
Antes um meio de comunicação formal. Agora que esses estão controlados (por enquanto), uma plataforma informal. Uma plataforma que não é terrorista, não é criminosa, não espia nem sabota. Ficciona, cria e torna o tédio menos entediante.
 
Bem pode o camarada zé (e os seus próceres) mais tarde vir a afirmar, como afirmou, que desconhecia tudo. É comportamento típico dos agentes. As cadeias estão cheias de gente assim.
 
Os últimos meses foram metodicamente passados a recolher indícios. Foi trabalhoso e doloroso. Dezenas de voluntários, insiders mas sobretudo da sociedade civil (trabalhadores de operadores e isp's, organismos públicos, peritos individuais), mobilizaram-se para a acção. Enquanto eles andavam de olho na Companhia, a Companhia andou com muitos olhos em cima deles.
 
A soberba, a imprudência e a temeridade são os ingredientes para a tempestade perfeita.
 
Depois desta mensagem a Companhia vai adoptar o procedimento de silêncio-blogue. Esse procedimento só será interrompido pontualmente.
 
O que aí vem exige serenidade e que os indícios não sejam contaminados por eventuais excessos comunicacionais.
 
Os agradecimentos da Companhia a todos os que com ela estiveram neste combate patriótico pela verdade e pela justiça. A eles se deve a suavização de algumas situações insuportáveis a nível individual e colectivo. O medo da exposição moderou algumas naturezas mais reles. As más consciências tiveram insónias. Despertaram muitos espíritos adormecidos. A Companhia cumpriu a sua missão.
 
Quantos aos outros, até breve!

12 maio 2016

Três de uma assentada

Mas está tudo, como sempre esteve, na santa paz do templo.

11 maio 2016

A democracia do Público com o salpicão à mesa

«
O PÚBLICO sabe que nos serviços secretos — o SIRP engloba o SIS (Sistema de Informações de Segurança) e o SIED (Serviços de Informações Estratégicos de Defesa) — há consenso em relação a alguns pontos do acórdão. Três exemplos: introduzir mais garantias da destruição de dados, encurtar os prazos de armazenamento dos dados e criar adicionais formas de controlo, propostas que respondem a questões levantadas pelos juízes do Palácio Ratton, como a duração do acesso aos metadados, e as regras e prazos para a sua eliminação.

A doutrina do SIRP — que está na dependência do primeiro-ministro — insiste que o serviço de informação existe como apoio à decisão política e não das polícias. Os princípios da constitucionalidade e legalidade, e da exclusividade e especialidade, balizam a actividade do SIRP no respeito da Constituição, protecção dos direitos fundamentais e na não invasão de outros organismos, como recorda o acórdão do TC.»

Para que seja coerente, a Companhia avança com "duas ou três coisas":
  • É extraordinário como o Público sabe coisas falando com duas ou três pessoas dos serviços de informações e daí retira consensos. Basta aliás ler os telegramas da Companhia para perceber que o tema está longe de ser consensual. Mesmo no seio da Companhia.
  • O alegado consenso "em relação a alguns pontos do acordão" é uma técnica negocial, tão antiga como a comunidade cigana (com todo o respeito), que enfatiza os aspectos menores para alcançar o objectivo supremo (aceder sem limites aos metadados).
  • "A doutrina do SIRP" elevada à categoria da "doutrina social da Igreja" ou da "doutrina económica marxista" não existe. Tirando uma tiradas de sofrível coturno intelectual, debitadas em salas semi vazias (e ainda assim com uma maioria de alunos de mestrado e pós graduação quase empurrados para dentro da sala com alusões a vagas promessas), temos de concluir que não há "SIRP" e muito menos "doutrina". Portanto o primeiro ministro tem na sua dependência uma coisa que não existe. E não sabe.
  • A tal doutrina "insiste que o serviço de informação existe como apoio à decisão política e não das polícias". Aqui estamos no terreno do estupidamente óbvio: a "doutrina" sabe que o "debate" assenta em falsos pressupostos, porque a segurança dos cidadãos está garantida através do acesso das polícias aos metadados. O que era desnecessário era admitir ao Público que o acesso aos metadados se destina "ao apoio à decisão política". Se os sindicatos da PJ e dos procuradores do MP queriam mais uma bandeira contra a politização da investigação já a encontraram.

O Desafio da Mochila (5)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 machadão
  • 1 serra circular de grande porte
  • 1 gadanha industrial
  • 1 eletroserra Husqvarna 38

10 maio 2016

Verdades

Da série Panda do Kung Fu:

"Os pandas não andam. Rebolam!"

Se rebolam. São eles e nós.

Rebolamos a rir.

09 maio 2016

 

O Desafio da Mochila (4)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 pernil de porco
  • 1 salpicão
  • 1 alheira
  • 1 moira

06 maio 2016

You gotta be kidding


Alguém leva o tema a sério?

Conferência internacional?

Paródia?

Histriónico.

05 maio 2016

O Desafio da Mochila (3)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 machadinha
  • 1 machete
  • 1 serra circular
  • 1 serra de poda

04 maio 2016

O que vale é o DR

Para se ir sabendo algumas novidades.
 
Como esta.
 
E ficamos todos a saber que o SIRP tem um quadro de funcionários. Ou se calhar não tem e é como a Companhia da Inteligência. Uma ficção. Obra da criatividade intelectual.
 
E as costas. Essas vão folgando.

Avaliação? Ontem já era tarde.

"Considera necessária a reorganização dos Serviços de Informação da República Portuguesa (SIRP)?
Os serviços de informações já foram objecto de uma reorganização que não é muito antiga, através da criação do SIRP e a colocação sob o mesmo chapéu do Sistema de Informações de Segurança (SIS), da parte interna, e do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), a parte externa. Em minha opinião, essa é uma matéria que tem de ser avaliada e que não compete, apenas, à ministra da Administração Interna."

03 maio 2016

O Desafio da Mochila (2)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 garrafa de Cabernet Sauvignon Concha y Toro Gran Reserva Serie Riberas Carmenere 2011
  • 1 garrafa de Syrah Michael David Winery 6th Sense 2010
  • 1 queijo da serra
  • 1 sacarolhas

02 maio 2016

O pote

Por aqui se pode perceber porque é que há tanta gente com sede. E também porque se deixa tanta outra gente "morrer" à sede.
 
Agora façam todos o seguinte exercício: multipliquem por 10.
 
Ainda andam preocupados com os papéis do Panama? A Companhia preocupa-se mais com estes papéis. E na "Casa" a maioria também se preocupa. E não necessariamente pelas mesmas razões que fazem com que outros (actuais e antigos) "andem preocupados".

29 abril 2016

Os embusteiros

"Relativamente à desclassificação do Manual de Procedimentos do SIS (...) entende-se que o levantamento do segredo de Estado sobre a totalidade do documento exporia o `modus operandi´ das diversas unidades do serviço, fragilizando-o em termos de segurança perante terceiros" refere o ofício de Júlio Pereira para o gabinete de António Costa, ao qual a agência Lusa teve acesso."
 
  • Como é que a Lusa teve acesso a um ofício do gabinete do sirp?
  • Quando se bateu no fundo que mais é que poderá fragilizar?
  • Manter a classificação de um documento que já foi publicado é ridículo ou tão-só patético?
  • Como é que o parlamento e a presidência continuam a manter as aparências perante tamanho embuste?

O Desafio da Mochila (1)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 dildo de pau preto
  • 4 caixas de 50 preservativos XXL
  • 1 litro de oxidante de 40 volumes
  • 1 fato de latex bondage adapted
  • 1 embalagem de manteiga de amendoim

28 abril 2016

Afinal a vaca não era sagrada

«O gabinete do primeiro-ministro aceitou parcialmente o pedido do tribunal que julga o 'caso das secretas' para levantamento do segredo de Estado nas matérias com relevância para a defesa dos arguidos, informou esta quinta-feira a juíza presidente.
 
Na audiência de julgamento de hoje, a juíza presidente do coletivo Rosa Brandão informou os advogados que o tribunal recebeu na quarta-feira a resposta do gabinete de António Costa ao pedido do tribunal para que fosse levantado o segredo de Estado.»
 
  • Afinal a única pressão que havia era a "notícia à pressão" do Charlie Mike
  • Uma coisa que era tão complexa revela-se agora muito simples
  • Estamos cada vez mais próximos do início do que do fim

A parceria estratégica

Conta-se nos corredores da Ameixoeira que em ilo tempore um antigo e um actual alto dirigente das secretas fizeram um pacto, ao estilo Molotov-Ribbentrop, para partilharem os favores de uma donzela.
 
E corria de forma tão escorreita tal acordo de parceria (e não era a saudosa modalidade de parceria pecuária que alguns estarão já a associar) que um disfrutava às terças e quintas e o outro às segundas, quartas e sextas.
 
Os fins de semana eram criteriosamente divididos de acordo com uma fórmula algébrica que até hoje se encontra guardada no cofre pessoal de um outro antigo dirigente. E isto porque foi invocada por uma das partes num auto de reclamação consensualmente remetido para decisão do referido dirigente. Ciente do potencial de pericolosidade de tal documento apressou-se ele a subtraí-lo das mãos e das vistas de todos.
 
Em boa hora. Hoje já todos esqueceram os termos de tal parceria estratégica. Todos menos alguns.

27 abril 2016

Big data

A diferença entre Big Data e uma data de disparates que têm sido ditos em alguns periódicos de média circulação (entre a Baixa Chiado e a Reboleira) é que ao contrário do que dizem os nossos peritos em ciberterrorismo (e também em ciberignorância) Big Data não tem apenas a ver com o volume dos dados.
 
Além da grande dimensão, para merecer o apodo de BIG os dados têm de ter capacidade de circular com grande velocidade e de terem uma natureza variada (dados não estruturados, cappicce).
 
Mas também é claro que a maior parte destes especialistas estão mais familiarizados com o Big Mac. E até com outras coisas igualmente bigs.

26 abril 2016

O Desafio da Mochila

A Companhia, seguindo o de perto a iniciativa do Ministério da Educação, decidiu promover um dois em um. Por um lado lançou o desafio da Mochila a algumas figuras bem conhecidas da nossa mínima e muito discreta comunidade das informações. Por outro lado lança o repto aos leitores da Companhia, na sua esmagadora maioria também eles membros dessa mesma comunidade, de tentarem adivinhar qual a mochila de quem, mediante os objectos escolhidos nela guardados. As respostas podem ser enviadas pelos canais do costume ou até através da caixa de comentários da Companhia.

Notícias à pressão

"O tribunal está a pressionar o gabinete do primeiro-ministro para que António Costa tome, o mais rápido possível, uma decisão sobre o pedido de levantamento do segredo de Estado de matérias que dizem respeito ao serviço de informações português. O silêncio de António Costa dura há mais de um mês, apesar da insistência por parte das Varas Criminais de Lisboa, que têm em mãos o julgamento do caso das secretas. Segundo apurou o Correio da Manhã, a falta de resposta tem levado ao adiamento sucessivo do julgamento no último mês. "Já foram feitas várias insistências e até ao momento nada", explicou uma fonte do tribunal. Esta é a 1ª vez que o coletivo de juízes, liderado por Rosa Brandão, pede a identificação de uma fonte e operação das secretas e a cópia do manual de procedimentos dos espiões. "
 
Duas ou três coisinhas:
 
  • Ao fim de três semanas alguém piou
  • O texto é uma não-notícia
  • O autor não é do «millieu» para confundir a origem e assim não "correr mal" para alguém
  • Os tribunais não são apenas formados pelos juízes
  • Esta não é a primeira vez que é pedido o levantamento do segredo de estado. Nem por este colectivo, neste julgamento, nem por outros colectivos, noutros julgamentos.

25 abril 2016

olheiros ou olheiras?

Quadros qualificados de empresas e universidades são alvo de olheiros de secretas estrangeiras, que apoiam os seus países a recrutá-los em Portugal, aproveitando o ambiente de crise económica. Facto destacado no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que regista uma intensa atividade de espionagem estrangeira no nosso país. Atinge vários setores de atividade e "representa uma ameaça real à segurança interna e aos interesses nacionais".
 
Pergunta: É assim desde a fundação da nacionalidade ou 2016 foi um ano excepcional?
 
Outra pergunta: Só empresas e universidades? Não se estão a esquecer de nada?

22 abril 2016

Detenções na Ameixoeira

A Polícia Judiciária deteve o terceiro suspeito de estar envolvido no tiroteio da semana passada no bairro lisboeta da Ameixoeira. O homem foi detido no Minho.
 
Antevisões?

21 abril 2016

Nem um pio

Pela terceira semana consecutiva nem uma notícia sobre as secretas.
 
Diz o adágio que No news is good news.
 
Noutros casos é apenas podridão e decadência. E medo. O medo imposto aos sequazes da rua do grémio. Calaram-se os mensageiros do costume avisados sobre possíveis (e mais do que prováveis) consequências.
 
Os outros já só se riem de tão patética em que a situação se transformou.
 
PS: Aqui não há passarinhos nem pius.

O Gil Trocado

Sempre constituiu, senão o maior, um dos maiores mistérios que ensombrou a alta de Lisboa.
 
Ele até era um bom rapaz. Um pouco tímido até.
 
Vivia no sonho de encontrar o amor.
 
O coração pedia mais, mais calor.
 
Ela apareceu, e a beleza dela desde logo o prendeu. Gostaram um do outro e ele alcançou o maior bem. Foi feliz.
 
Só pensava nela a toda a hora, sonhava com ela pela noite fora, chorava por ela se ela não vinha.
 
Só falava nela em cada momento, vivia com ela no pensamento. Ele sem ela, não lhe convinha.
 
E por isso hoje está mais perto dela

20 abril 2016

Coitado do Camiloff

Será que ele foi ter com a Vladimira?

18 abril 2016

O eixo Belém - Junqueira

É por aqui que vai passando tudo o que efectivamente importa para a definição do futuro da Comunidade de Informações em Portugal.
 
Os almoços de trabalho às quartas na Enoteca já estão a chamar tais atenções que talvez seja de considerar rever procedimentos.

15 abril 2016

Alvissaras

A quem souber a identidade do distinto membro (m/f) da madrassa da Tileninha que andava ontem (ou seria já hoje?) de madrugada num conhecido (e discreto) bar do "Bravo Alfa" a interrogar num louvável inglês muitos dos presentes.
 
Perdoa-se o estado do fígado pela risota que causou.
 
Elementos da Companhia que assistiram a toda a cena comentaram que o "distinto" já estaria a "estagiar para uma estação".
 
Começam cedo.

14 abril 2016

Ai os afectos!

A propósito da polémica gerada à volta da demissão do general CEME, duas ou três notas ():
  • Fazendo jus ao nome, Jerónimo, mostrou grande dignidade fazendo uma coisa que não é vulgar na nossa administração pública: pediu para ser exonerado. E fê-lo sem aquelas palhaçadas inventadas durante o passismo, de má memória, do "pediu a demissão mas não foi aceite". De hipocrisia temos de facto todos a nossa dose.
  • O lugar dos tenentes-coronéis não só não são as paǵinas dos jornais, como o não são também os estabelecimentos de ensino. Os militares servem nos quartéis ou equiparados, ou em teatro de operações.
  • O Exército é um ramo das forças armadas e enquanto tal a sua vocação não é, nem pode ser (sobretudo em 2016 - século XXI), gerir estabelecimentos de ensino de qualquer grau (básico, secundário ou superior).
  • Definam de uma vez por todas o estatuto do colégio militar: ou é público e tem de ser integrado na rede de ensino secundário e gerido nos mesmos termos que qualquer escola secundária (também em matéria de curriculos e contratação de docentes e trabalhadores e eligibilidade de alunos) ou é privado e passa a ser financiado, sobretudo, pelas mensalidades pagas pelos pais dos alunos (as aulas de esgrima, natação ou equitação, por exemplo, são um exclusivo inexistente noutras escolas públicas).
Nas entrelinhas poderão perceber que o que fica dito tem tudo a ver com informações.

13 abril 2016

Conselheiro win-win

"É a lógica do win-win: se percebem que têm vantagens nisso as empresas acolhem o agente secreto. E as firmas podem, por seu turno, ser úteis a actividades que os serviços de inteligência queiram desenvolver", descreveu **Heitor Romana**, antigo conselheiro da embaixada portuguesa na Rússia - designação que ocultava a sua verdadeira missão de **oficial de ligação entre os espiões de Lisboa e os de Moscovo**.
 
Digam lá ao homem que essa lógica é como a da batata.
 
Obrigado ao Tretas.

12 abril 2016

Solitários do asfalto

De Barlavento para Sotavento. E vice versa.
 
De Sul para Norte. E vice versa.
 
Da estupidez para a inteligência. E vice versa.
 
 
 
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É o que dá a Companhia ser um produto de ficção. Ai se não fosse!

11 abril 2016

Leitores de todo o mundo


Portugal

1705

Estados Unidos

195

Brasil

94

Alemanha

51

Austrália

19

Romênia

17

Moçambique

13

Angola

12

Rússia

12

Venezuela

8

08 abril 2016

O balão de ensaio

"Não querendo chegar a tal ponto, os socialistas começam, no entanto, a ensaiar discussões internas que reforçam substancialmente os poderes das secretas portuguesas na prevenção e combate do terrorismo.
 
A ideia é permitir aos espiões portugueses que tenham acesso não ao conteúdo das comunicações entre pessoas mas acesso aos metadados (por exemplo, às faturações detalhadas dos telemóveis dos suspeitos para que se perceba a quem telefonaram, quando e durante quanto tempo)."
 
Simples constatações:
 
  • Reino Unido, Espanha, França, Bélgica (na Europa) têm sistemas de recolha e avaliação de metadados (e intercepções "puras e duras") e têm dificuldades na prevenção e combate ao terrorismo.
  • Afeganistão, Iraque, Síria e Turquia permitem o acesso a "tudo e mais alguma coisa" e têm gravissimos problemas de terrorismo.
  • A PJ, a GNR, a PSP, o SEF podem aceder a metadados e a intercepções sempre que tal se justifique. E justificar-se-á sempre que o SIS comunicar, nos termos da lei, indícios sérios de actos preparatórios de terrorismo (que inclui todos aqueles que a lei elenca).
  • A peça jornalística do DN tem uma origem diversa do Óraculo. O que desde logo indicia uma "diferente narrativa". Quase diríamos que é inspirada nos sectores do PS que não querem nem desejam mexer na lei a pretexto do argumento serôdio do combate ao terrorismo.
  • Dar como certo que António Costa vai permitir o acesso a metadados aos serviços de informações e depois dar conta de oposição de sectores do PS, dos grupos parlamentares que apoiam o Governo à sua esquerda (BE, PCP e PEV) e do próprio Tribunal Constitucional é negligenciar a inteligência política e emocional do primeiro-ministro.
  • Publicar uma fotografia de um antigo director do SIS a contas com a Justiça, exactamente porque se diz que acedeu ilegalmente a metadados, fazendo crer que estamos a falar da mesma coisa não é bom serviço jornalístico. O acesso aos metadados nunca foi justificado como acção de prevenção ou combate ao terrorismo. O objectivo era bem diverso e prosaico. Talvez seja isso que quem inspirou a peça jornalística quer demonstrar: se aconteceu no passado pode acontecer no futuro.
Juízo precisa-se.

De que têm eles medo?

PSD, PS e CDS-PP rejeitaram hoje um requerimento apresentado pelo PCP para que fosse ouvido em sede de Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais o secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, (SIRP), Júlio Pereira.
 
E o argumento do Anastássio é de estalo:
 
"Estamos perante factos que têm já cinco anos e que fazem parte de um processo-crime. Pensamos que não cabe à Assembleia da República estar a interferir", alegou ainda Fernando Anastácio, numa alusão ao julgamento de Jorge Silva Carvalho.
 
É caso para perguntar: E o que é que cabe à Assembleia?
 
Registem: PSD, PS e CDS-PP.
 
 

07 abril 2016

A irmandade da Tesoura

Qualquer semelhança com a saga Harry Potter não é pura coincidência. Até temos um Torreão. E umas quantas Masmorras.
 
E diz quem sabe que, de tempos a tempos, aquele espaço sagrado é assombrado por golfadas de camisas-sem-mangas em estado submerso. Como as manhãs.
 
Como todas as manhãs quando a Sissi e o Toninho vão pegar no batente.
 
E cortam, cortam, cortam, cortam.
 
E nunca esperam ver os seus nomes no quadro do empregado do mês.

06 abril 2016

A gente na nossa terra ri-se tanto

"Embaixadores visados no Arquivo Mitrokhin como os ex-ministros dos Negócios Estrangeiros António Martins da Cruz e António Monteiro, ou o antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus Francisco Seixas da Costa, reagem com divertimento e até surpresa sobre o conteúdo das respetivas fichas criadas pelo arquivista do KGB que desertou para o Ocidente no final de 1990."

05 abril 2016

Uma sala de visitas

Só em Março de 2016: 2241 visitas.

04 abril 2016

É tudo uma questão de fontes

"Do outro lado estão, principalmente, a PSP, a GNR e o SEF, que estão no terreno e entendem que para prevenir o terrorismo - uma vez que não têm competência de investigação - têm de ter acesso a mais informações que só chegam à PJ e aos serviços de informações. "Olhamos para os recentes atentados de Bruxelas e concluímos que se tivesse havido mais cruzamento e partilha de dados entre as polícias, possivelmente não teria acontecido o que aconteceu", salienta um alto dirigente policial, crítico à atitude da PJ e dos Serviços de Informações. "Tem de haver confiança nas instituições. As ameaças e os riscos que corremos não se compaginam com essas guerras", afirmou outra fonte."
 
Um alto (1,60? 1,65?) dirigente policial e "outra fonte". Assim se compõe um ramalhete. Murcho.
 
É fantástica é aquela parte do "se cá nevasse fazia-se cá ski" ou do "se a minha tia não tivesse morrido, ainda hoje era viva".
 
Se lerem bem o artigo vejam lá SE ele tem a ver com o combate à ameaça terrorista.

01 abril 2016

Polícias Secretas?

"Secretas e Polícia Judiciária estão isoladas no sistema de segurança interna quanto à estratégia para prevenir e combater o terrorismo no nosso país. Ambas, como ponto de contacto privilegiado das autoridades internacionais, defendem que a partilha de informação com as forças e serviços de segurança deve ser limitada "à necessidade de conhecer", resistindo a dividir matéria sensível em investigação, como é a do terrorismo."
 
Sensível é a quantidade de dinheiro em que se "mexe" ou se pode "mexer". O resto é conversa. E fiada.
 
Lá "embarrilaram" mais outro.

31 março 2016

Свиньи некрасиво и плохо.


Когда болван имеет мало общего начинает читать это дерьмо и делает свою работу. А потом еще говорят, что наши спецслужбы серьезно. Только тогда, когда они не смеются. В Москве также читают компании. Привет.

30 março 2016

O homem da Cantina

"No SIS António Costa tem pessoas de confiança que conheceu quando tutelou os serviços. Usou a DCCB da PJ como plataforma de contactos e influência, sendo que ia regularmente comer à sua cantina, estabelecendo aqui informalmente contactos com pessoas ligadas ao SIS"

DN, 30-5-2012.

29 março 2016

O clima MAD

Nas secretas, porque existe uma relação de grande colaboração entre a seu departamento de contraterrorismo e a UNCT da PJ, e se cria um clima de desconfiança mútuo sobre as fugas de informação.
 
Grande colaboração?
 
Departamento de Contraterrorismo?
 
Fugas de informação?
 
Não se enervem. São só perguntas.

28 março 2016

Tileninha Boys

Com o acréscimo previsível de trabalho para as bandas dos comuns devido ao ingresso à margem da lei e das regras do mais elementar bom senso, de mais uma fornada de "iscpsssssssss" a escolinha que se cuide.
 
E a Tileninha já não passa sem eles. Até lhe chamam os Tileninha Boys.
 
Mas deixem lá que as Girls estão a reagrupar.

25 março 2016

Registo de interesses

Anda tudo muito preocupado com as 22 mil fichas de jihadis do Daesh.
 
Ninguém anda preocupado com as fichas dos "registos de interesses" que a politicagem obrigou o pessoal da ameixoeira a preencher.
 
No dia em que o camarada zé decidir trazer uma pen com toda a informação e dar (vender ?) à CM TV é que vão ser elas.
 
Diz-se que as negociações já terão começado num restaurante ali para os lados da Ponte de Lousa, a chegar ao Cabeço. Tudo à volta de um bacalhau à Lagareiro.

24 março 2016

O gajo que não era carne nem peixe. Antes pelo contrário.

Nos bancos da escolinha da Tileninha anda por lá malta muito estranha. É verdade que foi tudo rigorosamente selecionado (como as carnes do Continente) pela magalagem. E estes não são muito dados a simpatias para com os híbridos. Mas há excepções. Oh se as há! Deve ter sido um ajuste directo do camarada zé que trouxe este gajo (?!) para as informações. Talvez o objectivo seja no futuro próximo infiltrar as hostes LGBT.
 
 

É a electrónica, estúpido.

António Costa disse hoje à Agência Lusa ter tido conhecimento do relatório detalhado sobre o seu irmão, o diretor do jornal Expresso, encontrado na investigação aos aparelhos eletrónicos apreendidos ao ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Silva Carvalho, e que está "totalmente solidário" com o irmão.
 
"Para já, é preciso esclarecer a autoria e a motivação de um documento daquela natureza sobre um jornalista", afirmou à Lusa à margem da reunião de câmara de hoje.

23 março 2016

Será que já está esclarecido?

O presidente da Câmara de Lisboa disse hoje que é "necessário esclarecer a autoria e motivação" de um relatório com informações sobre o irmão, o jornalista Ricardo Costa, encontrado na posse do ex-diretor do SIED e que inclui o autarca.

22 março 2016

Crápulas

Diz o oráculo, não de Delfos mas do Marquês, que Costa já está sob pressão. Do PCP e do próprio PS. Tudo para que seja levantado o segredo de Estado no caso do "julgamento do superespião".
 
"O que vai pesar mais para o primeiro-ministro? A verdade, com toda a convulsão que  provocaria nos serviços de informações? Ou manter tudo como está, como fez Passos Coelho quando recusou esse pedido?"
 
E pronto. Já passaste a tua mensagem. Mas no Torreão riem-se à gargalhada. Porque sabem que as únicas convulsões seriam as do camarada zé a tossir devido à humidade que se faz sentir em Évora. O que ninguém aqui percebe é como podem ficar impunes uma cambada de filhos da p...
 
E se querem tirar a provar façam um inquérito de opinião, daqueles que tanto gostam. Agora que os melhores já foram pode ser que obtenham as respostas pretendidas.

21 março 2016

O dia em que o Taberneiro quis conhecer a Companhia

Já lá vão uns aninhos.
 
O Taberneiro, que não dispensava "As tardes da Júlia" (e que agora não dispensa o Goucha), teve de se tirar dos seus cuidados e chamar à sua toca um conhecido furão.
 
Vira-se para o furão e diz-lhe: "Olha furão, queres conhecer outras paragens? Ir para outro sítio onde o ar não esteja tão empestado e o ambiente rarefeito?"
 
- "Quero Taberneiro! Quero muito! Tu sabes que tenho a fêmea longe. E isso só me traz despesa e doenças venéreas. Tu aliás deves saber disso muito melhor do que eu. Até tens mais experiência nestas áreas. Eu só percebo de furar. Enquanto tu furas e também és furado. Tens a cabeça pesadita mas tembém és furado. Diz o que queres Taberneiro!"
 
- "Sabes que o nosso patrão gosta muito de Companhia, não sabes?". "Sei Taberneiro." Respondeu o furão. "Em tempo até tive de lhe arranjar uns peixinhos. Daqueles da Horta, sabes?", perguntou o furão.
 
- "Sei, sei. Que eu também lá andei. E por isso é que há muitos por aí que me chamam javardo. Mas eu gosto de ser assim. E como vês, furão, não me tenho dado mal. Mas vamos lá ao que interessa."
 
- "Diz Taberneiro, diz!"
 
- "Com os teus contactos e a tua experiência em buracos infectos tens de saber onde está a Companhia. Vai onde quiseres, gasta o que quiseres, pede o que for preciso, mas encontra a Companhia. O futuro do nos mestre depende disso. Depende de Companhia."
 
- "Assim farei, Taberneiro!"- disse o furão, enquanto saía às arrecuas, fazendo uma vénia e olhando pelo canto do olho para a pernoca da Júlia, ainda visível na LG panorâmica.

18 março 2016

O tão-só

Das meirelíadas:
 
"Com a eclosão de novo escândalo -dos vistos gold- o secretário-geral é de novo falado, tão-só por ter participado num jantar privado onde estavam presentes envolvidos no processo".
 
Parafraseando um boçal "eu não preciso de provas, bastam-me indicios".
 
Noutros casos não há indicios. Há tão-só provas.

17 março 2016

Uma visita ao perfil

É sempre de concretizar.

16 março 2016

Cuida-te Costa

A ameaça:
 
"A confirmarem-se as ilegalidades que constam do manual de procedimentos, por exemplo, o passo seguinte teria de ser a abertura de um inquérito-crime contra os responsáveis dos serviços. Estará Costa disposto a enfrentar esse risco?"
 
Malta do Torreão com contactos na rua do Grémio diz que há lá quem "pague para ver". E outros que já estão a afiar as sovelas.
 
Na Companhia, porém, comenta-se a esquizofrenia do oráculo: mas afinal o Costa é primeiro-ministro ou procurador-geral?

15 março 2016

Entre o Ciclope e o Adamastor

Das meirelíadas:
 
"Manteve-se, contra ventos e marés, durante todo o governo de Passos Coelho".
 
Mas de acordo com a fiscalização está tudo bem. Esteve sempre tudo bem. E até Passos andou a recitar essa narrativa.
 
Alguém gosta de heroísmos. E de outras heroínas. Não é?

14 março 2016

Descoordenação total

A ministra da Administração Interna desmentiu a PJ em relação à lista de dos 22 mil jihadistas, criando um enorme mal estar, que chegou ao mais alto nível do Governo.
 
Sem querer por em causa as fontes da rua do Grémio, e outras ruas com nomes de conhecidos pedreiros livres, uma perguntinha: Quem desmentiu quem?
 
E já agora: ministros e funcionários estão ao mesmo nível?
 
Isto nem nas Secretas. E por lá já se viu de tudo.

11 março 2016

Cooperação estratégico-maçónica

A Grande Loja considera que o Grande Oriente está sobrerrepresentado nos serviços "de informação". E o assunto até já terá sido discutido entre o primeiro ministro e o presidente eleito.
 
Fica a pergunta: Quem representa quem?
 
Miserável tudo isto.

10 março 2016

Queluz

No Torreão muito se comentou o facto de se ter sabido pelo Expresso que o presidente-eleito (e o outro como se chama?) recebeu o superintendente (SIC) acompanhado pelos dois braços (um externo e um interno - deve tratar-se de algum aleijadinho, coitado).
 
Em São Bento adoraram saber pela mesma via.
 
E o presidente-eleito, que julgava estar a lidar com gente séria, ficou fan.
 
Obrigado Luísa. We love you.

09 março 2016

Quem é? Quem é?

Usou a DCCB como plataforma de influência; instrumentaliza ou passa informações ao irmão; pretendeu com a nomeação de Antero Luís para director do SIS (outubro de 2005) meter na ordem estes serviços; tem proximidade com pessoas ligadas aos serviços e capacidade de acesso a informação confidencial.
 
DN, 30-05-2012.

08 março 2016

Manifesta trumpa

O Expresso de 27-02-2016, fazendo de caixa de ressonância dos estabelecimentos da rua do Grémio, publica mais uma meirelíada. Uma pérola, aliás.
 
Se não fosse coisa vista ciclicamente (desde 1995 que assistimos a este tipo de happenings jornalísticos, que misturam no mesmo título SECRETAS e MAÇONARIA) quase diríamos estar perante algo brilhante. Não é.
 
Em 2010 (lembram-se) também vieram os quantos nomes enfileirados para suceder ao camarada zé. Resultado: um processo judicial que espirra até 2016.
 
As diferenças: em 2010 a origem da notícia era um dos candidatos (o de maior peso!); em 2016 a origem é manifestamente do incumbente.
 
Porque estamos em presença de um MANIFESTO atentado à inteligência (e não apenas às informações).