29 fevereiro 2016

Ainda há dúvidas sobre quem eram as toupeiras e os traidores?

As revelações em tribunal de João Luís sobre a realização de escutas ambientais e o acesso das "secretas" a registos telefónicos das operadoras de telecomunicações levaram, na última sessão, a procuradora Teresa Almeida a extrair certidão para abertura de inquérito sobre alegadas práticas legais dos serviços de informações. Questionado sobre o "modus operandi" dos serviços e informações e o respetivo Manual de Procedimentos, Casimiro Morgado escudou-se no segredo de Estado para justificar o seu silêncio relativamente a matérias classificadas, designadamente se as secretas possuem "fontes" nas operadoras de telecomunicações e se dispõem de equipamento para efetuar escutas ambientais.

26 fevereiro 2016

Sem nomes

Questionado pela procuradora Teresa Almeida, que representa a acusação, o ex-operacional explicou ainda que esses meios de interceção são utilizados "para recolha de informação áudio à distância, sem que estas [quem está a ser escutado] saibam", garantiu o arguido. Por insistência da magistrada, o ex-diretor do Departamento Operacional do SIED confirmou que se tratavam de "escutas ambientais".
 
João Luís foi mais longe e afirmou, segundo reconstituição da sessão efectuada junto de vários intervenientes, que a prática generalizada de escutas ambientais era do conhecimento e tinha a autorização das chefias das secretas, sem especificar nomes.

25 fevereiro 2016

Médicos secretos ou pandas de estetoscópio?

A Síria acusou esta terça-feira a associação Médicos Sem Fronteiras de ser "um ramo dos serviços secretos franceses" e negou ser responsável pelo bombardeamento de um dos seus hospitais no norte do país.

24 fevereiro 2016

Fundamentalmente Copy Paste

"Fundamentalmente, a conclusão é que se justifica a continuação do reforço dos serviços em matéria de recursos humanos e materiais", afirmou o presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) Paulo Mota Pinto à Lusa, à saída de uma audição à porta fechada com a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais e a comissão de Defesa.

23 fevereiro 2016

Há muito que há criminosos disfarçados de espiões

Há militantes do Daesh a entrar na Europa disfarçados de refugiados. A informação foi avançada hoje pelo responsável dos serviços secretos alemães (BfV) reconhecendo que os ataques de Novembro, em Paris, mostraram que o Daesh está a colocar combatentes no meio dos refugiados que têm entrado na Europa aos milhares.

22 fevereiro 2016

Amicus Plato, sed magis amica veritas

Apesar de à data dos factos ser chefe de gabinete do Secretário-Geral do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP), a testemunha mostrou desconhecimento sobre se houve reuniões para discutir a fuga de informação que, nos jornais, estava a "expor" o serviço.
 
Gosto muito da verdade, mas gosto muito mais do Plato. E daquilo que ele me prometeu.
 
A minha perdição são os Platos.

19 fevereiro 2016

Placas tectónicas

Alterar o sistema de informações é como produzir movimento de placas tectónicas: leva milhões de anos ou uns simples segundos. Para compreender o alcance e a natureza destas movimentações teremos de remontar a 1998, ano em que RUI PEREIRA era diretor-geral do SIS. PEREIRA não escondeu nunca de ninguém que a sua agenda para as informações passava pela existência de um único serviço. E tal alteração substantiva do sistema de informações, tal como concebido em democracia, não passava pela fusão dos serviços existentes, mas pela pura e simples extinção de todos os que existissem além do SIS. Para manter uma aparência de legitimidade democrática e conformidade constitucional esta doutrina admitia as referência ao SIRP, nomeadamente para evitar complicações tais como revisões constitucionais. Para esta corrente Conselho Superior de Informações, Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações e Comissão de Fiscalização dos Centros de Dados integravam, a par do SIS e do SIEDM/SIED, o SIRP.

18 fevereiro 2016

O manhoso

O gajo é tão manhoso tão manhoso que conseguiu enganar o maior filho da pu... que Deus estabeleceu nas secretas. Estabeleceu é a palavra certa porque para ele e para uns quantos vígaros aquilo é um negócio. Em alguns casos de família.

17 fevereiro 2016

Da idade da pedra ao século 19

João Luís, que entrou para os serviços secretos em 1987, contou no seu depoimento que antes de haver telemóveis os espiões tinham tecnologia que lhes permitia escutar telefones fixos. E que mais tarde passaram a ter equipamentos de vigilância áudio e vídeo.

O ex-diretor operacional do SIED está acusado de acesso ilegítimo a dados pessoais, por ter mandado um agente obter os registos telefónicos de Nuno Simas, então jornalista do "Público", para que o seu superior hierárquico, Jorge Silva Carvalho, pudesse identificar quem seriam as suas fontes de informação dentro dos serviços. "O que o meu cliente fez foi confirmar o que o dr. Silva Carvalho já tinha dito em julgamento, que 90% do modus operandi dos serviços é ilegal", sublinha Paulo Simão Caldas.

Serviços modernos. De excelência.

Será que alguém pára isto a tempo? (de quê é que não se percebe bem)

16 fevereiro 2016

Azeitolas

Ele anda pelos gabinetes a oferecer bouquets às outrora damas. Combina a roupa como ela se combinava há 20 anos e usa óculos Armani. Nas suas costas é motivo de chacota generalizada.

15 fevereiro 2016

Segurança nacional

O antigo director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho pôs em causa a segurança nacional quando passou segredos de Estado ao grupo Ongoing, considera a juíza que decidiu nesta sexta-feira levar a julgamento não só o antigo espião como outros implicados no chamado caso das secretas.

12 fevereiro 2016

O sodomizado

Naquelas paredes cinzentas, com bolor e água a escorrer, quase em ruínas desde há décadas, vive um segredo. Abusos sucessivos e continuados. Percursores do que a moderna ciência psiquiátrica viria a definir como graves indutores de desvios na formação do carácter e da personalidade. Dezenas de clínicos diagnosticaram a inevitabilidade. Salvou-o sempre o sigilo profissional. Atraiçoou-o a memória da dor. Viveu sempre obcecado pela vingança.
 
RIP.

11 fevereiro 2016

您好匪

我们致意情报公司普通读者跟着我们遥远的城市澳门应该是在监狱里

10 fevereiro 2016

Ex-fonte Panda ou mais uma manhosice

Mas nem só para grandes negócios servia a estreita relação entre as secretas e a Ongoing. A magistrada dá também conta de como um produtor de vinhos da Madeira, Humberto Jardim, foi igualmente investigado pelo SIED. Motivo? Ter sido casado com a mulher do dirigente Ongoing para os negócios em África

09 fevereiro 2016

Inquérito histórico ou para "passar à história"?

Sendo crimes públicos, o procurador que receber essa certidão não terá outra alternativa senão abrir um inquérito criminal para investigação dos crimes em causa.

Neste caso em concreto, e tendo em conta a sensibilidade uma investigação generalizada aos serviços de informações da República por parte do Ministério Público, a procuradora-geral Joana Marques Vidal deverá informar-se sobre o caso antes de ser aberto um inquérito que poderá ser histórico.

08 fevereiro 2016

As boas intenções

Quanto ao acesso indevido de Silva Carvalho, João Luís e Nuno Dias à faturação detalhada do jornalista Nuno Simas, que, em 2010, noticiou o clima de mal-estar no SIED, a testemunha assegurou que nunca esteve envolvido numa decisão desse género. "Não é um meio de atuação dos serviços", disse o diretor do SIED, acrescentando, contudo, acreditar que a intenção dos arguidos foi resolver o problema "grave" da fuga de informação do interior das secretas para o então jornalista do Público.
 
Neste caso era resolver um problema grave. E nos outros, qual era a gravidade?
 
E vergonha, para quando?

Shock and awe, na versão cómica

O diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), José Casimiro Morgado, declarou-se hoje "surpreendido" e "chocado" que, atualmente, "os serviços sejam vistos como associação de malfeitores". "Choca-me essa imagem que se tenta colar aos serviços", disse a testemunha no julgamento do caso das secretas, que tem como arguidos, entre outros, o antigo diretor do SIED Jorge Silva Carvalho e o ex-chefe operacional do SIED João Luís, cujos depoimentos revelam um modo de atuação dos serviços de informações à margem da lei.

O que é uma escuta ambiental?

As escutas ambientais consistem na captação de sons ou imagens em ambientes fechados. Os aparelhos de escuta ou de vídeo (emissores) são escondidos em objetos de uma ou várias assoalhadas de uma casa, emitindo sinais para os recetores que gravam o som ou a imagem das pessoas presentes no espaço monitorizado pelo operacional.
 
B-a-ba para totós.
 
 

06 fevereiro 2016

O escudo invisivel

Questionado sobre o 'modus operandi' dos serviços de informações e o respetivo Manual de Procedimentos, Casimiro Morgado escudou-se no segredo de Estado para justificar o seu silêncio relativamente a matérias classificadas, designadamente se as secretas possuem "fontes" nas operadoras de telecomunicações e se dispõem de equipamento para efetuar escutas ambientais.
 
Queres enganar quem, pá?

05 fevereiro 2016

Temos andado distraídos, não é?

O diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), José Casimiro Morgado, declarou-se esta quinta-feira "surpreendido" e "chocado" que, atualmente, "os serviços sejam vistos como associação de malfeitores".
 
"Choca-me essa imagem que se tenta colar aos serviços", disse a testemunha no julgamento do caso das secretas, que tem como arguidos, entre outros, o antigo diretor do SIED Jorge Silva Carvalho e o ex-chefe operacional do SIED João Luís, cujos depoimentos revelam um modo de atuação dos serviços de informações à margem da lei.
 
As revelações em tribunal de João Luís sobre a realização de escutas ambientais e o acesso das "secretas" a registos telefónicos das operadoras de telecomunicações levaram, na última sessão, a procuradora Teresa Almeida a extrair certidão para abertura de inquérito sobre alegadas práticas ilegais dos serviços de informações.
 
 
 

8 anos de companhia

A companhia já dura há mais tempo do que muitos casamentos.
 
Parabéns!

04 fevereiro 2016

Sai certidão

Teresa Almeida afirmou no final do testemunho de João Luís que iria ordenar na sessão seguinte (que vai decorrer no dia 28 de janeiro) a extração de certidão das suas declarações para apreciação por parte do Ministério Público (MP). A magistrada pretende ouvir os testemunhos dos membros do Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações, previsto precisamente para dia 28, antes de enviar as declarações para o MP.
 
Em causa poderão crimes como gravação ilícita, devassa da vida privada, abuso de poder ou acesso indevido a dados pessoais. No caso de João Luís, poderá ser investigado por violação do segredo de Estado.

03 fevereiro 2016

Anedotário nacional

Quatro meses depois de ter começado o julgamento das secretas, que envolve crimes de violação do segredo de Estado, acesso ilegítimo a dados pessoais, abuso de poder e corrupção, a procuradora Teresa Almeida, que investigou o caso, está a ponderar se na próxima semana irá pedir a abertura de um novo inquérito-crime para apurar se o depoimento de um dos arguidos, feito na semana passada, corresponde à realidade. E se há novos crimes que justifiquem uma eventual futura acusação.
 
No dia 11 de janeiro, João Luís, antigo-diretor operacional do SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa), afirmou que os espiões, pelo menos até à sua saída de funções, em 2011, tinham equipamentos para fazer escutas ambientais que lhes permitiam interceptar conversas à distância, além de terem fontes humanas nas operadoras de telecomunicações, de forma a acederem aos registos telefónicos de pessoas, confirmando assim o que já antes tinha sido dito por Jorge Silva Carvalho, ex-diretor-geral do SIED e principal arguido do julgamento. Tudo práticas ilegais, que estão vedadas aos serviços.
 
Depois dessas declarações de dia 11, Teresa Almeida admitiu que pode vir a mandar extrair uma certidão do julgamento, para que seja aberto um novo inquérito-crime mas, segundo avançava esta quinta-feita o jornal online Observador, antes de tomar essa decisão a magistrada quer ouvir os depoimentos, no dia 28 de janeiro, dos membros do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), um órgão com poderes para inspecionar os serviços e cujos membros são nomeados pelo Parlamento.
 
Com tantos meios e tanta inteligência será que a falta de resultados resulta da má sorte ou da pura incompetência?

02 fevereiro 2016

OOOps, I did it again!

"O meu cliente está de consciência tranquila, porque na verdade não confessou crime nenhum", diz Paulo Simão Caldas, advogado de João Luís. "No fim de contas, o meu cliente não disse que fez seja o que for. Ele denunciou que eram os serviços que faziam. É que temos estado todos a esconder a cabeça na areia, a pensar que os serviços não vão ficar com o rabo de fora, mas é difícil que não fiquem. Estamos a falar de uma prática reiterada de crimes nos serviços", esclarece Simão Caldas. "Se escutar alguém é crime, então eles escutavam. Se perseguir alguém é crime, então eles perseguiam."

Estão convocados para testemunhar no dia 28 de janeiro os membros do CFSIRP que estavam em funções durante o escândalo que deu origem ao julgamento, relacionado com o acesso ilegítimo aos registos telefónicos de um jornalista do jornal "Público" em 2010 e o modo como Silva Carvalho terá passado informações secretas à Ongoing no período em que transitou, no final desse ano, dos serviços para aquele grupo privado. Alegadamente, segundo o despacho de pronúncia, as informações foram passadas a troco de um lugar na administração, que lhe foi oferecido pelo presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, acusado de corrupção ativa.

01 fevereiro 2016

Merhaba sevgili

Ankara'nın uzak ama muhteşem şehirden bizi takip İstihbarat Şirketi düzenli okuyucuya Bizim övgü. İyi zaman. Her şey önceki duruma göre çok daha iyi olmasına rağmen.

A anedota da semana

A demonstração clara de que os serviços espanhois são tão "bons" como os portugueses a recolher informações. No mesmo dia em que se sabe da existência de um inquérito CRIME em que o condecorado será, por inerência, arguido.
 
Deve ter sido a crise que forçou à "inteligência do croquete".