14 abril 2016

Ai os afectos!

A propósito da polémica gerada à volta da demissão do general CEME, duas ou três notas ():
  • Fazendo jus ao nome, Jerónimo, mostrou grande dignidade fazendo uma coisa que não é vulgar na nossa administração pública: pediu para ser exonerado. E fê-lo sem aquelas palhaçadas inventadas durante o passismo, de má memória, do "pediu a demissão mas não foi aceite". De hipocrisia temos de facto todos a nossa dose.
  • O lugar dos tenentes-coronéis não só não são as paǵinas dos jornais, como o não são também os estabelecimentos de ensino. Os militares servem nos quartéis ou equiparados, ou em teatro de operações.
  • O Exército é um ramo das forças armadas e enquanto tal a sua vocação não é, nem pode ser (sobretudo em 2016 - século XXI), gerir estabelecimentos de ensino de qualquer grau (básico, secundário ou superior).
  • Definam de uma vez por todas o estatuto do colégio militar: ou é público e tem de ser integrado na rede de ensino secundário e gerido nos mesmos termos que qualquer escola secundária (também em matéria de curriculos e contratação de docentes e trabalhadores e eligibilidade de alunos) ou é privado e passa a ser financiado, sobretudo, pelas mensalidades pagas pelos pais dos alunos (as aulas de esgrima, natação ou equitação, por exemplo, são um exclusivo inexistente noutras escolas públicas).
Nas entrelinhas poderão perceber que o que fica dito tem tudo a ver com informações.

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