31 dezembro 2015

A técnica

Devido a alguns problemas técnicos a migração definitiva para a nova morada está comprometida. Vamos continuando por aqui.
 
BOM ANO NOVO.

Controlo directo de fontes ou a roda livre

A primeira incongruência que Fernando Paulo Santos aponta na versão de Silva Carvalho é precisamente o desconhecimento da sua ligação à Ongoing. Se fosse mesmo sua "fonte", ainda por cima uma que "controlava directamente", como é que o espião podia desconhecer o seu principal emprego? Mas há mais… Santos afirma ter testemunhas de que os dois se encontraram, na sede da Ongoing, quando Silva Caravalho ainda dirigia o SIED.
 
O SIRP em absoluta roda livre. Nas conferências, cursos, seminários e workshops nem uma referência a esta temática.
 
Sob o ténue aroma da alheira, NO PASA NADA.

30 dezembro 2015

É mentira! É mentira! É mentira sim senhor!

"É mentira", afirma Fernando Paulo Santos, ao PÚBLICO. O empresário luso-angolano esclarece, aliás, que pretende pedir ao Ministério Público que o arrole como testemunha para apresentar, em Tribunal, a sua versão desta história que, como veremos, é totalmente diferente da de Silva Carvalho. Tanto, que está a preparar uma queixa-crime contra o ex-director do SIED por difamação. "Esse senhor é um mitómano", conclui Santos.

29 dezembro 2015

Pequenos pormenores

A Ongoing, que era afinal a principal interessada em toda a história dos dois cidadãos russos, porque queria ser sócia do porto grego, nem foi chamada para a versão dos factos de Silva Carvalho. O ex-espião garantiu ao Tribunal que nem sequer sabia que Fernando Paulo Santos era quadro da empresa… "Só em Fevereiro ou Março de 2011 é que me apercebi disso, quando ele foi chefiar a Ongoing África."
 
Comer muito queijo pode dar nestas coisas.

28 dezembro 2015

Canais negros

E Fernando Paulo Santos? Silva Carvalho continua a sua "revelação": Era uma "fonte" da secreta, que recebia um pagamento (que segundo informações não confirmadas costuma ser próximo dos 5 mil euros mensais, segundo a prática das secretas) e tinha o nome de código "Panda". "Era usado pelos serviços para fazer passar mensagens à nomenclatura de Angola através daquilo que designamos como canais negros, que são paralelos aos canais diplomáticos", afirmou Silva Carvalho, no julgamento, na passada quinta-feira, 3.
 
 

23 dezembro 2015

Delírio alvar ou alarve?

O próprio porto, na Grécia, era um "alvo" para os serviços, elucidou Silva Carvalho: "Era um porto militar usado pelos Estados Unidos para operações encobertas de envio de armas para o Médio Oriente." Esta é talvez a parte mais desconcertante do depoimento, uma vez que o ex-director do SIED parece querer dizer que os EUA usam um porto privado russo para desembarcar armas, e que a secreta portuguesa vigia atentamente estas manobras, mas ainda há mais…

22 dezembro 2015

O contador de histórias

No julgamento em que responde por estes crimes, o antigo responsável pela secreta portuguesa que opera no exterior contou uma nova versão desta história. Negando que tivesse passado o dossier sobre os dois cidadãos russos à Ongoing, Silva Carvalho defendeu-se da acusação contando uma história inédita.
 
Pediu para investigar os "antecedentes" dos dois cidadãos russos porque pretendia recrutá-los para a secreta portuguesa: "Quando fui confrontado com os dois russos, a primeira coisa que pensei foi na forma como poderíamos chegar à fala com aquelas pessoas, para as ter a trabalhar para nós."
 
Percebe-se a propensão do arguido para FONTE. Se fosse fonte que nome ela própria se atribuiria?

21 dezembro 2015

Nova morada

Email compulsivo

A Ongoing pretendia adquirir a quota do Estado russo no porto, privado, de Astakos, e por isso procurou, junto de Jorge Silva Carvalho, obter informações. Mas o procedimento habitual não foi seguido. O SIED não dá às empresas, directamente, informações sobre pessoas recolhidas pelos seus agentes. Tudo tem de ser filtrado, e obedece a um protocolo. Desta vez, não foi bem assim… Um alto quadro da Ongoing, Fernando Paulo Santos, pediu directamente a Silva Carvalho. E o director do SIED respondeu. Por email.
 
E não ter sido por SMS deveu-se, certamente, a desatenção. Ou à compulsão de carregar no Reply.

18 dezembro 2015

Conflitos diplomáticos

A acusação considera que "o arguido Silva Carvalho agiu (...) de modo a provar ao presidente do Grupo Ongoing que podia obter, através do Serviço de Informações da República, informação relevante para os respectivos interesses particulares (...) com o propósito de assegurar o contrato com a Ongoing." Esta é, continua a acusação, uma história grave, susceptível de "gerar conflitos diplomáticos" e "pôr em causa a segurança de missões e de recursos humanos colocados no exterior do país". 
 
 
 

17 dezembro 2015

O mitómano

Suposta "fonte" das secretas acusa Silva Carvalho de ser um "mitómano".
 
Consultado o Priberam, encontramos a seguinte definição: "que ou quem tem tendência impulsiva para mentir".
 
Está tudo dito.
mi·tó·ma·no
adjectivo

1. Relativo a mitomania.

adjectivo e substantivo masculino

2. Que ou quem sofre de mitomania; que ou quem tem tendência impulsiva para mentir.


"mitómano", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/mit%C3%B3mano [consultado em 16-12-2015].
adjectivo

1. Relativo a mitomania.

adjectivo e substantivo masculino

2. Que ou quem sofre de mitomania; que ou quem tem tendência impulsiva para mentir.


"mitómano", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/mit%C3%B3mano [consultado em 16-12-2015].
mi·tó·ma·no
adjectivo

1. Relativo a mitomania.

adjectivo e substantivo masculino

2. Que ou quem sofre de mitomania; que ou quem tem tendência impulsiva para mentir.


"mitómano", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/mit%C3%B3mano [consultado em 16-12-2015].

16 dezembro 2015

Os oportunistas

Perante os ataques terroristas uns vêm tragédia e barbárie. Outros apenas oportunidade.
 
Na América como em Portugal.

14 dezembro 2015

Desfazados

Por cá intensifica-se a campanha dos metadados. Na América nem tanto.
 
As agendas dos políticos e lojistas nacionais entrecruzam-se para conduzir ao ridiculo. Sem remédio.

07 dezembro 2015

Para que serve o segredo de estado?

"Em tese, porque não posso abordar este assunto em concreto, os serviços têm competências que estão descritas na lei, que explica como algumas atividades lhes estão vedadas. Mas a lei não diz que meios se podem usar. São meios claramente ilegais. Como, por exemplo, vigiar pessoas no espaço público, fotografá-las, filmá-las. São matérias que estão abrangidas pelo segredo de Estado", explicou o antigo espião, para depois sintetizar: "O segredo de Estado serve na prática para se evitar falar do modus operandi".

04 dezembro 2015

Uma questão de carácter

Ex-diretor-geral do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa acusa o número 1 das secretas, Júlio Pereira, de "falta de carácter e falta de sentido de Estado" e diz que decisão de espiar lista de chamadas de jornalista do "Público" foi tomada em conjunto com ele.

Micael Pereira

03 dezembro 2015

Só 90%?

Silva Carvalho acusa número 1 das secretas: "90% do modus operandi é ilegal"

02 dezembro 2015

Parolices

"Os Lusíadas" inspiram brasão do patrão das secretas portuguesas.

01 dezembro 2015

O trocas e o baldrocas

Na nota à imprensa, o gabinete de Passos Coelho lembrava que Silva  Carvalho admitiu, numa entrevista ao DN, que "transmitiu a entidades privadas"  quando ainda estava em funções, "através do seu e-mail pessoal", informações  sobre diversas matérias.