23 novembro 2014

Continuidade e responsabilidade

Alguém tem uma certa confusão na cabeça. Desde 2012. Ou antes.

22 novembro 2014

16 de março de 2011

Será que são coisas como esta que seguram a malta?
 
Será que o jantar no Hotel da Lapa também?

Dúvidas

A única pessoa que não tem dúvidas. Desde 2011.

Socas

Abstraindo dos erros ortográficos (responsabilidade do autor original) e dos asteriscos (da nossa autoria, para proteger os direitos de privacidade, mesmo dos que o não merecem, aqui fica um marco a assinalar a notícia do dia:
 
Lembraste da conversa do **** para o ****** dia do jantar do ***** sobre um tipo da minha antiga casa que fazia os trabalhos para o Socas e que passa info ao *****? Pois bem ele vai para o banco. E sabes quem o traz, um tal de ****** de quem é amigo de criança. Nem o**** nem o**** saberão do assunto. Ring a bell?
 
E ainda há quem afirme, publicamente e sem se rir, que não há envolvimento das secretas.
 
E o mais curioso é que isto está tudo nos processos. Basta ler (e ter vontade de o fazer).

Limpezas

O que distingue PPC de
  • António Capucho
  • Francisco Pinto Balsemão
  • Pacheco Pereira
  • Bacelar Gouveia
  • Garcia Leandro
Muitas coisas. Mas esta, de certeza.

Casos

O inquérito que não estão relacionado com o Caso Bairrão. 
 
Também podia ser chamado: O homem que não percebeu nada.

Finca pé

A propósito desta peça do Público alguém nos fez chegar estas notas:
 
É pretendido que o substituto de Pinto seja técnico e  conhecedor da área das informações, quando a Europa ocidental teme os efeitos da nova forma de terrorismo do autoproclamado Estado Islâmico. Neiva da Cruz, actual número dois do SIS, Paula Morais, chefe de gabinete de Pereira, e Helena Rego são os nomes apontados. Já a opção por um magistrado é encarada como um low profile à revelia do interesse dos serviços e seria interpretada como desconfiança do poder político face "à casa". Um sinal que poderia levar Júlio Pereira a decidir da sua continuidade.
 
  • Os 3 nomes são obviamente para reduzir a escolha e a orientar para quem se pretende (por exclusão)
  • Há no SIS (e até no SIED) pelo menos ... 100 pessoas com características iguais ou superiores aos indicados. Sem desprimor.
  • A opção por um magistrado interpretada como desconfiança é um argumento histriónico. Não era Pinto um magistrado? E Pereira? Significa isso desconfiança? Ou pode ser interpretado como desconfiança?
  • Será que as fontes do Público desconfiam de uma solução inconveniente? Provavelmente alguém que aterroriza só de se ouvir o nome (que ainda por cima tem sido muito falado últimamente)
 
No entanto, já em 2011, quando Passos Coelho chegou a São Bento, foi dada como certa a substituição de Pereira. Foram, então, avançadas várias hipóteses. Da magistrada Margarida Blasco, ex-directora do SIS e actual inspectora-geral da Administração Interna, a Paulo Vizeu Pinheiro, assessor diplomático de Passos agora embaixador na OCDE. Também eram apontados os nomes de Antero Luís, juiz do Tribunal da Relação de Lisboa e antigo responsável do SIS, e do general Carlos Chaves, adjunto do gabinete do primeiro-ministro para a Segurança e Defesa e que nesta área fez a coordenação do programa eleitoral do PSD.
 
  • Alguém anda a reinterpretar a história, porque em 2011 o único candidato natural era, como todos ficaram a saber em 2012, Jorge Carvalho
  • Viseu Pinheiro integrou o gabinete de Passos Coelho desde a primeira hora, como assessor diplomático. Não era de supor que no mês seguinte fosse para o lugar de Júlio Pereira
  • Margarida Blasco era já então uma forte possibilidade para a IGAI. Até porque se fosse nomeada isso poderia ser interpretado como desconfiança...
A única interpretação que a notícia do público merece é que alguém está a fazer finca pé. E a mentir. Para não variar.

Vox Populi (1)

A propósito de uma notícia do Expresso de hoje, o comentário:
 
Uma vergonha estes funcionários do SIS. 
 
Incompetentes...INCOMPETENTES... anedóticos. 
 
Eles é que deviam ser o garante da segurança e das informações da segurança. 
 
Parece que os políticos entendem que a bagunça deve continuar no SIS. 
CHEGA.
 
 
O nosso comentário: Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. E a bagunça vai, infelizmente,   continuar como afirma o leitor da Meireles.

A voz da sabedoria

Com a devida vénia, um comentário a uma notícia do Público de hoje:
 
O sair pelo seu pé é o que vai acontecer no fim do seu mandato daqui a umas semanas. Não se percebe qual a razão da pergunta. A única antecipação possível é se já vai a caminho algum carro da PJ, mas isso não terá a ver com o que quer ou deixa de querer o Governo. Já faria algum sentido era reflectir sobre o que poderá ter justificado que ele se tenha mantido face a tudo o que se tem passado nos seus serviços. Será que ele tem informações sobre muita gente e alguém prefere usar de cautelas?

Patuscos

Os patuscos que oficialmente não existiam.
 
 

21 novembro 2014

Oportunidade e conveniência

O Partido Socialista (PS) considera politicamente inconveniente, nesta altura, qualquer alteração nas chefias das secretas, defendida pelo PSD depois de terem vindo a público nomes de dirigentes dos espiões associados à "Operação Labirinto". "Não é oportuno, nem de conveniência política", disse ao DN o deputado e vice-presidente da bancada socialista, Marcos Perestrello, coordenador para esta área.
 
Eles lá sabem porquê.

19 novembro 2014

Paradoxos (2)

Como pode liderar a investigação do financiamento das organizações terroristas os que encobrem o financiamento do crime organizado?

18 novembro 2014

Paradoxos (1)

Como pode liderar o combate ao crime organizado quem lidera uma organização criminosa?

Desvios ópticos

Ele via-se a si próprio como um Gestor.
 
Os outros viam-no apenas como um monte de merda. Tout court.

17 novembro 2014

Em relação a um certo rumor

Vamos esperar sentados.

Decadência

É daquelas que só dá vontade de rir.
 
Uma personagem de filme italiano de baixo orçamento com traços de Al Capone crítica um leal servidor do Estado por querer ser uma estrela de televisão .
 
Quando não se tem mais do que o Facebook para sonhar  há personalidades demenciais quem sonham com a televisão. E projectam esses sonhos nos outros. Um caso psiquiátrico.
 
O  voyeurismo de certa imprensa que colhe inspiração nas redes sociais, não sendo matéria de estudo para psiquiatras, revela muito da decadência a que chegou.

16 novembro 2014

Subsídios

Para compreender melhor o jantar do Parque é aconselhável a leitura deste Porta da Loja e deste Portugal Profundo.
 
Saudações patrióticas aos respectivos autores.

Diz-me quem é o teu advogado

Dir-te-ei quem és.

O jantar do Parque (4)

Finalmente imaginem que:
 
  • Apesar de todas as tentativas, até de avençados internos (que os há), o Expresso publica na primeira página a notícia do envolvimento da Secreta no caso dos vistos dourados. E não há aqui que utilizar eufemismos porque se trata de um efectivo envolvimento
  • Ainda na noite de sexta feira, e no sábado de manhã, enquanto permaneciam detidos os cúmplices, começa a "circular" pel e os avençados a versão dos acontecimentos da organização mafiosa. Admitem tudo o que antes negavam. Afinal é considerado "normal" e "legal" um serviço do Estado ir fazer "limpezas" a casa de "amigos" e de outras instituições. Um dia talvez se saiba que uma equipa de limpeza foi "fora do horário de expediente" em diligência para o palacete da rua do Grémio Lusitano. Perante esta confissão não há Procuradoria que determine a instauração de inquérito? Não há "peculato de uso", "descaminho" ou "usurpação"? Ainda há estado de Direito?
  • E para brindar todos com uma primeira página eis que o padrinho (ou um deles, sobretudo porque falta a este a inteligência) se sai com uma revelação em primeira mão, pelo punho de uma avençada. Revelação que andava desde Agosto em preparação e era conhecida por centenas de pessoas. Era o jantar do Parque
  • Como técnica de manipulação é reveladora da incompetência que impera na Gomes Teixeira. Revela também que aquela gente não frequentou a Academia das Informações para estudar e treinar. Andou na Academia a cagar postas de pescada perante os indulgentes bocejos da plateia. Revela igualmente a incompetência que grassa nas tabernas dessa organização que trocou esquadro e o compasso pela nota de 500 euros. Lançar a bomba do jantar do Parque revela a falta de argumentos e o desespero. Não cuida do que a seguir pode acontecer e é por isso um acto suicida
  • Pode ser que alguém, nomeadamente alguns leais servidores do Estado, entre os quais juízes e procuradores estejam atentos a estes sinais e haja surpresas
  • Pode ser que estejamos, finalmente, próximos do fim da impunidade. Para isso têm de ser derrubados os muros do Segredo de Estado onde esta Hidra se entrincheirou
NÃO CONTINUA

O jantar do Parque (3)

Imaginem ainda que:
 
  • Para dar um sinal de grande empenhamento e deixar todos ligados (pela cúmplicidade) a uma prática que todos percebem ser irregular (senão ilegal e criminosa, por constituir obstrução à justica e peculato de uso de recursos do Estado), mandam-se figuras de topo da Secreta. Se necessário serão mais tarde envolvidos na investigação e descartados como idiotas úteis.
  • Sendo todos juristas, estes desleais servidores do Estado sabem bem que não podem fazer varrimentos nem limpezas electrónicas porque estamos no âmbito do Direito Administrativo, onde só se pode fazer o que a lei expressamente prevê. Não é admissivel a analogia. E a lei ao não admitir a realização de escutas não admite igualmente a sua detecção (até porque isso significa basicamente utilizar a mesma tecnologia). Há órgãos do Estados aos quais a lei comete expressamente a competência para investigar as escutas e até para as realizar, mediante autorização legal. Esses são os órgãos competentes (também técnicamente) para realizar varrimentos e limpezas. Se houvesse jornalistas descomprometidos a investigar fariam estas perguntas e não admitiriam respostas vagas como "é legal"
  • Continuando a fase de testes à investigação convocam-se jantares para os quais são convidados todos os membros da rede e os idiotas úteis. Se alguma coisa correr mal, "que não vai correr" é um barco muito grande para afundar. A teoria do "too big to fail" que levou o BES e o Salgado onde eles estão hoje, é aplicada à mafia dos vistos (não há nome mais apropriado para aquela organização criminosa). Estão todos juntos e orgulhosos. Estão "mais fortes"
  • Mas a investigação não só não para como dá frutos. Leais servidores do Estado emitem ordens e mandados. Há buscas e detenções. Há notícias não controladas. Há desespero e gente a perder a cabeça. Há telefonemas histéricos e ameaças de confissão. É preciso por em marcha os planos de contingência
  • Às perguntas pertinentes dos jornalistas há respostas de negação sistemática, ironia e soberba. É "tudo mentira". É tudo "uma cabala". É "uma guerra entre polícias e espiões". Já no passado tinhamos visto a tese da "guerrra entre empresas". Como são úteis as guerras e os idiotas que as travam
CONTINUA