17 junho 2015

Aliviado

Comenta-se nos bastidores do SIRP que um alto responsável terá confidenciado a um dos figurões da banda dos duzentos e trinta que se sentia "aliviado" após a aprovação em conselho de ministros da proposta de lei quadro.
 
Quem sabe se o tal alto responsável quis mimetizar outro alto responsável que também se disse "aliviado", sem cuidar do peso conotativo das palavras?
 
Depois de uma "grande cagada" qualquer um se sente "aliviado".

16 junho 2015

Bloco central

A publicidade não paga que devia ser fiscalizada pela ERC.
 
As banalidades do costume sob a forma de novidades. A correia de transmissão do Bairro Alto em convergência et pour cause com o governo.
 
E a nossa segurança, como fica?
 
Isto tem a ver com segurança. Com a segurança deles.
 
Felizmente há quem esteja atento. E determinado.

Megaorçamento

"Em 2014, a verba subiu para 12,7 milhões de euros, contrastando comos montantes atribuídos ao SIS e ao SIED, respectivamente de 8,7 e de 5,8 milhões de euros".
 
Megaorçamento lembra Megapicnic.
 
Será que o Tony Carreiravai ser convidado para a festa de encerramento?

09 junho 2015

Fait divers

"O nível da ameaça em Portugal justifica que os serviços sejam dotados e um meio tão intrusivo e limitador dos direitos fundamentais?"
 
Estamos a falar de investigação criminal ou de informações?
 
As conversas douradas são apenas um fait divers?

08 junho 2015

Serviço público

A melhor propaganda do PS é a obsessão do PSD.
 
Com marqueteiros assim estão garantidos. Na oposição. Por quatros anos. Merecidos.

05 junho 2015

O recruta zero (2)

Há muitos dirigentes das secretas que defendem o recurso a intercepções por parte dos serviços.
 
Até há pelo menos um que estará a braços com a justiça por alegadamente ter recorrido a tais meios. E outros poderão vir a estar no futuro previsível.
 
Mas os mesmos dirigentes clamam a necessária revisão constitucional que "liberalize" as intercepções.
 
Não pois diferenças entre estes dirigentes e o ex-líder que tem dúvidas.

03 junho 2015

O recruta zero (1)

No dia da Estratégia o ex-líder do SIS foi em contracorrente ao que é defendido pela quase totalidade dos (ex-) dirigentes das secretas. O ex-líder tem dúvidas de que as intercepções telefónicas fossem benéficas para os serviços.
 
A Companhia não sabe se as intercepções são benéficas para os outros serviços de informações.
 
Se fossem prejudiciais certamente seriam generalizadamente rejeitadas.
 
Ou talvez os serviços portugueses sejam comoo recruta da historieta militar: é o único que vai como passo certo.

01 junho 2015

O diagnóstico

O diagnóstico feito em 14 de Maio pelo juíz desembargador e as suas opiniões deixaram a sala em absoluto silêncio.
 
Talvez o autor da reportagem preferisse que a sala irrompesse aos gritos de "For he's a jolly good fellow..." ou "Husa! Husa! Husa!". Sempre teria mais um apontamento de reportagem.
 
Da próxima vez talvez se ouça um afinado e tonitroante "SLB! SLB! SLB! Glorioso SLB!". Como não é na praça do Marquês de Pombal e não  se vendem cervejas em garrafa não háo perigo de tudo terminar numa valente carga policial.
 
Isso sim, seria um óptimo apontamento de reportagem.

29 maio 2015

Crónicas bízaras

Quem é que, não revelando um módico de lucidez (devido ao abuso do cocktail de alheira com vinho tinto), se lembraria de nomear para dirigente máximo alguém a quem os pares chamam pato badocha ?

28 maio 2015

Um sorvedouro desmotivado

Parece ter sido assim que um antigo director das secretas caracterizou a estrutura dirigida pelo senhor Pereira.
 
E por aquilo que pode ser lido na revista do Esteves esse antigo director andou nessas lides entre 2005 e 2011. Como é só fazer as contas são uns meros 6 anos.
 
Pouco tempo quando comparados com os 10 anos do tal senhor Pereira.
 
Mas 6 anos dão para sentir com clareza sentidos e tendências. Antes de 2011 já a tal estrutura (que é o nome indicado para uma coisa que não se sabe bem o que é nem para o que serve) era um sorvedouro desmotivado. E o referido antigo director nunca andou a dizer que dirigia um sorvedouro (e gastava-se mais em 2011 do que em 2015) nem quea andava desmotivado.
 
O que o motivava em 2011 que actualmente não motiva?
 
Porque é que os actuais directores se sentem, apesar de tudo, confortáveis perante o sorvedouro desmotivado?
 
 
 
 
 
 
 
 

27 maio 2015

O dia mais longo

O que aconteceu no dia 30 de Julho de 2011 daria para escrever um livro.
 
E nem todas as personagens ficariam muito bem na fotografia.

26 maio 2015

Decrepitude e decadência

São as palavras que ocorrem quando um ex-AA (isso existe???) se dirige a uma amostra de "plateia" para proferir inanidades.
 
Recolha ao hospício de onde nunca devera ter saído. Tenha vergonha (coisa que sabemos impossível).

22 maio 2015

Desacreditação

Um juíz diz a uma procuradora que teme estar a ser espiado por uma organização secreta. E o que acontece?
 
N a melhor das hipóteses acontece o que aconteceu. Um diário pega no assunto e publica porque sabe que é matéria de venda garantida.
 
Mas o assunto é sério. Ou o magistrado denunciante revela traços de paranóia e não está em condições de exercer a sua profissão, devendo ser submetido a junta médica e aposentado por razões de saúde. Ou estamos perante a denúncia de condutas que configuram a prática de vários crimes e o MP tem a obrigação legal de agir. É o Estado de Direito que está sob ameaça e não apenas um juíz.
 
A utilização do método da carta-denúncia anónima diz muito de quem o utiliza e dos objectivos a atingir.
 
A desacreditação de um juíz é também a desacreditação da Justiça. A simples publicação desta notícia é um primeiro sinal do sucesso da estratégia da organização secreta denunciada.
 
Será que a Justiça vai ficar refém?

20 maio 2015

Excelente m....

Alguém se lembra de um personagem que como relevante experiência profissional para trabalhar em informações era ter estado 12 anos ao serviço dos chineses?
 
Alguém lhe fez um vetting?
 
E para onde foi depois de uma curta mas estapafurdia passagem pelas secretas? Trabalhar (???) para os chineses, claro! Com direito a elogio público e louvor (para os anais).
 
Aqui não há período de nojo que se lhe aplique. Dirão alguns: a nova lei ainda não estava em vigor. Diz a Companhia: e se a lei estivesse em vigor era a mesma coisa, porque ela atribui o poder alegadamente discricionário de dispensa do período de nojo. Pela mesma entidade que tem competẽncia para nomear e exonerar. Brilhante. Podiam fazer mais 20 manuais de prevenção da corrupção nos serviços públicos e nunca iriam chegar a incluir estes requintados e terceiro-mundistas procedimentos.
 
É a excelência dos nossos parlamentares aliada à excelência da nossa administração de topo. Já para não falar da excelência de quem controla a legalidade dos actos da administração.
 
 

18 maio 2015

Meros indícios

Acerca de eventuais ofensas de magistrados praticadas via Facebook, veio a senhora PGR entender, e bem, integrarem as mesmas a dimensão de liberdade de expressão. Nesta medida dificilmente poderiam configurar uma infracção.
 
Este assunto encerra uma outra curiosidade, a julgar pelo que veio publicados nos jornais. A PGR na acta da reunião de 14 de Abril do Conselho Superior explica que "em processo disciplinar, os meios de prova legalmente admissíveis em ambiente digitalmprefiguram uma baixa expectativa de resolução do caso, em especial no que respeita à determinação dos respectivos autores".
 
Pelo menos para a senhora PGR, ao contrário de alguns outros, não bastam meros indícios.
 
Apetece dizer: Grande palhaço!
 
 

14 maio 2015

Especialistas

 
E não. Não é piada.

13 maio 2015

O arroto com cheiro a alheira

De vez em quando lá faz o seu aparecimento. Acompanhado de um séquito que parece saído da nova manga japonesa. Percebe-se o ar de vergonha e enjoo dos que, por dever de ofício, ladeiam a boçal personagem.
 
Vive-se, por alguns momentos, o ambiente de loja. E de tasca também.

12 maio 2015

Mais iniquidades

Perante as desproporcionais e iniquas restrições muitos funcionários bateram, discretamente, com a porta. E não consta que algum tenha sido ouvido pelo órgão alegadamente fiscalizador.
 
E também não consta que algum dos que sairam tenha pedido para ser ouvido pela 1ª Comissão. E muito menos consta que a dita comissão tenha mostrado a mesma solicitude que mostrou no passado para ouvir quem nem sequer era funcionário dos serviços. E ainda hoje não se percebe a que título foi ouvido. Mais um episódio para os anais das vergonhas parlamentares.
 
Enquanto isso vão-se discutindo datas para actos eleitorais. Na sequência destes actos vão mudar muitos dos que têm o poder de tudo mudar no SIRP. E vão certamente mudar alguns dos que pensam que têm poder no SIRP.
 
Mas há coisas que não vão mudar.
 
A primeira dessas coisas é que amanhã, tal como hoje, os que terão o poder de tudo mudar no SIRP, não estarão obrigados, forçados nem coagidos, na mesma medida em que estarão os funcionários do SIRP. Ninguém lhes irá perguntar se são ou foram da maçonaria, se andaram por ONG ou empresas de reputação duvidosa e se são suspeitos ou arguidos em algum processo crime. Ninguém lhes fará uma verificação de segurança. Ninguém lhes apontará ligações perigosas. Ninguém lhes pergunta de onde vieram e para onde vão.
 
Para essa elite as regras são diferentes daquelas que impuseram aos escravos. Não há regras.
 
O mesmo é válido para os seus mandatários no sistema.
 
É um vale tudo. Até um dia.
 
De traição se falará depois.

11 maio 2015

Iniquidades

A legislação do SIRP tem apreciáveis restrições ao exercício de direitos e comina intermináveis deveres aos respectivos funcionários.
 
Isso não impediu que, ao longo dos tempos, muitos tenham querido ingressar naquilo que, pensavam, poderia ser uma aliciante carreira. É assim em muitos outros países e Portugal não é diferente.
 
As últimas alterações à Lei Quadro do SIRP vieram introduzir ainda mais limitações ao desempenho de quem se encontra nos serviços de informações (as quais se aplicam a todos menos às direcções e à alegada fiscalização). As limitações foram tais que muitos clamaram inconstitucionalidade (as próprias direções o fizeram em on ou em off). Outros disseram que nem as magistraturas ou as forças armadas são tão limitativas. A alegada fiscalização sobre o assunto disse o que costuma dizer: nada.
 
O Provedor de Justiça, que devia conhecer bem o sistema (tendo presidido durante algum tempo a entidade alegadamente fiscalizadora, até que se demitiu por desinteligências), também fez vista grossa perante tamanha desproporcionalidade e iniquidade.

05 maio 2015

Tão discretos que eles são

"A questão é saber se vale a pena perturbar o relacionamento entre o MP e o SIRP. Provavelmente preferem resolver o assunto de forma discreta."
 
Trata-se de uma preocupante emanação do dito salazarista "entre marido e mulher..."
 
E o Estado de Direito, meu Deus? Não será isto subversão? De certeza que é lógica de Sinagoga, com apelo a tanta discrição.
 
Era caso para envolver as capacidades operacionais do SIS. O problema é que...