31 outubro 2018

Embrulhanços

No dia 11 de outubro na 4.ª Conferência Internacional sobre Terrorismo Contemporâneo (onde se meteram as outras três?) que decorreu no ISCSP, Adélio Neiva da Cruz, o director do SIS, terá dito que entre 2004 e 2016 os atentados terroristas (quais?) causaram a Portugal um prejuízo de 33 milhões de euros. A afirmação (que surgiu em alguns órgãos especializados em fake news) só podia estar descontextualizada. E nem a referência ao relatório do Parlamento Europeu "Fight Against Terrorism" contextualiza a embrulhada que saiu na imprensa, que não acreditamos tenha sido o tom da intervenção do patrão das secretas.

Fala-se em 180 mil milhões (de euros, doláres, reais, libras?) de impacto no PIB da UE. Depois fala-se num valor de 84 mil milhões de dólares (?) de impacto das medidas contra-terroristas. Estas entram no impacto dos atentados no PIB.

Entre 2004 e 2014 os serviços de informações custaram ao contribuinte português mais de 320 milhões de euros. Com ou sem impacto no PIB. Com ou sem atentados terroristas.

Isto é que devia ter sido explicado pelo director do SIS e pelos senhores jornalistas.

Embrulhadas com números, manipulação e fake news, já temos QB.

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