O homem tinha uns tópicos, talvez dados pelos cerca de duzentos documentos internos do SIS encontrados nas suas residências. Obtidos do sistema de gestão de documentos - o Smartdoc.
11 abril 2018
Sábadabadu, 8/3/2018
O Servidor S antes era o Servidor H. O Smartdoc uma espécie de Microsoft Office das Secretas.
A fiscalização da Comissão era feita apenas ao sistema da base de dados e não ao servidor do SIS. A divulgação de práticas ilegais não pareceu produzir qualquer impacto no colectivo. Desconhecimento? Falta de atenção? Desinteresse?
O sr dr tem um percurso de vida no SIS, conhece as regras? "Conheço a prática". Há regulamentos que nunca li, como a maior parte dos funcionários também nunca leram.
Posso dizer à sra dra que havia um grupo de funcionários do SIS que todos os dias ia almoçar alia a um restaurante, que agora já não me lembro se é o Retiro, se o Refúgio nas Galinheiras, junto às imediações do serviço, e com pessoas de fora, que se falava de outras pessoas do serviço e que se falava de operações do serviço.
Nunca deixara de gerir fontes e que Gil Vicente sabia bem disso porque fora ele a autorizar vários pagamentos nos últimos anos, alguns deles com atraso.
Ele explica aqui em audiência (...) que o interesse da Federação Russa nele tinha a ver com intervenções dele em manobras de contraespionagem que determinaram em Portugal até a expulsão de diplomatas russos.
E também de um testemunho atabalhoado de uma perita nomeada pelo SIS, que em tribunal revelou desconhecimento daquilo que tinha sido chamada a peritar.
Seria assim que a Companhia classificaria a peça (ou será pecha?) sobre o site da web do SIRP.
A simples referência à ausência de censura é extraordinária.Há certamente quem pense que não está no Portugal de 2018 mas na URSS dos anos 60 do século passado. Não desespere. Há cura para isso.
Salva-se a personalidade e o labor incondicional de quem mais interessa. Ainda bem.