13 maio 2015

O arroto com cheiro a alheira

De vez em quando lá faz o seu aparecimento. Acompanhado de um séquito que parece saído da nova manga japonesa. Percebe-se o ar de vergonha e enjoo dos que, por dever de ofício, ladeiam a boçal personagem.
 
Vive-se, por alguns momentos, o ambiente de loja. E de tasca também.

12 maio 2015

Mais iniquidades

Perante as desproporcionais e iniquas restrições muitos funcionários bateram, discretamente, com a porta. E não consta que algum tenha sido ouvido pelo órgão alegadamente fiscalizador.
 
E também não consta que algum dos que sairam tenha pedido para ser ouvido pela 1ª Comissão. E muito menos consta que a dita comissão tenha mostrado a mesma solicitude que mostrou no passado para ouvir quem nem sequer era funcionário dos serviços. E ainda hoje não se percebe a que título foi ouvido. Mais um episódio para os anais das vergonhas parlamentares.
 
Enquanto isso vão-se discutindo datas para actos eleitorais. Na sequência destes actos vão mudar muitos dos que têm o poder de tudo mudar no SIRP. E vão certamente mudar alguns dos que pensam que têm poder no SIRP.
 
Mas há coisas que não vão mudar.
 
A primeira dessas coisas é que amanhã, tal como hoje, os que terão o poder de tudo mudar no SIRP, não estarão obrigados, forçados nem coagidos, na mesma medida em que estarão os funcionários do SIRP. Ninguém lhes irá perguntar se são ou foram da maçonaria, se andaram por ONG ou empresas de reputação duvidosa e se são suspeitos ou arguidos em algum processo crime. Ninguém lhes fará uma verificação de segurança. Ninguém lhes apontará ligações perigosas. Ninguém lhes pergunta de onde vieram e para onde vão.
 
Para essa elite as regras são diferentes daquelas que impuseram aos escravos. Não há regras.
 
O mesmo é válido para os seus mandatários no sistema.
 
É um vale tudo. Até um dia.
 
De traição se falará depois.

11 maio 2015

Iniquidades

A legislação do SIRP tem apreciáveis restrições ao exercício de direitos e comina intermináveis deveres aos respectivos funcionários.
 
Isso não impediu que, ao longo dos tempos, muitos tenham querido ingressar naquilo que, pensavam, poderia ser uma aliciante carreira. É assim em muitos outros países e Portugal não é diferente.
 
As últimas alterações à Lei Quadro do SIRP vieram introduzir ainda mais limitações ao desempenho de quem se encontra nos serviços de informações (as quais se aplicam a todos menos às direcções e à alegada fiscalização). As limitações foram tais que muitos clamaram inconstitucionalidade (as próprias direções o fizeram em on ou em off). Outros disseram que nem as magistraturas ou as forças armadas são tão limitativas. A alegada fiscalização sobre o assunto disse o que costuma dizer: nada.
 
O Provedor de Justiça, que devia conhecer bem o sistema (tendo presidido durante algum tempo a entidade alegadamente fiscalizadora, até que se demitiu por desinteligências), também fez vista grossa perante tamanha desproporcionalidade e iniquidade.

05 maio 2015

Tão discretos que eles são

"A questão é saber se vale a pena perturbar o relacionamento entre o MP e o SIRP. Provavelmente preferem resolver o assunto de forma discreta."
 
Trata-se de uma preocupante emanação do dito salazarista "entre marido e mulher..."
 
E o Estado de Direito, meu Deus? Não será isto subversão? De certeza que é lógica de Sinagoga, com apelo a tanta discrição.
 
Era caso para envolver as capacidades operacionais do SIS. O problema é que...

04 maio 2015

Provérbios

"Usa as mãos do teu inimigo para apanhar a cobra".
 
Provérbio persa

03 maio 2015

Cego, surdo e mudo

"Não respondeu se tinha tomado alguma medida sobre o assunto".
 
O Conselho serve para quê se nunca responde e raramente sabe? Porque não quer saber. É público.

01 maio 2015

A bicicleta

A greve é um direiro dos trabalhadores. E como todos os direitos deve ser exercida de forma responsável.
 
Aqui terminaria a declaração de interesses da Companhia se não tivesse havido, não há muito tempo, uma declaração de alguém com responsabilidade (não confundir com alguém responsável) que se referia às empresas estratégicas e à necessidade de produção de inteligência económica para apoiar tais empresas (qualquer semelhança com a tese da defesa em juízo de alguém é, naturalmente, pura coincidência, até porque Portugal é o país das coincidências).
 
Para celebrar e coordenar esta orientação superior reuniram-se os estados-maiores em alegre almoçarada, como é também hábito neste extraordinário país.
 
Pouco tempo volvido, digerida que foi a forte refeição, a empresa passou de recurso estratégico a moeda de troca para equilibrar o valor do défice público. Talvez por isso alguns asseguram que este ano é que é.
 
Esquecidas foram as promessas de papel passado para evitar outras greves. Tão esquecidas como todas as promessas feitas em 2011.
 
E depois tratam-se os profissionais da empresa da mesma forma desrespeitosa e canhestra como se têm tratado os oficiais de informações. Que é aliás como têm sido tratados quase todos os portugueses nos últimos anos (daí que se perceba perfeitamente porque é que, em desespero, se anuncia uma coligação pré-eleitoral).
 
Voltando à empresa. Há muito tempo que ela deixou de ser estratégica para o país. Muito antes de estes governantes iniciarem funções. Por isso é que noutras paragens as almoçaradas inteligentes seriam punidas com chicote ou prisão, se ao caso não fosse aplicada uma munição solitária.
 
E há muito também que a empresa deixou de ser bem gerida. Até para justificar a criminosa propaganda de que a gestão pública é incompetente. E para reduzir o valor do bem no mercado, assim beneficiando o comprador. Assim se garantem uns lugares para os próprios e protegidos na empresa privatizada. Tudo dentro da maior legalidade (na linha de todos os procedimentos praticados pelo 44). Até porque como dizia alguém com responsabilidade (não confundir com responsável) "não há corrupção em Portugal".
 
Depois vieram mais pessoas com responsabillidades (que não responsáveis) dizer que se a greve for por diante a empresa vai à falência e serão despedidos 40% dos trabalhadores (era melhor optarem por um ou outro cenário, é que apresentar ambos não tem nenhuma lógica). É de uma inabilidade notável ameaçar com o despedimento alguém que tem 50% de hipóteses de ser despedido, com greve ou sem ela. Deve ser o que se ensina em alguma universidade de Pyongyang ou Sichuan. Por onde tem andado esta gente?
 
Ninguém pareceu preocupar-se com a saúde da empresa quando se perderam milhões com os cancelamentos de voos para novos destinos, arranjados à pressa e meios alugados à pressa que nunca apareceram. Em plena época alta. E por acaso os mesmos profissionais agora acusados de sabotadores denunciaram a situação (quando outros a calaram).
 
Também ninguém se procupou com o estado degradado e decrépito dos meios. E com a progressiva queda da qualidade dos serviços de bordo (para níveis piores do que é o padrão de muitas companhias africanas, sem desprimor). E com o facto de os serviços públicos terem deixado de escolher a empresa, porque em rotas concorrenciais os seus preços são proibitivos (em rotas não concorrenciais são um verdadeiro suicídio, para a empresa).
 
E agora preocupam-se com a anunciada greve de 10 dias?
 
Não se preocupam coisa nenhuma. Foi-lhes dado de mão beijada o argumento de que precisavam para acelerar o processo de venda por grosso e ao desbarato da empresa. É que essa venda tinha bastantes opositores internos (os trabalhadores, compreensivelmente) e externos (uns quantos saudosistas e outros que têm uma estranha relação, de tipo sexual, com a bandeira).
 
"Fiquem lá com a bicicleta".

30 abril 2015

Espionagem e corrupção

"As secretas podem ter escondido do MP pelo menos um crime de espionagem e um de corrupção de funcionário". Diz a VM.
 
um?
 
Perguntam os funcionários.

29 abril 2015

Quem tem farelos

Quem gosta da verdade e quem nem por isso. Como é possível um estado de direito (?) suportar tal comédia?
 
E a farsa da fiscalização. Qual auto de Gil Vicente.

28 abril 2015

Apologia

Num país pequeno e "pequenino" quem tem um olho, mesmo a piscar, pode ser king. Ou sueca. Ou lerpa.
 
A desenfreada corrida aos recursos. E só isso.

Direito das Informações

O que se inventa hoje em dia...
 
Desespero ou burla? A doutrina divide-se. Mas pouco.

27 abril 2015

Secretas omitem crimes ao MP

Que surpresa! Ninguém diría.
 
Ou como dizía uma fonte da Sápadu "Não é isso que as secretas fazem?"

24 abril 2015

Aprender até morrer

"É no IRN que está guardada toda a informação relativa ao registo civil de cidadãos nacionais e estrangeiros: [...] assentos de baptismo [...] e até mudanças de sexo".

23 abril 2015

Quem é Ev93ny SkobkAr3v?

Se fosse uma sondagem diría: "Não sabe ou não responde".

22 abril 2015

Lapsus

Qual destas afirmações é lapso dos jornalistas da Sápadu?
 
"Júlio P3r3ira mantém-se no edifício que foi ocupado pela diplomacia da antiga URSS".
 
"A embaixada da Rúccia dirige os serviços secretos portugueses há dez anos".

21 abril 2015

A acção e o inquérito

 O que é que a Margarida Rebelo Pinto tem a ver com esta brilhante tirada?
 
"Os agentes estrangeiros queriam aceder à informação civil e empresarial guardada no Instituto dos Registos e Notariado através de uma toupeira portuguesa. O Serviço de Informações de Segurança detectou e desmantelou a acção, que acabou por se cruzar com o inquérito da Polícia Judiciária ao caso dos vistos Gold".
 
Tão vívida descrição só enaltece a qualidade (e o acesso) das fontes.

20 abril 2015

Os russos e o Mosquito

Uma vez, um mosquito declarou guerra aos russos dizendo-lhes que pouco se importava com o seu título de grande potência. Dito isto, começou a picá-los por todos os lados, tornando-o furiosos, não lhe dando tréguas, até que os russos cairam esgotados. O inseto, então, se retirou cheio de orgulho, mas, enquanto ia anunciar a todos os demais bichos sua vitória, caiu na traiçoeira teia de uma aranha e lá ficou preso.
Adaptado da fábula de La Fontaine.
 
Também poderia chamar-se: "Os russos e o mosquito". Ou: "Os russos e os insetos".
 
É bom que não se esqueçam da moral da história.
 
De traição se falará depois.

26 fevereiro 2015

Lógica de Sinagoga

O que impera no Arco da Sinagoga, por outros chamado da Des-governação ou também Sistema do Pote, é o silêncio.
 
O silêncio ou umas perguntas tolas e estafadas, daquelas que são mecânicamente extraídas de uma "check-list". Queremos ouvir o "Palhaço Rico"! O que é que o "Gajo dos Vistos" tem a dizer? O melhor é chamar "o amigo do gajo que é amigo do gajo que era amigo do gajo que estragou isto tudo" à assembleia!
 
Tudo ensaiado nos templos, mesquitas e sinagogas.
 
Eles estão "fartinhos" de saber isto tudo. O que os irrita é que os outros saibam que eles sabem.
 
E ainda acreditam que vão ganhar eleições com esta lógica.
 
Vão, vão!

24 fevereiro 2015

A ética dos "homens bons"

O que os casos metódica e pontualmente filtrados para certa imprensa nos deviam levar a concluir, se vivessemos numa sociedade de pessoas livres e esclarecidas, de homens verdadeiramente bons, é:
 
  • para que continuamos a sustentar, até financeiramente, uma inutilidade que, do ponto de vista legal, é o garante do funcionamento ético/constitucional do Sistema?
 
Obviamente que, exceptuando talvez a banda dos 230, ninguém acredita neles (quanto mais não fosse pelo historial dos especimens).
 
"Conselho, que Conselho?", apetece perguntar?

22 fevereiro 2015

Mexilhões

A propósito de uma "coisa" que hoje aparece no Diário de Novidades ficam no ar duas perguntas:
 
1. Focar o "assunto" na questão menor desviando da questão substantiva não é uma técnica rudimentar da propaganda/publicidade/relações públicas? Talvez seja a altura de mudar de agência, não?
 
2. Será só intuição da Companhia ou tudo se parece encaminhar para um desfecho do tipo "Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão"?
 
Bom domingo!