28 setembro 2015

Sujos

A pressa com que a agremiação aprovou a lei que ia tornar branquinha toda a sujeira que fizeram ao homem esbarrou com a cultura ultramontana do forum.
 
E nem a nomeação de última hora de um comissário de conveniência resolveu o imbróglio.
 
Se lessem mais e falassem menos perceberiam o que falhou.
 
Ridiculos.

25 setembro 2015

Mistificação disse ele

"Nuno Simas foi o autor de notícias no jornal "Público" sobre a situação tensa que, na altura, se vivia no SIED e cuja divulgação estava a preocupar os responsáveis dos serviços de informação."
 
Como se o clima de crise política que sobreveio às legislativas de 2009 e o "assalto ao pote" nunca tivessem existido e não estivessem já em marcha. Talvez este processo e a "inventona de Belém" tenham zonas mistas. E atores mistos, comuns e duplos. Há favores que tâm de se pagar.
 
E devidamente orquestrados. Com "antenas" dentro dos serviços de informação. Colocadas ao mais alto nível, como a prova indiciária veio a demonstrar. Basta ler alguns SMS.

23 setembro 2015

Virgens ofendidas

Se houve algum crime, deve ser imputado aos serviços. "O arguido nem devia ser eu, mas os serviços de informação".

18 setembro 2015

Estranhamente ou dez anos de maus hábitos

E insistiu: "Estranhamente, o SIRP respondeu assim, mas não vemos razão para que o referido manual não seja junto ao processo", explicou Rosa Brandão que tem mais de vinte anos de carreira a julgar casos complexos, mas nunca nenhum como este. "É a primeira vez que lido com um processo sujeito a segredo de Estado. Mas não será assim tão complicado". Mas foi. E vai continuar a ser.

17 setembro 2015

Baixas frequências

Afinal nem só a defesa tem estratégia. Ou não passará tudo de uma estratégia da defesa?
 
Quem tem cú tem medo.
 
Sempre é mais fácil ser forte com os fracos do que com os fortes.
 
Os cobardolas reconhecem-se a olho nú.

16 setembro 2015

A casa dos horrores

A juíza não conseguia esconder a surpresa e até algum desapontamento perante a resposta que o secretário--geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) deu a um pedido do tribunal. "Perguntámos se podíamos ter acesso ao manual de procedimentos dos serviços secretos, que até já foi publicado na comunicação social. E a resposta foi que o mesmo é confidencial. É estranho."

14 setembro 2015

Estranho

Com uma única palavra, a juíza Rosa Brandão deu o tom para o que será o julgamento do caso das secretas

13 setembro 2015

Quando a tentativa é punível

Estamos mais baralhados.
 
E há quem não esteja?
 
Isto não era tudo uma "guerra empresarial"? E não se resolvia tudo "com uns sopapos" no facebook?
 
My ass...

12 setembro 2015

Os nossos respeitos

Para os que abdicaram do fim de semana, fizeram algumas centenas de quilómetros e tiveram de responder ao "toque a reunir" do venerável borra botas.
 
Mau grado toda a eripsela alguns até conseguiram cochilar enquanto a nódoa regurgitava.
 
Para eles, os nossos respeitos.
 

Estupidamente óbvio

Passados mais de cinco anos sobre os factos vem o Expresso clamar que a "Defesa tenta envolver chefe dos serviços secretos".

Poderia ser apenas uma tática da tal defesa.

Poderia, se...

01 setembro 2015

Crédito de confiança

Do "Caso da Proposta da rua do Grémio" mais uma extracção digna das "Crónicas".
 
"Tudo visto e sopesado, afigura-se que a solução encontrada pelo legislador implica, usando o critério do Acórdão nº 187/2001, efeitos restritivos ou lesivos que se apresentam, todavia, numa relação "calibrada" – de justa medida – com os fins prosseguidos, ponderando aqueles efeitos face às medidas possíveis, tudo à luz do reconhecimento e outorga ao legislador do "crédito de confiança" que lhe é devido."

31 agosto 2015

Mundo Virtual

Um Acordão recente publicita esta "pérola" de realismo queirosiano:
 
"Por fim, não se esquecendo a profundidade com que o Tribunal tem entendido a necessidade de controlo da informação resultante da interceção de comunicações, não se pode deixar de notar que nem todas as exigências implicadas na realização de escutas (cfr., designadamente, os Acórdãos do Tribunal nº 426/2005 e nº 4/2006) fazem sentido quando apenas estão em causa os dados de tráfego. Ali, importa atentar no conteúdo das informações, para o mais rapidamente possível aferir da sua relevância, eliminando rapidamente o resultado lesivo (isto é, destruindo as escutas) na parte inútil, precisamente por respeito ao princípio da proporcionalidade, momentos e necessidades que não se reproduzem quando apenas estão em causa dados de tráfego. "
 
 
O caso da "Proposta da rua do Grémio" ainda vai fazer correr muita tinta.
 

28 agosto 2015

Quotas

Nos mentideros corre que a corrente gay do sistema reivindicou junto dos seus representantes nas mais altas instâncias uma quota condigna nos cargos dirigentes.
 
A abertura à modernidade é completa. Eles (e elas) andam por aí.

18 agosto 2015

Língua de pau

Na língua de pau dos avençados da rua do Grémio, maioria de oportunidade e demais oportunistas, um MENTIROSO é "alguém que lida mal com a verdade".
 
 

05 agosto 2015

Saudades da PIDE

"De facto, não se alcança como se pode conciliar a proibição dirigida ao pessoal do SIRP de exercer poderes, praticar atos ou desenvolver atividades do âmbito da competência exclusiva dos tribunais, do MP ou das entidades com funções policiais (...) com a previsão do carácter exclusivo dos órgãos e serviços do SIRP de tais funções e atividades (...)"
 
in Parecer da CNPD nº 51/2015 de 26/06/2015

28 julho 2015

Insultos à inteligência

Sob o pretexto de "Pensar a segurança" escrevem-se, por vezes, curiosidades únicas.
 
Num destes pensamentos vem o autor negar que convida à censura na internet, presume-se que às áreas de comentários de publicações online, por conterem insultos "anónimos e cobardes".
 
Depois surgem as forças de segurança e os serviços de informações num curioso mix em que todos trabalhariam para descobrir quem insultou de forma anónima e cobarde. Como se não existisse política criminal nem avaliação da ameaça. Seria o regresso ao Farwest ou à Rússia soviética.
 
Generalizar nesta matéria é obviamente manipular. O mix FS+SI não é mais do que a receita usada pelo arco da desgovernação no novo regime do SIRP. Veremos no que dará a receita.
 
E a referência ao Google e ao Facebook é também ela muito curiosa. Afinal se, como afirma o autor, os dados são fornecidos voluntariamente pelas empresas aos SI dos países de origem não há qualquer anonimato. Podem as FS, portanto, investigar e os tribunais punir. Se os SI fornecerem os tais dados às FS, como é de presumir que o fazem.
 
Para escrever sobre certos assuntos é conveniente ter mais do que umas luzes. E não misturar alhos com bugalhos. Ou haverá inteligências que se sentirão insultadas. E um artigo que até pode ter interesse acaba por passar despercebido, de tão confuso.
 

23 julho 2015

O tempo e o modo

Uma proposta de lei que surge no fim de uma legislatura.
 
Sem pensamento. Sem tino. Sem nexo.
 
Não houve livro branco, verde ou azul.
 
A maioria de oportunidade e os demais oportunistas vão nisto.
 
Não passaram um cheque em branco aos serviços de informações. Passaram-no, apenas.
 
Tenham medo. tenham muito medo.

09 julho 2015

Um lacão que nem sempre é lacónico

Tendo dado rosto (sem nunca ter desmentido ou sido desmentido) ao acordo de refugo sobre o SIRP, remeteu-se ao silêncio. O secretário-geral Costa não é tido nem achado neste negócio cuja jurisdicção é da rua do grémio.
 
Como é tão diferente  do dia em que tiveram de o mandar calar por várias vezes em sede de Comissão.
 
Se a política fosse uma praia ele seria um surfista.
 
Um profissional.
 
Os metadados na versão intriga.

06 julho 2015

Os idiotas secretos

Pedro Tadeu (Diário de Notícias, 16-6-2015) exerce o seu legítimo direito de opinião em "Vamos ser controlados por idiotas secretos?".
 
A extensa lista de argoladas é atribuída a idiotas secretos.
 
Estamos em desacordo, ainda que parcial. São idiotas, mas não são secretos. Toda a gente sabe quem são ou foram os autores. É só perguntarem a gente séria das "secretas".
 
Foram políticos, aspirantes a políticos, para-quedistas, esquizofrénicos e outra gente que esteve, ou ainda está, ligada às ditas "secretas". Alguns até foram promovidos (nas "secretas" e fora delas). Uns são ou foram, ministros, generais, embaixadores, conselheiros, directores-gerais, etc.
 
Chamar idiotas às centenas de funcionários é injusto. E Pedro Tadeu sabe que sim.

02 julho 2015

Os metadados

Não há eufemismo made in usa que não faça o seu caminho em Portugal. E há várias razões que estão na origem desse atavismo. A primeira é mesmo preguiça. A segunda é parolice. E um parolo acha sempre que os outros são mais burros do que ele próprio.
 
A expressão metadados que a imprensa avençada da rua do grémio preferiu a dados de tráfego é aparentemente mais modernaça (porque remete directamente para a América, a NSA e Edward Snowden) e inofensiva.
 
A tese dos avençados é "inconstitucional e proíbido é fazer escutas. Obter metadados é legítimo e permitido, pois a Constituição não os refere". Nem sequer é necessário mexer na Constituição, dizem. Descobriram o ovo de Colombo. Até ao dia em que o tal Tribunal Constitucional lhes vier estragar a brincadeira, como é previsível que aconteça (este governo é um viveiro de constitucionalistas a contrario).
 
Os tais metadados são assim chamados exactamente porque permitem inferências muito para além dos dados e do que qualquer cérebro humano pode processar. Os metadados são tudo menos inofensivos e são tratados por supercomputadores e algoritmos especificamente concebido para determinadas finalidades.
 
A este respeito (supercomputadores e algoritmos) estamos conversados. Alguém vai ficar sentado à espera de uma doação do tio da américa sob a forma de aplicação informática. E depois de muito esperar vai receber.
 
Entretanto os metadados serão obtidos da forma clássica, isto é, sob a forma de dados de facturação. Do senhor X, do senhor Y ou da senhora Z. Serão tratados a olhómetro, como outros o foram no passado, e servirão para alimentar convicções pré-concebidas (ou preconceituosas). Estarão a meio caminho entre o voyeurismo e a má-lingua. Nunca terão nada a ver com informações.
 
Mas a expressão metadados, na hipocrisia que resulta da sua utilização, lembra aquele tipo (e que tipo) que dizia que já tinha fumado erva, mas não inalado.

30 junho 2015

À boleia

Quando se anunciou que finalmente o SIS ia ter acesso à facturação detalhada de alvos "de processos em investigação" houve alminhas, algumas até com vocação jurídica, que deram pulos de contentamento. Apressaram-se a dizer que a nova lei (a proposta, ou o que vier a resultar) iria ser anexada a um processo crime que corre termos nas varas criminais da capital.
 
Pode não passar de um pueril desejo, um devaneio jurídico ou uma mera imbecilidade. Mas deu lugar a mais uma notícia. E logo numa altura em que as boas notícias são (ou deviam ser) a ausência de notícias.
 
Quem gosta de andar à boleia devia ver o clássico "Terror na auto-estrada".

29 junho 2015

Navegação

"Quem, por qualquer meio, perante autoridade ou publicamente, com a consciência da falsidade da imputação denunciar ou lançar sobre determinada pessoa a suspeita da prática de crime é punido com pena de prisão até 3 anos".
 
"Se o meio utilizado pelo agentese traduzir em apresentar, alterar ou desvirtuar meio de prova, o agente é punido compena de prisão até 5 anos".
 
Esta práctica é especialmente insidiosa e censurável. Sobretudo se o agente estiver investido em funções públicas ou poderes de autoridade.
 
Alguns poderão pensar que a Companhia se refere a benfiquistas, cuspidelas e bastonadas. Quem de direito deve preocupar-se em fazer justiça nesses casos.
 
Aqui trata-se apenas de fazer um aviso à navegação.

27 junho 2015

383

Uma anedota. Mais uma a somar ao acervo acumulado em 10 anos de anedotas. Felizmente está tudo nos anais, para que a mentira seja desmascarada. Quando for o tempo de tirar (arrancar) as máscaras. Mas há direitos e expectativas que foram lesados.
 
Trezentas e oitenta e três acções em vara cível.
 
Trezentas e oitenta e três pesadas indemnizações exigidas a quem de direito.
 
Uma única exigência de direito de regresso.
 
Já há filas no consultório de um reputado causídico.
 
383

26 junho 2015

Sempre solteira

É lembrado o "caso Veiga Simão". Talvez mais para lembrar a responsabilidade do PS do que pela semelhança das situações.
 
Veiga Simão foi afastado do cargo de ministro da Defesa. Mas a culpa continuou solteira.
 
Neste caso (se é possível chamar caso a isto, mas lá voltaremos) ninguém será afastado (a não ser o scapegoat que estiver à mão).
 
E ela continuará solteira.
 
Como é original a política em Portugal. Para bem do grémio e dos agremiados.

25 junho 2015

São João

Em dia de São João, além dos martelinhos e do alho porro, também houve que picar o balão.
 
A Ameixoeira a necessitar, urgentemente, de uma renovação na forma como comunica. É que nem todos papam grupos.

24 junho 2015

O dilúvio

Duzentos e trinta personas, mais lastro q.b., andam durante quatro anos a empastelar  até que de repente ZÁS surge a brilhante proposta que vai reformar totalmente "as secretas" (que para tristeza dos avençados da rua do grémio cada vez será menos no plural e mais no singular).
 
Governo e maioria (ao que parece apoderados pelos sicários da rua do grémio, de outras facções partidárias) acordaram, a 4 meses de eleições (o que diz muito sobre o que esta gente pensa sobre Democracia e Legitimidade), para aprovar uma série de medidas legislativas, em vários pacotes, que, a serem aprovadas, irão encher os tribunais durante vários anos (alguns deles para sequer tentarem decifrar o chamado pensamento do legislador).
 
Algumas dessas medidas eram velhas aspirações dos quadros. Outras eram aspirações dos desenquadrados. Outras, aspirações dos que aspiram a enquadramento.
 
Se abstraírmos das medidas que se traduzem na criação de "tachos e tachinhos" e de outras mais ou menos inócuas, as medidas que permitem o acesso a um vasto número de bases de dados públicas, além de dados normalmente protegidos do acesso público (sigilo bancário ou fiscal) são reveladoras do estado de espírito da tal maioria, e dos tais apoderados.
 
Alguém, do maior partido da oposição, anda a dormir. As medidas que inicialmente visavam combater o terrorismo já se está mesmo a ver para o que vão servir (até os avençados da rua do grémio deixaram cair qualquer referência ao terrorismo).
 
A actual maioria quer lá saber de minudências (desde que se garantam uns "tachos e tachinhos" com as privatizações da legislatura, algumas realizadas em ambiente de contra-relógio) e é como o rei franciú "aprés moi le déluge".
 
Se, e sublinhamos o SE, estas medidas forem aprovadas e publicadas no diário do governo, tremerão como varas verdes estes procrastinadores inveterados só de pensar que deram mais instrumentos para melhorar a qualidade da nossa democracia, com muitas mais primeiras páginas nos "Correios da Manha", "Sabados", "Expressos" e "Novidades".
 
 
 
 
 
 

23 junho 2015

O crocodilo

O presidente do órgão que alegadamente fiscaliza as secretas tem o condão de ddeixar muita gente atónita. Não tanto pelo que faz, mas mais pelo que diz.
 
Foi-lhe imposta a disciplina de voto numa matéria que ele próprio considera insconstitucional. Diz mestre Pereira e nós concordamos.
 
Mais um caso para a comissão de ética ou apenas uma comichão de ética?

17 junho 2015

Aliviado

Comenta-se nos bastidores do SIRP que um alto responsável terá confidenciado a um dos figurões da banda dos duzentos e trinta que se sentia "aliviado" após a aprovação em conselho de ministros da proposta de lei quadro.
 
Quem sabe se o tal alto responsável quis mimetizar outro alto responsável que também se disse "aliviado", sem cuidar do peso conotativo das palavras?
 
Depois de uma "grande cagada" qualquer um se sente "aliviado".

16 junho 2015

Bloco central

A publicidade não paga que devia ser fiscalizada pela ERC.
 
As banalidades do costume sob a forma de novidades. A correia de transmissão do Bairro Alto em convergência et pour cause com o governo.
 
E a nossa segurança, como fica?
 
Isto tem a ver com segurança. Com a segurança deles.
 
Felizmente há quem esteja atento. E determinado.

Megaorçamento

"Em 2014, a verba subiu para 12,7 milhões de euros, contrastando comos montantes atribuídos ao SIS e ao SIED, respectivamente de 8,7 e de 5,8 milhões de euros".
 
Megaorçamento lembra Megapicnic.
 
Será que o Tony Carreiravai ser convidado para a festa de encerramento?

09 junho 2015

Fait divers

"O nível da ameaça em Portugal justifica que os serviços sejam dotados e um meio tão intrusivo e limitador dos direitos fundamentais?"
 
Estamos a falar de investigação criminal ou de informações?
 
As conversas douradas são apenas um fait divers?

08 junho 2015

Serviço público

A melhor propaganda do PS é a obsessão do PSD.
 
Com marqueteiros assim estão garantidos. Na oposição. Por quatros anos. Merecidos.

05 junho 2015

O recruta zero (2)

Há muitos dirigentes das secretas que defendem o recurso a intercepções por parte dos serviços.
 
Até há pelo menos um que estará a braços com a justiça por alegadamente ter recorrido a tais meios. E outros poderão vir a estar no futuro previsível.
 
Mas os mesmos dirigentes clamam a necessária revisão constitucional que "liberalize" as intercepções.
 
Não pois diferenças entre estes dirigentes e o ex-líder que tem dúvidas.

03 junho 2015

O recruta zero (1)

No dia da Estratégia o ex-líder do SIS foi em contracorrente ao que é defendido pela quase totalidade dos (ex-) dirigentes das secretas. O ex-líder tem dúvidas de que as intercepções telefónicas fossem benéficas para os serviços.
 
A Companhia não sabe se as intercepções são benéficas para os outros serviços de informações.
 
Se fossem prejudiciais certamente seriam generalizadamente rejeitadas.
 
Ou talvez os serviços portugueses sejam comoo recruta da historieta militar: é o único que vai como passo certo.

01 junho 2015

O diagnóstico

O diagnóstico feito em 14 de Maio pelo juíz desembargador e as suas opiniões deixaram a sala em absoluto silêncio.
 
Talvez o autor da reportagem preferisse que a sala irrompesse aos gritos de "For he's a jolly good fellow..." ou "Husa! Husa! Husa!". Sempre teria mais um apontamento de reportagem.
 
Da próxima vez talvez se ouça um afinado e tonitroante "SLB! SLB! SLB! Glorioso SLB!". Como não é na praça do Marquês de Pombal e não  se vendem cervejas em garrafa não háo perigo de tudo terminar numa valente carga policial.
 
Isso sim, seria um óptimo apontamento de reportagem.

29 maio 2015

Crónicas bízaras

Quem é que, não revelando um módico de lucidez (devido ao abuso do cocktail de alheira com vinho tinto), se lembraria de nomear para dirigente máximo alguém a quem os pares chamam pato badocha ?

28 maio 2015

Um sorvedouro desmotivado

Parece ter sido assim que um antigo director das secretas caracterizou a estrutura dirigida pelo senhor Pereira.
 
E por aquilo que pode ser lido na revista do Esteves esse antigo director andou nessas lides entre 2005 e 2011. Como é só fazer as contas são uns meros 6 anos.
 
Pouco tempo quando comparados com os 10 anos do tal senhor Pereira.
 
Mas 6 anos dão para sentir com clareza sentidos e tendências. Antes de 2011 já a tal estrutura (que é o nome indicado para uma coisa que não se sabe bem o que é nem para o que serve) era um sorvedouro desmotivado. E o referido antigo director nunca andou a dizer que dirigia um sorvedouro (e gastava-se mais em 2011 do que em 2015) nem quea andava desmotivado.
 
O que o motivava em 2011 que actualmente não motiva?
 
Porque é que os actuais directores se sentem, apesar de tudo, confortáveis perante o sorvedouro desmotivado?
 
 
 
 
 
 
 
 

27 maio 2015

O dia mais longo

O que aconteceu no dia 30 de Julho de 2011 daria para escrever um livro.
 
E nem todas as personagens ficariam muito bem na fotografia.

26 maio 2015

Decrepitude e decadência

São as palavras que ocorrem quando um ex-AA (isso existe???) se dirige a uma amostra de "plateia" para proferir inanidades.
 
Recolha ao hospício de onde nunca devera ter saído. Tenha vergonha (coisa que sabemos impossível).

22 maio 2015

Desacreditação

Um juíz diz a uma procuradora que teme estar a ser espiado por uma organização secreta. E o que acontece?
 
N a melhor das hipóteses acontece o que aconteceu. Um diário pega no assunto e publica porque sabe que é matéria de venda garantida.
 
Mas o assunto é sério. Ou o magistrado denunciante revela traços de paranóia e não está em condições de exercer a sua profissão, devendo ser submetido a junta médica e aposentado por razões de saúde. Ou estamos perante a denúncia de condutas que configuram a prática de vários crimes e o MP tem a obrigação legal de agir. É o Estado de Direito que está sob ameaça e não apenas um juíz.
 
A utilização do método da carta-denúncia anónima diz muito de quem o utiliza e dos objectivos a atingir.
 
A desacreditação de um juíz é também a desacreditação da Justiça. A simples publicação desta notícia é um primeiro sinal do sucesso da estratégia da organização secreta denunciada.
 
Será que a Justiça vai ficar refém?

20 maio 2015

Excelente m....

Alguém se lembra de um personagem que como relevante experiência profissional para trabalhar em informações era ter estado 12 anos ao serviço dos chineses?
 
Alguém lhe fez um vetting?
 
E para onde foi depois de uma curta mas estapafurdia passagem pelas secretas? Trabalhar (???) para os chineses, claro! Com direito a elogio público e louvor (para os anais).
 
Aqui não há período de nojo que se lhe aplique. Dirão alguns: a nova lei ainda não estava em vigor. Diz a Companhia: e se a lei estivesse em vigor era a mesma coisa, porque ela atribui o poder alegadamente discricionário de dispensa do período de nojo. Pela mesma entidade que tem competẽncia para nomear e exonerar. Brilhante. Podiam fazer mais 20 manuais de prevenção da corrupção nos serviços públicos e nunca iriam chegar a incluir estes requintados e terceiro-mundistas procedimentos.
 
É a excelência dos nossos parlamentares aliada à excelência da nossa administração de topo. Já para não falar da excelência de quem controla a legalidade dos actos da administração.
 
 

18 maio 2015

Meros indícios

Acerca de eventuais ofensas de magistrados praticadas via Facebook, veio a senhora PGR entender, e bem, integrarem as mesmas a dimensão de liberdade de expressão. Nesta medida dificilmente poderiam configurar uma infracção.
 
Este assunto encerra uma outra curiosidade, a julgar pelo que veio publicados nos jornais. A PGR na acta da reunião de 14 de Abril do Conselho Superior explica que "em processo disciplinar, os meios de prova legalmente admissíveis em ambiente digitalmprefiguram uma baixa expectativa de resolução do caso, em especial no que respeita à determinação dos respectivos autores".
 
Pelo menos para a senhora PGR, ao contrário de alguns outros, não bastam meros indícios.
 
Apetece dizer: Grande palhaço!
 
 

14 maio 2015

Especialistas

 
E não. Não é piada.

13 maio 2015

O arroto com cheiro a alheira

De vez em quando lá faz o seu aparecimento. Acompanhado de um séquito que parece saído da nova manga japonesa. Percebe-se o ar de vergonha e enjoo dos que, por dever de ofício, ladeiam a boçal personagem.
 
Vive-se, por alguns momentos, o ambiente de loja. E de tasca também.

12 maio 2015

Mais iniquidades

Perante as desproporcionais e iniquas restrições muitos funcionários bateram, discretamente, com a porta. E não consta que algum tenha sido ouvido pelo órgão alegadamente fiscalizador.
 
E também não consta que algum dos que sairam tenha pedido para ser ouvido pela 1ª Comissão. E muito menos consta que a dita comissão tenha mostrado a mesma solicitude que mostrou no passado para ouvir quem nem sequer era funcionário dos serviços. E ainda hoje não se percebe a que título foi ouvido. Mais um episódio para os anais das vergonhas parlamentares.
 
Enquanto isso vão-se discutindo datas para actos eleitorais. Na sequência destes actos vão mudar muitos dos que têm o poder de tudo mudar no SIRP. E vão certamente mudar alguns dos que pensam que têm poder no SIRP.
 
Mas há coisas que não vão mudar.
 
A primeira dessas coisas é que amanhã, tal como hoje, os que terão o poder de tudo mudar no SIRP, não estarão obrigados, forçados nem coagidos, na mesma medida em que estarão os funcionários do SIRP. Ninguém lhes irá perguntar se são ou foram da maçonaria, se andaram por ONG ou empresas de reputação duvidosa e se são suspeitos ou arguidos em algum processo crime. Ninguém lhes fará uma verificação de segurança. Ninguém lhes apontará ligações perigosas. Ninguém lhes pergunta de onde vieram e para onde vão.
 
Para essa elite as regras são diferentes daquelas que impuseram aos escravos. Não há regras.
 
O mesmo é válido para os seus mandatários no sistema.
 
É um vale tudo. Até um dia.
 
De traição se falará depois.

11 maio 2015

Iniquidades

A legislação do SIRP tem apreciáveis restrições ao exercício de direitos e comina intermináveis deveres aos respectivos funcionários.
 
Isso não impediu que, ao longo dos tempos, muitos tenham querido ingressar naquilo que, pensavam, poderia ser uma aliciante carreira. É assim em muitos outros países e Portugal não é diferente.
 
As últimas alterações à Lei Quadro do SIRP vieram introduzir ainda mais limitações ao desempenho de quem se encontra nos serviços de informações (as quais se aplicam a todos menos às direcções e à alegada fiscalização). As limitações foram tais que muitos clamaram inconstitucionalidade (as próprias direções o fizeram em on ou em off). Outros disseram que nem as magistraturas ou as forças armadas são tão limitativas. A alegada fiscalização sobre o assunto disse o que costuma dizer: nada.
 
O Provedor de Justiça, que devia conhecer bem o sistema (tendo presidido durante algum tempo a entidade alegadamente fiscalizadora, até que se demitiu por desinteligências), também fez vista grossa perante tamanha desproporcionalidade e iniquidade.

05 maio 2015

Tão discretos que eles são

"A questão é saber se vale a pena perturbar o relacionamento entre o MP e o SIRP. Provavelmente preferem resolver o assunto de forma discreta."
 
Trata-se de uma preocupante emanação do dito salazarista "entre marido e mulher..."
 
E o Estado de Direito, meu Deus? Não será isto subversão? De certeza que é lógica de Sinagoga, com apelo a tanta discrição.
 
Era caso para envolver as capacidades operacionais do SIS. O problema é que...

04 maio 2015

Provérbios

"Usa as mãos do teu inimigo para apanhar a cobra".
 
Provérbio persa

03 maio 2015

Cego, surdo e mudo

"Não respondeu se tinha tomado alguma medida sobre o assunto".
 
O Conselho serve para quê se nunca responde e raramente sabe? Porque não quer saber. É público.

01 maio 2015

A bicicleta

A greve é um direiro dos trabalhadores. E como todos os direitos deve ser exercida de forma responsável.
 
Aqui terminaria a declaração de interesses da Companhia se não tivesse havido, não há muito tempo, uma declaração de alguém com responsabilidade (não confundir com alguém responsável) que se referia às empresas estratégicas e à necessidade de produção de inteligência económica para apoiar tais empresas (qualquer semelhança com a tese da defesa em juízo de alguém é, naturalmente, pura coincidência, até porque Portugal é o país das coincidências).
 
Para celebrar e coordenar esta orientação superior reuniram-se os estados-maiores em alegre almoçarada, como é também hábito neste extraordinário país.
 
Pouco tempo volvido, digerida que foi a forte refeição, a empresa passou de recurso estratégico a moeda de troca para equilibrar o valor do défice público. Talvez por isso alguns asseguram que este ano é que é.
 
Esquecidas foram as promessas de papel passado para evitar outras greves. Tão esquecidas como todas as promessas feitas em 2011.
 
E depois tratam-se os profissionais da empresa da mesma forma desrespeitosa e canhestra como se têm tratado os oficiais de informações. Que é aliás como têm sido tratados quase todos os portugueses nos últimos anos (daí que se perceba perfeitamente porque é que, em desespero, se anuncia uma coligação pré-eleitoral).
 
Voltando à empresa. Há muito tempo que ela deixou de ser estratégica para o país. Muito antes de estes governantes iniciarem funções. Por isso é que noutras paragens as almoçaradas inteligentes seriam punidas com chicote ou prisão, se ao caso não fosse aplicada uma munição solitária.
 
E há muito também que a empresa deixou de ser bem gerida. Até para justificar a criminosa propaganda de que a gestão pública é incompetente. E para reduzir o valor do bem no mercado, assim beneficiando o comprador. Assim se garantem uns lugares para os próprios e protegidos na empresa privatizada. Tudo dentro da maior legalidade (na linha de todos os procedimentos praticados pelo 44). Até porque como dizia alguém com responsabilidade (não confundir com responsável) "não há corrupção em Portugal".
 
Depois vieram mais pessoas com responsabillidades (que não responsáveis) dizer que se a greve for por diante a empresa vai à falência e serão despedidos 40% dos trabalhadores (era melhor optarem por um ou outro cenário, é que apresentar ambos não tem nenhuma lógica). É de uma inabilidade notável ameaçar com o despedimento alguém que tem 50% de hipóteses de ser despedido, com greve ou sem ela. Deve ser o que se ensina em alguma universidade de Pyongyang ou Sichuan. Por onde tem andado esta gente?
 
Ninguém pareceu preocupar-se com a saúde da empresa quando se perderam milhões com os cancelamentos de voos para novos destinos, arranjados à pressa e meios alugados à pressa que nunca apareceram. Em plena época alta. E por acaso os mesmos profissionais agora acusados de sabotadores denunciaram a situação (quando outros a calaram).
 
Também ninguém se procupou com o estado degradado e decrépito dos meios. E com a progressiva queda da qualidade dos serviços de bordo (para níveis piores do que é o padrão de muitas companhias africanas, sem desprimor). E com o facto de os serviços públicos terem deixado de escolher a empresa, porque em rotas concorrenciais os seus preços são proibitivos (em rotas não concorrenciais são um verdadeiro suicídio, para a empresa).
 
E agora preocupam-se com a anunciada greve de 10 dias?
 
Não se preocupam coisa nenhuma. Foi-lhes dado de mão beijada o argumento de que precisavam para acelerar o processo de venda por grosso e ao desbarato da empresa. É que essa venda tinha bastantes opositores internos (os trabalhadores, compreensivelmente) e externos (uns quantos saudosistas e outros que têm uma estranha relação, de tipo sexual, com a bandeira).
 
"Fiquem lá com a bicicleta".

30 abril 2015

Espionagem e corrupção

"As secretas podem ter escondido do MP pelo menos um crime de espionagem e um de corrupção de funcionário". Diz a VM.
 
um?
 
Perguntam os funcionários.

29 abril 2015

Quem tem farelos

Quem gosta da verdade e quem nem por isso. Como é possível um estado de direito (?) suportar tal comédia?
 
E a farsa da fiscalização. Qual auto de Gil Vicente.

28 abril 2015

Apologia

Num país pequeno e "pequenino" quem tem um olho, mesmo a piscar, pode ser king. Ou sueca. Ou lerpa.
 
A desenfreada corrida aos recursos. E só isso.

Direito das Informações

O que se inventa hoje em dia...
 
Desespero ou burla? A doutrina divide-se. Mas pouco.

27 abril 2015

Secretas omitem crimes ao MP

Que surpresa! Ninguém diría.
 
Ou como dizía uma fonte da Sápadu "Não é isso que as secretas fazem?"

24 abril 2015

Aprender até morrer

"É no IRN que está guardada toda a informação relativa ao registo civil de cidadãos nacionais e estrangeiros: [...] assentos de baptismo [...] e até mudanças de sexo".

23 abril 2015

Quem é Ev93ny SkobkAr3v?

Se fosse uma sondagem diría: "Não sabe ou não responde".

22 abril 2015

Lapsus

Qual destas afirmações é lapso dos jornalistas da Sápadu?
 
"Júlio P3r3ira mantém-se no edifício que foi ocupado pela diplomacia da antiga URSS".
 
"A embaixada da Rúccia dirige os serviços secretos portugueses há dez anos".

21 abril 2015

A acção e o inquérito

 O que é que a Margarida Rebelo Pinto tem a ver com esta brilhante tirada?
 
"Os agentes estrangeiros queriam aceder à informação civil e empresarial guardada no Instituto dos Registos e Notariado através de uma toupeira portuguesa. O Serviço de Informações de Segurança detectou e desmantelou a acção, que acabou por se cruzar com o inquérito da Polícia Judiciária ao caso dos vistos Gold".
 
Tão vívida descrição só enaltece a qualidade (e o acesso) das fontes.

20 abril 2015

Os russos e o Mosquito

Uma vez, um mosquito declarou guerra aos russos dizendo-lhes que pouco se importava com o seu título de grande potência. Dito isto, começou a picá-los por todos os lados, tornando-o furiosos, não lhe dando tréguas, até que os russos cairam esgotados. O inseto, então, se retirou cheio de orgulho, mas, enquanto ia anunciar a todos os demais bichos sua vitória, caiu na traiçoeira teia de uma aranha e lá ficou preso.
Adaptado da fábula de La Fontaine.
 
Também poderia chamar-se: "Os russos e o mosquito". Ou: "Os russos e os insetos".
 
É bom que não se esqueçam da moral da história.
 
De traição se falará depois.

26 fevereiro 2015

Lógica de Sinagoga

O que impera no Arco da Sinagoga, por outros chamado da Des-governação ou também Sistema do Pote, é o silêncio.
 
O silêncio ou umas perguntas tolas e estafadas, daquelas que são mecânicamente extraídas de uma "check-list". Queremos ouvir o "Palhaço Rico"! O que é que o "Gajo dos Vistos" tem a dizer? O melhor é chamar "o amigo do gajo que é amigo do gajo que era amigo do gajo que estragou isto tudo" à assembleia!
 
Tudo ensaiado nos templos, mesquitas e sinagogas.
 
Eles estão "fartinhos" de saber isto tudo. O que os irrita é que os outros saibam que eles sabem.
 
E ainda acreditam que vão ganhar eleições com esta lógica.
 
Vão, vão!

24 fevereiro 2015

A ética dos "homens bons"

O que os casos metódica e pontualmente filtrados para certa imprensa nos deviam levar a concluir, se vivessemos numa sociedade de pessoas livres e esclarecidas, de homens verdadeiramente bons, é:
 
  • para que continuamos a sustentar, até financeiramente, uma inutilidade que, do ponto de vista legal, é o garante do funcionamento ético/constitucional do Sistema?
 
Obviamente que, exceptuando talvez a banda dos 230, ninguém acredita neles (quanto mais não fosse pelo historial dos especimens).
 
"Conselho, que Conselho?", apetece perguntar?

22 fevereiro 2015

Mexilhões

A propósito de uma "coisa" que hoje aparece no Diário de Novidades ficam no ar duas perguntas:
 
1. Focar o "assunto" na questão menor desviando da questão substantiva não é uma técnica rudimentar da propaganda/publicidade/relações públicas? Talvez seja a altura de mudar de agência, não?
 
2. Será só intuição da Companhia ou tudo se parece encaminhar para um desfecho do tipo "Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão"?
 
Bom domingo!

04 dezembro 2014

03 dezembro 2014

Honestidade

Há muita gente a precisar de fazer uma auto-avaliação. Directa e honesta. Será possivel?
 
 

02 dezembro 2014

Material de limpeza

Afinal é proibido ou nem por isso? E o Conselho já o viu ?
 
 

29 novembro 2014

Interesses

Será que ele ainda diz:
 
 
Interessa-me muito o casalinho...
 
Afinal nada mudou, não é?
 

25 novembro 2014

Triângulo

O homem deve ser masoquista. Ou maçon.
 
Ou então coisa ainda pior.
 
A verdade é que anda a levar com isto desde 2011. E gosta.

24 novembro 2014

Admirável Mundo Novo

Na América e em Portugal. Num telefone perto de si.
 
 

23 novembro 2014

Continuidade e responsabilidade

Alguém tem uma certa confusão na cabeça. Desde 2012. Ou antes.

22 novembro 2014

16 de março de 2011

Será que são coisas como esta que seguram a malta?
 
Será que o jantar no Hotel da Lapa também?

Dúvidas

A única pessoa que não tem dúvidas. Desde 2011.

Socas

Abstraindo dos erros ortográficos (responsabilidade do autor original) e dos asteriscos (da nossa autoria, para proteger os direitos de privacidade, mesmo dos que o não merecem, aqui fica um marco a assinalar a notícia do dia:
 
Lembraste da conversa do **** para o ****** dia do jantar do ***** sobre um tipo da minha antiga casa que fazia os trabalhos para o Socas e que passa info ao *****? Pois bem ele vai para o banco. E sabes quem o traz, um tal de ****** de quem é amigo de criança. Nem o**** nem o**** saberão do assunto. Ring a bell?
 
E ainda há quem afirme, publicamente e sem se rir, que não há envolvimento das secretas.
 
E o mais curioso é que isto está tudo nos processos. Basta ler (e ter vontade de o fazer).

Limpezas

O que distingue PPC de
  • António Capucho
  • Francisco Pinto Balsemão
  • Pacheco Pereira
  • Bacelar Gouveia
  • Garcia Leandro
Muitas coisas. Mas esta, de certeza.

Casos

O inquérito que não estão relacionado com o Caso Bairrão. 
 
Também podia ser chamado: O homem que não percebeu nada.

Finca pé

A propósito desta peça do Público alguém nos fez chegar estas notas:
 
É pretendido que o substituto de Pinto seja técnico e  conhecedor da área das informações, quando a Europa ocidental teme os efeitos da nova forma de terrorismo do autoproclamado Estado Islâmico. Neiva da Cruz, actual número dois do SIS, Paula Morais, chefe de gabinete de Pereira, e Helena Rego são os nomes apontados. Já a opção por um magistrado é encarada como um low profile à revelia do interesse dos serviços e seria interpretada como desconfiança do poder político face "à casa". Um sinal que poderia levar Júlio Pereira a decidir da sua continuidade.
 
  • Os 3 nomes são obviamente para reduzir a escolha e a orientar para quem se pretende (por exclusão)
  • Há no SIS (e até no SIED) pelo menos ... 100 pessoas com características iguais ou superiores aos indicados. Sem desprimor.
  • A opção por um magistrado interpretada como desconfiança é um argumento histriónico. Não era Pinto um magistrado? E Pereira? Significa isso desconfiança? Ou pode ser interpretado como desconfiança?
  • Será que as fontes do Público desconfiam de uma solução inconveniente? Provavelmente alguém que aterroriza só de se ouvir o nome (que ainda por cima tem sido muito falado últimamente)
 
No entanto, já em 2011, quando Passos Coelho chegou a São Bento, foi dada como certa a substituição de Pereira. Foram, então, avançadas várias hipóteses. Da magistrada Margarida Blasco, ex-directora do SIS e actual inspectora-geral da Administração Interna, a Paulo Vizeu Pinheiro, assessor diplomático de Passos agora embaixador na OCDE. Também eram apontados os nomes de Antero Luís, juiz do Tribunal da Relação de Lisboa e antigo responsável do SIS, e do general Carlos Chaves, adjunto do gabinete do primeiro-ministro para a Segurança e Defesa e que nesta área fez a coordenação do programa eleitoral do PSD.
 
  • Alguém anda a reinterpretar a história, porque em 2011 o único candidato natural era, como todos ficaram a saber em 2012, Jorge Carvalho
  • Viseu Pinheiro integrou o gabinete de Passos Coelho desde a primeira hora, como assessor diplomático. Não era de supor que no mês seguinte fosse para o lugar de Júlio Pereira
  • Margarida Blasco era já então uma forte possibilidade para a IGAI. Até porque se fosse nomeada isso poderia ser interpretado como desconfiança...
A única interpretação que a notícia do público merece é que alguém está a fazer finca pé. E a mentir. Para não variar.

Vox Populi (1)

A propósito de uma notícia do Expresso de hoje, o comentário:
 
Uma vergonha estes funcionários do SIS. 
 
Incompetentes...INCOMPETENTES... anedóticos. 
 
Eles é que deviam ser o garante da segurança e das informações da segurança. 
 
Parece que os políticos entendem que a bagunça deve continuar no SIS. 
CHEGA.
 
 
O nosso comentário: Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. E a bagunça vai, infelizmente,   continuar como afirma o leitor da Meireles.

A voz da sabedoria

Com a devida vénia, um comentário a uma notícia do Público de hoje:
 
O sair pelo seu pé é o que vai acontecer no fim do seu mandato daqui a umas semanas. Não se percebe qual a razão da pergunta. A única antecipação possível é se já vai a caminho algum carro da PJ, mas isso não terá a ver com o que quer ou deixa de querer o Governo. Já faria algum sentido era reflectir sobre o que poderá ter justificado que ele se tenha mantido face a tudo o que se tem passado nos seus serviços. Será que ele tem informações sobre muita gente e alguém prefere usar de cautelas?

Patuscos

Os patuscos que oficialmente não existiam.
 
 

21 novembro 2014

Oportunidade e conveniência

O Partido Socialista (PS) considera politicamente inconveniente, nesta altura, qualquer alteração nas chefias das secretas, defendida pelo PSD depois de terem vindo a público nomes de dirigentes dos espiões associados à "Operação Labirinto". "Não é oportuno, nem de conveniência política", disse ao DN o deputado e vice-presidente da bancada socialista, Marcos Perestrello, coordenador para esta área.
 
Eles lá sabem porquê.

19 novembro 2014

Paradoxos (2)

Como pode liderar a investigação do financiamento das organizações terroristas os que encobrem o financiamento do crime organizado?

18 novembro 2014

Paradoxos (1)

Como pode liderar o combate ao crime organizado quem lidera uma organização criminosa?

Desvios ópticos

Ele via-se a si próprio como um Gestor.
 
Os outros viam-no apenas como um monte de merda. Tout court.

17 novembro 2014

Em relação a um certo rumor

Vamos esperar sentados.

Decadência

É daquelas que só dá vontade de rir.
 
Uma personagem de filme italiano de baixo orçamento com traços de Al Capone crítica um leal servidor do Estado por querer ser uma estrela de televisão .
 
Quando não se tem mais do que o Facebook para sonhar  há personalidades demenciais quem sonham com a televisão. E projectam esses sonhos nos outros. Um caso psiquiátrico.
 
O  voyeurismo de certa imprensa que colhe inspiração nas redes sociais, não sendo matéria de estudo para psiquiatras, revela muito da decadência a que chegou.

16 novembro 2014

Subsídios

Para compreender melhor o jantar do Parque é aconselhável a leitura deste Porta da Loja e deste Portugal Profundo.
 
Saudações patrióticas aos respectivos autores.

Diz-me quem é o teu advogado

Dir-te-ei quem és.

O jantar do Parque (4)

Finalmente imaginem que:
 
  • Apesar de todas as tentativas, até de avençados internos (que os há), o Expresso publica na primeira página a notícia do envolvimento da Secreta no caso dos vistos dourados. E não há aqui que utilizar eufemismos porque se trata de um efectivo envolvimento
  • Ainda na noite de sexta feira, e no sábado de manhã, enquanto permaneciam detidos os cúmplices, começa a "circular" pel e os avençados a versão dos acontecimentos da organização mafiosa. Admitem tudo o que antes negavam. Afinal é considerado "normal" e "legal" um serviço do Estado ir fazer "limpezas" a casa de "amigos" e de outras instituições. Um dia talvez se saiba que uma equipa de limpeza foi "fora do horário de expediente" em diligência para o palacete da rua do Grémio Lusitano. Perante esta confissão não há Procuradoria que determine a instauração de inquérito? Não há "peculato de uso", "descaminho" ou "usurpação"? Ainda há estado de Direito?
  • E para brindar todos com uma primeira página eis que o padrinho (ou um deles, sobretudo porque falta a este a inteligência) se sai com uma revelação em primeira mão, pelo punho de uma avençada. Revelação que andava desde Agosto em preparação e era conhecida por centenas de pessoas. Era o jantar do Parque
  • Como técnica de manipulação é reveladora da incompetência que impera na Gomes Teixeira. Revela também que aquela gente não frequentou a Academia das Informações para estudar e treinar. Andou na Academia a cagar postas de pescada perante os indulgentes bocejos da plateia. Revela igualmente a incompetência que grassa nas tabernas dessa organização que trocou esquadro e o compasso pela nota de 500 euros. Lançar a bomba do jantar do Parque revela a falta de argumentos e o desespero. Não cuida do que a seguir pode acontecer e é por isso um acto suicida
  • Pode ser que alguém, nomeadamente alguns leais servidores do Estado, entre os quais juízes e procuradores estejam atentos a estes sinais e haja surpresas
  • Pode ser que estejamos, finalmente, próximos do fim da impunidade. Para isso têm de ser derrubados os muros do Segredo de Estado onde esta Hidra se entrincheirou
NÃO CONTINUA

O jantar do Parque (3)

Imaginem ainda que:
 
  • Para dar um sinal de grande empenhamento e deixar todos ligados (pela cúmplicidade) a uma prática que todos percebem ser irregular (senão ilegal e criminosa, por constituir obstrução à justica e peculato de uso de recursos do Estado), mandam-se figuras de topo da Secreta. Se necessário serão mais tarde envolvidos na investigação e descartados como idiotas úteis.
  • Sendo todos juristas, estes desleais servidores do Estado sabem bem que não podem fazer varrimentos nem limpezas electrónicas porque estamos no âmbito do Direito Administrativo, onde só se pode fazer o que a lei expressamente prevê. Não é admissivel a analogia. E a lei ao não admitir a realização de escutas não admite igualmente a sua detecção (até porque isso significa basicamente utilizar a mesma tecnologia). Há órgãos do Estados aos quais a lei comete expressamente a competência para investigar as escutas e até para as realizar, mediante autorização legal. Esses são os órgãos competentes (também técnicamente) para realizar varrimentos e limpezas. Se houvesse jornalistas descomprometidos a investigar fariam estas perguntas e não admitiriam respostas vagas como "é legal"
  • Continuando a fase de testes à investigação convocam-se jantares para os quais são convidados todos os membros da rede e os idiotas úteis. Se alguma coisa correr mal, "que não vai correr" é um barco muito grande para afundar. A teoria do "too big to fail" que levou o BES e o Salgado onde eles estão hoje, é aplicada à mafia dos vistos (não há nome mais apropriado para aquela organização criminosa). Estão todos juntos e orgulhosos. Estão "mais fortes"
  • Mas a investigação não só não para como dá frutos. Leais servidores do Estado emitem ordens e mandados. Há buscas e detenções. Há notícias não controladas. Há desespero e gente a perder a cabeça. Há telefonemas histéricos e ameaças de confissão. É preciso por em marcha os planos de contingência
  • Às perguntas pertinentes dos jornalistas há respostas de negação sistemática, ironia e soberba. É "tudo mentira". É tudo "uma cabala". É "uma guerra entre polícias e espiões". Já no passado tinhamos visto a tese da "guerrra entre empresas". Como são úteis as guerras e os idiotas que as travam
CONTINUA

O jantar do Parque (2)

Continuem a imaginar que:
 
  • Durante algum tempo tudo corre bem ao grupo de servidores públicos que mantêm reféns os serviços do Estado, com a conivência dos vigaristas que governam o dito. Os euros fluem aos milhões num momento em que mais faltam às famílias e aos próprios serviços públicos. Vender por 500 o que não custa mais de 100 é negócio rijo. Qual droga? Que armas? Imobiliário puro e duro. Até ao dia em que alguém se sentiu vigarizado. Era uma questão de tempo. Foram bater a uma porta em Lisboa, ali para as bandas da rua Gomes Freire.
  • Leais servidores do Estado, da polícia e do MP (é verdade, também existem e são a maioria) começam a investigar a itinerância do dinheiro e facilmente descobrem a origem e o destino dos fundos. Ao contrário do mito que altos responsáveis vão pondo a circular, a coisa mais simples do mundo é perceber esses fluxos. E hoje é infinitamente mais fácil e rápido do que era há 20 ou 30 anos
  • Os desleais servidores do Estado são avisados por avençados de que há investigações em curso
  • Habituados a lidar com estes inconvenientes, e com os contactos certos nos jornais do costume (são sempre os mesmos jornais e os mesmos avençados, nem isso conseguem mascarar, tal a má qualidade da manipulação), toca a plantar a notícia da investigação para a descredibilizar e para lançar a suspeita sobre as pessoas sérias envolvidas na investigação
  • Para testar o fim da investigação são solicitados (como de pizzas se tratassem...) uns varrimentos e umas limpezas eléctrónicas (sobre cuja competência técnica e legal nem vale a pena aqui opinar, porque seria desleal, e porque não confundimos quem manda com quem executa, na convicção de que são legítimas as instruções) a serviços amigos, controlados pela nossa gente
CONTINUA

O jantar do Parque (1)

Imaginem que:
 
  • Há muito tempo atrás, com o argumento de que era preciso pôr ordem em respeitáveis serviços do Estado se foram buscar juízes e procuradores. O outro argumento era de que assim estavam melhor garantidos os direitos dos cidadãos e o estado de Direito
  • Colocar juízes e procuradores à cabeça de um serviço público não passa de uma técnica de manipulação de grupo (conhecidíssima sobretudo em países com menor desenvolvimento) para evitar e condicionar investigações, instruções e condenações inconvenientes
  • À liderança do Estado vão chegando, independentemente dos partidos em que se apoiaram, uns vigaristas que nunca foram, nem serão, servidores do Estado
  • À medida que crescem as fortunas pessoais dos tais vigaristas, os servidores públicos à cabeças dos tais serviços públicos adquirem vida e pensamento próprio. E passam a invejar o património e o estilo de vida dos vigaristas. Decidem mimetizá-los e passarem a ter também eles rendimentos milionários
  • Alguns servidores públicos mais criativos e dinâmicos decidem montar lucrativos negócios com a aparência de respeitáveis serviços do Estado
  • Para servir os interesses nominais do Estado o grupo de servidores públicos apoia-se em organizações pre-existentes e decidem montar uma rede de influência em Portugal e no estrangeiro. Até podem oferecer empregos para garantir obediências e favores. E com os milhões do orçamentos do Estado até podem colocar antenas de captação de fundos nos países alvo. Por isso é que há países que são mais importantes do que outros
CONTINUA
 
O jantar do Parque é um retrato ficcional em 4 episódios sobre o momento único que está a viver a comunidade de informações em Portugal. Os restantes 3 serão hoje ainda publicados. Estejam portanto atentos.

15 novembro 2014

Excelência

O director e dois funcionários foram apanhados a fazer limpezas no gabinete do homem dos vistos.
 
Ao que isto chegou.
 
Noutros tempos mandavam duas funcionárias da limpeza e bastava.
 
Deve ser um sinal do patamar de excelência a que o bando dos cinco figurões levou o sistema.
 
Nunca menos do que um diretor. E não ter ido o padrinho significa apenas que teria diligências inadiáveis. Provavelmente no estrangeiro.

14 novembro 2014

Extraordinários figurões

É extraordinário o efeito que pode ter um bom título. A mensagem Os cinco Figurões teve estatísticas de leitura excepcionais. Provavelmente alguém enfiou a carapuça.
 
É importante lembrar que A Companhia é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade só responsabiliza a própria realidade.
 
Boas leituras

Deve demitir-se?

Deve ser demitido. Mas como se a cumplicidade alastrou?

10 novembro 2014

Direitos Civis

O sonho de qualquer insecto era este. Até ao dia em que forem parar com as costas na choldra e se tornarem noveis recrutas da defesa dos direitos cívicos e da privacidade.
 
Já estivemos mais longe desse dia.
 
 

08 novembro 2014

Cheta

Não há cheta para lâmpadas ou papel para limpar as partes.
 
Há sempre cheta para a tarifa transcontinental em business. 
 
Para estes crimes o perdão vem já a seguir. Nomeadamente sob a forma de uma daquelas coisinhas irreversíveis.

06 novembro 2014

Mudança nas chefias

Uma renovação total. Que já começou. 
 
 

04 novembro 2014

Má consciência

Sempre é melhor do que inconsciência.
 
http://www.nytimes.com/2014/10/18/movies/snowden-film-tests-hollywood-obama-backers-.html?hp&action=click&pgtype=Homepage&version=HpSectionSumSmallMedia&module=pocket-region&region=pocket-region&WT.nav=pocket-region

02 novembro 2014

A lista dos 10

Apesar de não concordar-mos com ela, aqui fica uma lista de 10 filmes de espionagem.