28 abril 2016

A parceria estratégica

Conta-se nos corredores da Ameixoeira que em ilo tempore um antigo e um actual alto dirigente das secretas fizeram um pacto, ao estilo Molotov-Ribbentrop, para partilharem os favores de uma donzela.
 
E corria de forma tão escorreita tal acordo de parceria (e não era a saudosa modalidade de parceria pecuária que alguns estarão já a associar) que um disfrutava às terças e quintas e o outro às segundas, quartas e sextas.
 
Os fins de semana eram criteriosamente divididos de acordo com uma fórmula algébrica que até hoje se encontra guardada no cofre pessoal de um outro antigo dirigente. E isto porque foi invocada por uma das partes num auto de reclamação consensualmente remetido para decisão do referido dirigente. Ciente do potencial de pericolosidade de tal documento apressou-se ele a subtraí-lo das mãos e das vistas de todos.
 
Em boa hora. Hoje já todos esqueceram os termos de tal parceria estratégica. Todos menos alguns.

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