A fusão dos serviços de informações terá sido discutida na audição do
secretário do SIRP na AR.
Com um "sistema" em desmoronamento acelerado a solução é sempre a fuga
para a frente. Ou como no clássico de Lampedusa, "Gattopardo", sobre a
decadência da aristocracia siciliana no século dezanove, é preciso fazer
alguma coisa para continuar tudo na mesma.
A fusão já foi feita em 2004. Desde 2008 que andam a cantar hosanas ao
magnífico sistema de departamentos administrativos comuns que não só não
terão produzido economias de escala, como serão um exemplo de
ineficiência. E há unanimidade no reconhecimento de que o serviço
interno prestado é pior quando comparado com o período anterior ao
"comunismo".
Mas a tudo isto, aquele "centro de negócios" em que se tornou o lugar
onde se decidem estas coisas, responde com a panaceia da "fusão".
A mesma que existe na lei e na prática desde 2004. Então o que querem
estes senhores?
Querem um serviço "único". Uma única designação. Mas querem que continue
a existir um secretário do SIRP, com um supergabinete atulhado de
crânios, um diretor geral para as informações externas e um diretor
geral para as informações de segurança. Ou seja: continuar tudo na mesma!
Alguém viu algum estudo independente (não confundir com estudos feitos
por licenciados na antiga universidade independente e quejandas) que
descreva as vantagens e desvantagens (sobretudo financeiras) das
diversas soluções? E alguém já equacionou a "concessão" das informações
de segurança às polícias (PJ, PSP, GNR, SEF)? E porque não as
informações externas atribuídas em "concessão" ao MNE?
São sistemas que existem noutros Estados e têm a vantagem de serem mais
económicos, integrados e funcionais. Mas se calhar o problema é mesmo
esse: a funcionalidade...
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