09 novembro 2017

A sustentável ligeireza da estabilidade

A posse  da nova patroa do SIRP foi marcada por uma série de notícias "boas", encomendadas à malta do costume. Talvez para compensar a incompetência manifesta de quem deixou a nova responsável a "marinar" à espera de 30 minutos de discursatas de circunstância e outros tantos de "bacalhaus" e beijinhos.
 
No meio das atoardas que se ouviram para as bandas de São Bento no passado dia 7 terá havido lugar para um "rasgado elogio" (disse a agência Lusa) ao cessante Júlio Pereira. Exemplo de "independência" e de "grande estabilidade" ouviu-se. Sorrisos, alguns, viram-se em São Bento. E gargalhadas, imensas, foram dadas na Ameixoeira.
 
Coisa que não houve no SIRP nestes últimos 12 anos foi estabilidade. Os "casos" Silva Carvalho (ex Chefe de Gabinete de Júlio Pereira, lembram-se?) e Carvalhão Gil (o chamado agente "duplo", de acordo com a imprensa da especialidade) são bons exemplos disso.
 
Só se estabilidade é o nome que agora se dá à gestão cómoda da carreira profissional própria e dos apaniguados. Aí sim, houve estabilidade. Até à nausea. E por isso as gargalhadas.
 
E sobre "independência" estamos conversados. Deve ser o nome que agora se dá à subserviência, viracasaquismo e faltas de respeito.
 
O senhor Primeiro Ministro é livre de dizer o que lhe apetece. Felizmente que nós, no Torreão, também somos livres de avaliar as suas palavras.

Sem comentários:

Enviar um comentário