Além do depoimento de João Luís, Teresa Almeida também mandou juntar à certidão as declarações feitas esta quinta-feira pelo ex-deputado do PSD Paulo Mota Pinto, ouvido como testemunha enquanto presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP). A iniciativa da magistrada foi aprovada pela juíza Rosa Brandão, que preside ao coletivo do julgamento do caso das secretas.
29 janeiro 2016
CRIME
O Ministério Público propôs e o colectivo de juízes aprovou uma certidão para a abertura de um novo inquérito-crime sobre a alegada existência de equipamento de escutas ambientais nos serviços secretos. Vão ser extraídas as declarações em julgamento de João Luís, antigo diretor operacional do SIED, para que a investigação possa ter lugar
28 janeiro 2016
Telefones que escutam telefones
Antes das tecnologias existia, existe, material para escutas. Estive envolvido em várias dessas escutas e esse material ainda deve lá estar". Aparelhos esses que, explica, serviam para escutar "telefones fixos, de sala para sala". Hoje em dia, porém, o material técnico é outro e é utilizado em várias escutas ambientais, mas não em telemóveis: "Que eu saiba não existe nenhum para escutas de telemóveis".
Uma aula ambientalista.
27 janeiro 2016
Abrir o livro e a biblioteca
O Ministério Público deverá ser confrontado em breve com a necessidade de investigar a alegada prática generalizada de escutas ilícitas por parte dos serviços de informações. Tudo porque João Luís, ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) que está a ser julgado pelos crimes de acesso indevido a dados pessoais e abuso de poder no âmbito do chamado caso Ongoing, extravasou as fronteiras do processo na última sessão e afirmou claramente que os serviços de informações têm uma atividade regular que lhes está expressamente proibida pela lei: a realização de escutas ambientais. Perante a surpresa geral do tribunal, João Luís resolveu 'abrir o livro' – parte dele, pelo menos.
26 janeiro 2016
Notícias da frente
Se quer contar uma história, partilhar uma notícia ou um segredo, desabafar relativamente à atitude de um dos muitos cab...ões que polulam nos corredores do "chiqueiro" (lugar muito sujo, chafurda, pocilga, porqueira) não hesite
contacte compintel@myway.com
A sua consciência ficará bastante mais tranquila. A dos poltrões (se a têm) ficará com ainda mais insónias.
25 janeiro 2016
É o modus operandi, estúpido!
"É "modus operandi" dos serviços terem acesso aos dados das operadoras (de telecomunicações) ", enfatizou João Luís, que durante 27 anos exerceu diversas funções nas secretas, primeiro no SIS e depois no SIED.
22 janeiro 2016
21 janeiro 2016
Em princípio e no fim
O arguido referiu que, depois do caso Nuno Simas, teve ainda dois outros pedidos para aceder às chamadas de terceiros, uma delas por escrito. Insistiu que toda a atividade dos serviços é "posta em relatórios" que são, em princípio, do conhecimento do secretário-geral do SIRP (Serviço de Informações da República Portuguesa).
De quem seriam esses telefones? Será que algum dos actuais candidatos presidenciais estava na short list?
20 janeiro 2016
O rebentamento
Entretanto, o caso das secretas rebentou e Silva Carvalho não regressou às secretas, numa altura em que era apontado como provável novo secretário-geral do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP).
19 janeiro 2016
A estragação
João Luís confessou que este processo lhe estragou a vida profissional e familiar, que está hoje divorciado e reformado, com uma pensão de 1.400 euros e dois filhos a viver com ele.
O tal processo foi apenas um grão de areia na estragação que andam a fazer há muitos anos. Vidas profissionais e familiares estragadas são às dezenas.
Nas forças de segurança vidas estragadas são aos milhares. Algumas perdidas irremediavelmente.
Tudo sob o odor diáfano da alheira. E com Mirandela no pensamento.
18 janeiro 2016
Simplismos
No Google, e porque ele fala, alguém reduziu esta tribuna às seguintes palavras de busca:
- blog
- inteligência
- vinho
- alheira
Há muito mais blogue para além das palavras pesquisadas.
15 janeiro 2016
O fundidor
Justificou ainda a contratação de Silva Carvalho pelas suas qualidades de gestor, observando que este tinha concretizado com sucesso a fusão de serviços nas secretas.
Um sucesso que está à vista de todos. Tanto sucesso que nos últimos 5 anos terão sido mais de uma centena de elementos a querer mudar de ares.
Percebe-se a natureza do depoimento sobretudo se contextualizado na quadra de natal, as fadas e toda a fantasia.
O grupo de Mirandela/Pesqueira é que não deve ter achado muita piada à sonegação de créditos.
14 janeiro 2016
O abridor
Apesar de reconhecer que foi ele que "abriu a porta" para que Silva Carvalho trabalhasse na Ongoing, Nuno Vasconcellos disse ter sido Rafael Mora, vice-presidente executivo da empresa, que tratou das questões salariais e outros aspetos da contratação.
Noutras empresas, mais modestas é certo, são assistentes administrativos que tratam destas minudências. Aqui só havia vice-presidentes. À americana, claro está. E com o sucesso que se vê.
13 janeiro 2016
O amargurado
Nuno Vasconcellos revelou ter conhecido Silva Carvalho na Maçonaria há vários anos, depositar nele "grande confiança" e ter aceitado o seu pedido para o contratar porque o então diretor do SIED "andava amargurado" com o que se estava a passar nas secretas.
E será que estava amargurado ao ponto de andar a chorar no ombro de algum jornalista que quisesse denunciar o malestar nas secretas?
Amargo é nome de fonte?
E amarguinha?
Tudo isto é extraordinário.
12 janeiro 2016
Os facilitadores do costume
O presidente da Ongoing revelou esta quinta-feira que, quando Passos Coelho assumiu o cargo de primeiro-ministro em 2011, várias pessoas ligadas ao Governo lhe pediram que facilitasse o regresso às secretas do ex-"espião" Jorge Silva Carvalho.
Provavelmente os mesmos que negam que sequer o tenham conhecido.
Ou até os mesmos que beneficiaram das notícias publicadas em agosto de 2010, gentilmente fornecidas aos jornalistas do Público por gente de confiança da personagem aventureirista.
Uma operação de informações mal planeada e desastradamente executada.
11 janeiro 2016
É a vida
"No final (da história) levei um pontapé. É um exemplo que fica para os (colegas) que lá estão (nos serviços", disse, queixando-se da falta de apoio que teve do secretário-geral, que alegadamente lhe terá dito" Você foi apanhado no meio disto tudo. É a vida".
É desta massa que é feita a excelência do sistema.
A liderança pelo exemplo.
Acordo mínimo
Para fiscalizar, ou "fazer de conta", entram dois elementos com notável curriculo em matéria de informações e defesa de direitos liberdades e garantias dos seus concidadãos.
Já nem se dão ao trabalho de fingir.
08 janeiro 2016
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