02 agosto 2017

As bocas do mundo

vs.
 
O mundo das bocas
 
 
 
Um marroquino casado com uma bombeira portuguesa foi expulso aquando da vinda do Papa Francisco a Portugal. O indivíduo, que já estava a ser vigiado, fez várias compras suspeitas de nitratos, substância usada para bombas artesanais. E convenceu a mulher, uma bombeira de Ourém, a tentar infiltrar-se na ambulância que esteve sempre nas proximidades do Papa – o que não conseguiu.
 
Mas a segurança papal nunca terá estado em risco, pois, na noite em que Francisco participou na bênção das velas Santuário, muitos agentes do SIS e da PJ estavam infiltrados entre os fiéis, vigiando os marroquinos suspeitos e neutralizando todas as hipóteses de uma ação criminosa.
 
O episódio envolvendo o marroquino não foi noticiado para «Portugal não ficar nas bocas do mundo», como adiantou ao SOL uma fonte policial.
 
Aliás, o mesmo acontece com os casos de expulsão de suspeitos de terrorismo, atendendo ao impacto negativo que essas notícias poderiam ter em termos de alarme social e, designadamente, para o turismo nacional.
 
Nos últimos meses, os Serviços de Informação e Segurança (SIS), em colaboração com a PJ e a PSP, detetaram diversos movimentos de alegados terroristas em Portugal, tendo expulso, além do referido marroquino, um jordano.
 
 
 
O Portugal é, talvez, o único país do mundo que não detém os terroristas para não causar alarme para o turismo nacional (?). Em vez disso expulsa-os.

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