17 fevereiro 2017

A escalada terrorista e o teorema do assalto ao pote

"Com a actual escalada terrorista, não deveriam ser disponibilizados mais meios para os serviços de informação?
A carência de meios, fruto dos constrangimentos económico-financeiros que o país tem vivido nos últimos anos, em especial nos últimos quatro ou cinco anos, fez com que houvesse uma diminuição do investimento não só a nível material, dos equipamentos, mas também muito acentuada dos recursos humanos. Por isso, é necessário voltarmos a investir de forma programada e realista dentro dos constrangimentos conhecidos de todos. Temos de começar a fazer novos investimentos, não só no SIRP, nos serviços de informações, mas nas polícias em geral."

16 fevereiro 2017

Apelo

Antes de te perguntares o que é que a Companhia pode fazer por ti deves pensar no que podes fazer pela Companhia.

31 outubro 2016

(No subject)

 

19 maio 2016

Eu não sou oficial de informações

Finalmente alguém diz uma verdade. Tão grande quanto cruel.
 
Para cá e para lá do Torreão já todos sabiamos. De qualquer modo, 'brigadinho.
 
Para isto vale a pena quebrar o silêncio-blogue.

13 maio 2016

Soberba, imprudência, temeridade

Seis anos depois a história repete-se.
 
Trinta milhões de euros por ano para garantir a salvaguarda da independência nacional, dos interesses nacionais e a segurança dos cidadãos.
 
Trinta milhões de euros por anos para prevenir ameaças como o terrorismo, crime organizado, espionagem e sabotagem.
 
Na realidade trinta milhões de euros para fazer tábua rasa das prioridades definidas pelos órgãos do Estado e tornar prioritária a "caça aos mensageiros".
 
Antes um meio de comunicação formal. Agora que esses estão controlados (por enquanto), uma plataforma informal. Uma plataforma que não é terrorista, não é criminosa, não espia nem sabota. Ficciona, cria e torna o tédio menos entediante.
 
Bem pode o camarada zé (e os seus próceres) mais tarde vir a afirmar, como afirmou, que desconhecia tudo. É comportamento típico dos agentes. As cadeias estão cheias de gente assim.
 
Os últimos meses foram metodicamente passados a recolher indícios. Foi trabalhoso e doloroso. Dezenas de voluntários, insiders mas sobretudo da sociedade civil (trabalhadores de operadores e isp's, organismos públicos, peritos individuais), mobilizaram-se para a acção. Enquanto eles andavam de olho na Companhia, a Companhia andou com muitos olhos em cima deles.
 
A soberba, a imprudência e a temeridade são os ingredientes para a tempestade perfeita.
 
Depois desta mensagem a Companhia vai adoptar o procedimento de silêncio-blogue. Esse procedimento só será interrompido pontualmente.
 
O que aí vem exige serenidade e que os indícios não sejam contaminados por eventuais excessos comunicacionais.
 
Os agradecimentos da Companhia a todos os que com ela estiveram neste combate patriótico pela verdade e pela justiça. A eles se deve a suavização de algumas situações insuportáveis a nível individual e colectivo. O medo da exposição moderou algumas naturezas mais reles. As más consciências tiveram insónias. Despertaram muitos espíritos adormecidos. A Companhia cumpriu a sua missão.
 
Quantos aos outros, até breve!

12 maio 2016

Três de uma assentada

Mas está tudo, como sempre esteve, na santa paz do templo.

11 maio 2016

A democracia do Público com o salpicão à mesa

«
O PÚBLICO sabe que nos serviços secretos — o SIRP engloba o SIS (Sistema de Informações de Segurança) e o SIED (Serviços de Informações Estratégicos de Defesa) — há consenso em relação a alguns pontos do acórdão. Três exemplos: introduzir mais garantias da destruição de dados, encurtar os prazos de armazenamento dos dados e criar adicionais formas de controlo, propostas que respondem a questões levantadas pelos juízes do Palácio Ratton, como a duração do acesso aos metadados, e as regras e prazos para a sua eliminação.

A doutrina do SIRP — que está na dependência do primeiro-ministro — insiste que o serviço de informação existe como apoio à decisão política e não das polícias. Os princípios da constitucionalidade e legalidade, e da exclusividade e especialidade, balizam a actividade do SIRP no respeito da Constituição, protecção dos direitos fundamentais e na não invasão de outros organismos, como recorda o acórdão do TC.»

Para que seja coerente, a Companhia avança com "duas ou três coisas":
  • É extraordinário como o Público sabe coisas falando com duas ou três pessoas dos serviços de informações e daí retira consensos. Basta aliás ler os telegramas da Companhia para perceber que o tema está longe de ser consensual. Mesmo no seio da Companhia.
  • O alegado consenso "em relação a alguns pontos do acordão" é uma técnica negocial, tão antiga como a comunidade cigana (com todo o respeito), que enfatiza os aspectos menores para alcançar o objectivo supremo (aceder sem limites aos metadados).
  • "A doutrina do SIRP" elevada à categoria da "doutrina social da Igreja" ou da "doutrina económica marxista" não existe. Tirando uma tiradas de sofrível coturno intelectual, debitadas em salas semi vazias (e ainda assim com uma maioria de alunos de mestrado e pós graduação quase empurrados para dentro da sala com alusões a vagas promessas), temos de concluir que não há "SIRP" e muito menos "doutrina". Portanto o primeiro ministro tem na sua dependência uma coisa que não existe. E não sabe.
  • A tal doutrina "insiste que o serviço de informação existe como apoio à decisão política e não das polícias". Aqui estamos no terreno do estupidamente óbvio: a "doutrina" sabe que o "debate" assenta em falsos pressupostos, porque a segurança dos cidadãos está garantida através do acesso das polícias aos metadados. O que era desnecessário era admitir ao Público que o acesso aos metadados se destina "ao apoio à decisão política". Se os sindicatos da PJ e dos procuradores do MP queriam mais uma bandeira contra a politização da investigação já a encontraram.

O Desafio da Mochila (5)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 machadão
  • 1 serra circular de grande porte
  • 1 gadanha industrial
  • 1 eletroserra Husqvarna 38

10 maio 2016

Verdades

Da série Panda do Kung Fu:

"Os pandas não andam. Rebolam!"

Se rebolam. São eles e nós.

Rebolamos a rir.

09 maio 2016

 

O Desafio da Mochila (4)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 pernil de porco
  • 1 salpicão
  • 1 alheira
  • 1 moira

06 maio 2016

You gotta be kidding


Alguém leva o tema a sério?

Conferência internacional?

Paródia?

Histriónico.

05 maio 2016

O Desafio da Mochila (3)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 machadinha
  • 1 machete
  • 1 serra circular
  • 1 serra de poda

04 maio 2016

O que vale é o DR

Para se ir sabendo algumas novidades.
 
Como esta.
 
E ficamos todos a saber que o SIRP tem um quadro de funcionários. Ou se calhar não tem e é como a Companhia da Inteligência. Uma ficção. Obra da criatividade intelectual.
 
E as costas. Essas vão folgando.

Avaliação? Ontem já era tarde.

"Considera necessária a reorganização dos Serviços de Informação da República Portuguesa (SIRP)?
Os serviços de informações já foram objecto de uma reorganização que não é muito antiga, através da criação do SIRP e a colocação sob o mesmo chapéu do Sistema de Informações de Segurança (SIS), da parte interna, e do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), a parte externa. Em minha opinião, essa é uma matéria que tem de ser avaliada e que não compete, apenas, à ministra da Administração Interna."

03 maio 2016

O Desafio da Mochila (2)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 garrafa de Cabernet Sauvignon Concha y Toro Gran Reserva Serie Riberas Carmenere 2011
  • 1 garrafa de Syrah Michael David Winery 6th Sense 2010
  • 1 queijo da serra
  • 1 sacarolhas

02 maio 2016

O pote

Por aqui se pode perceber porque é que há tanta gente com sede. E também porque se deixa tanta outra gente "morrer" à sede.
 
Agora façam todos o seguinte exercício: multipliquem por 10.
 
Ainda andam preocupados com os papéis do Panama? A Companhia preocupa-se mais com estes papéis. E na "Casa" a maioria também se preocupa. E não necessariamente pelas mesmas razões que fazem com que outros (actuais e antigos) "andem preocupados".

29 abril 2016

Os embusteiros

"Relativamente à desclassificação do Manual de Procedimentos do SIS (...) entende-se que o levantamento do segredo de Estado sobre a totalidade do documento exporia o `modus operandi´ das diversas unidades do serviço, fragilizando-o em termos de segurança perante terceiros" refere o ofício de Júlio Pereira para o gabinete de António Costa, ao qual a agência Lusa teve acesso."
 
  • Como é que a Lusa teve acesso a um ofício do gabinete do sirp?
  • Quando se bateu no fundo que mais é que poderá fragilizar?
  • Manter a classificação de um documento que já foi publicado é ridículo ou tão-só patético?
  • Como é que o parlamento e a presidência continuam a manter as aparências perante tamanho embuste?

O Desafio da Mochila (1)

Quem é que levaria na mochila:
  • 1 dildo de pau preto
  • 4 caixas de 50 preservativos XXL
  • 1 litro de oxidante de 40 volumes
  • 1 fato de latex bondage adapted
  • 1 embalagem de manteiga de amendoim

28 abril 2016

Afinal a vaca não era sagrada

«O gabinete do primeiro-ministro aceitou parcialmente o pedido do tribunal que julga o 'caso das secretas' para levantamento do segredo de Estado nas matérias com relevância para a defesa dos arguidos, informou esta quinta-feira a juíza presidente.
 
Na audiência de julgamento de hoje, a juíza presidente do coletivo Rosa Brandão informou os advogados que o tribunal recebeu na quarta-feira a resposta do gabinete de António Costa ao pedido do tribunal para que fosse levantado o segredo de Estado.»
 
  • Afinal a única pressão que havia era a "notícia à pressão" do Charlie Mike
  • Uma coisa que era tão complexa revela-se agora muito simples
  • Estamos cada vez mais próximos do início do que do fim