13 novembro 2015

Filmes sobre espiões a sério (2)

Mission: Impossible - Rogue Nation

12 novembro 2015

11 novembro 2015

Punibilidade constitucional

Temos sempre presentes estes nobres pensamentos.
 
http://www.dn.pt/portugal/interior/enriquecimento-ilicito-e-punivel-1510218.html
 
 

10 novembro 2015

Filmes sobre espiôes a sério (1)

007 - Spectre.
 

09 novembro 2015

Programa de Governo

É comovente ver como o Regime do SIRP aparece no documento apresentado aos senhores membros da deputação nacional.
 
Tão comovente que sabemos que alguns já estão a verter lágrimas por adivinharem o futuro,
 
É o que dá receber conselho de quem confunde a soberba com política. E ainda estamos no princípio.
 
Ebora tam arcta et fovere.

República das (dos) bananas

A técnica de esconder uma coisa à vista de todos.

06 novembro 2015

Comunistas e bloquistas

Ou apenas realistas.
 
A Companhia tem o dever patriótico de alertar para os vários cenários. Os outros podem continuar a chafurdar na intriga, no TINA e no culambismo .

04 novembro 2015

As escutas secretas

Júlio Pereira, secretário-geral e coordenador dos Serviços de Informação foi ao Parlamento defender que seria muito útil poder controlar os funcionários dos seus serviços utilizando escutas e o polígrafo da verdade.

http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=53949

Ano da internet de 2012.

03 novembro 2015

Brincadeiras de crianças

Na versão americana.

29 outubro 2015

Ri-se de quê?

Recorda, provavelmente, o olhar prescrutante do R...

O panda do google

Também conhecido nas secretas pela alcunha de Panda Kung-Fu, Silva Carvalho  é acusado de ter posto os serviços que dirigiu até 2010 a recolherem informação para o grupo Ongoing, que havia depois de oferecer-lhe um cargo bem remunerado. Em causa está, nomeadamente, uma investigação feita pelos agentes secretos  a dois empresários russos com quem a Ongoing estava a negociar a entrada no capital de um porto grego. Grande parte da informação, senão toda, foi obtida via Google. Mesmo assim, o relatório então produzido pelas secretas foi classificado como "top top secret", uma designação que, segundo Júlio Pereira, nem sequer existe nos seus serviços.

28 outubro 2015

Mais abertamente?

Jorge Silva Carvalho pediu o levantamento de segredo de Estado a que estava vinculado, para falar abertamente em sua defesa, mas o pedido foi recusado.

27 outubro 2015

E ninguém questiona: a que propósito

Admitiu que não seria ilegal que o SIED respondesse a questões da Ongoing sobre a idoneidade de empresários russos envolvidos num negócio com a empresa portuguesa, mas sublinhou que a obtenção dessas informações deveria ter seguido as vias normais.
 
Empresários deste país: perguntem às secretas sobre a idoneidade de quem quiserem, elas respondem se forem seguidas as vias normais.

26 outubro 2015

Confusão é eufemismo

Em resposta ao advogado Francisco Proença de Carvalho, defensor do presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, a testemunha disse nunca se ter apercebido que houvesse "confusão" de papéis entre a empresa e o SIED, mas deixou bem vincado que um funcionário não pode trabalhar em matérias para uma empresa para a qual vai trabalhar.
 
Esta merece uma sonora gargalhada: ahahahahahahaha

23 outubro 2015

Mister versus Lady

A cada um de acordo com o que que merece.

Chamem a marcelona

Interrogado sobre questões relacionadas com o assunto dos "aviões líbios" e as fontes envolvidas, a testemunha invocou também o segredo de Estado.

22 outubro 2015

O sr Consistência

Quando falta a vergonha, na cara e noutras partes do corpo, dizem-se dislates desta natureza.
 
Para inglês ver.
 
Um atentado. Não à Companhia mas à Inteligência.

Poker

Nunca é tarde para aprender a jogar. Às vezes a sobrevivencia depende da habilidade com que se joga. Este apenas demonstra sorte de principiante .

O manual secreto, que toda a gente conhece

Quanto ao manual de procedimentos dos serviços de informações, o secretário-geral do SIRP escudou-se também no segredo de Estado para não adiantar quaisquer pormenores sobre o modo de atuação das secretas.

21 outubro 2015

Desvinculado, mas pouco

A testemunha esclareceu contudo que Jorge Silva Carvalho, ex-diretor do SIED e arguido no processo por alegadamente trocar favores com a empresa Ongoing, ficou "totalmente desvinculado" do SIED a 30 de novembro de 2010.

20 outubro 2015

Azia nas secretas. E não só.

Causada pela mera possibilidade. E bem se percebe porquê.
 
Évora fica tão fora de mão.

O lidador

Perante a insistência do advogado Paulo Simões Caldas (defensor do ex-funcionário do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa/SIED João Luís), o secretário-geral do SIRP aludiu ao segredo de Estado para não responder à questão, depois de também ter dito que "não lidava com questões relacionadas com fontes".
 
 

19 outubro 2015

Falar de bogalhos

Secretas têm base de dados sobre fontes nas empresas privadas? Chefe das secretas refugia-se no segredo de Estado.

16 outubro 2015

O mentiroso

Afinal em que ficamos?
 
 
Ou nas duas folhas dobradas em quatro?
 
O que vale é que tudo está guardado para memória futura. Nem que seja no inferno.

15 outubro 2015

Multiculturas

Um autor que prefere o anonimato vai aproveitar a ocasião para publicar mais um livros sobre as secretas.
 
Chama-se "O forte de pladur". É uma edição de autor e será disponibilizado na internet e redes sociais.
 
Diz quem já leu que é uma sentida homenagem ao edificio da alta de Lisboa onde concentraram as várias etnias, num claro assomo de multiculturalidade.

14 outubro 2015

A reviravolta

Quando a estratégia da acusação é engolida pela estratégia da defesa será que ainda estamos no plano do estado de direito?
 
Desde quando a anormalidade se transforma em normal?
 
Mais um episódio a preparar o desfecho desejado: "águas de bacalhau".

13 outubro 2015

O dia seguinte

Aqui descrito o incrível mundo dos serviços secretos. Onde não há limites para a imaginação. E onde os agentes podem passar a inimigos de um dia para o outro.
 
Pelo menos nestes serviços também se defendem os interesses nacionais.
 
Noutros a principal preocupação é acautelar o dia seguinte (reforma/aposentação).

09 outubro 2015

O verdadeiro e o óbvio (3)

É verdade que a direita política e os seus aliados do centrão da rua do grémio embarcam com facilidade no discurso securitário e totalitário (as mais das vezes por puro mercantilismo). É óbvio que ninguém se demite das funções de conselheiro presidencial apenas porque o tribunal tem uma opinião diferente da sua.
 
A poucos meses do fim do mandato e prevendo-se alguma instabilidade há demissões de conveniência.
 
Aconselhamos a acompanhar este assunto.

08 outubro 2015

O verdadeiro e o óbvio (2)

É óbvio que os terroristas usam a internet para espalhar a sua mensagem criminosa. Não é verdade que a atribuição de poderes reforçados aos serviços de segurança para a prática de vigilância em massa aos cidadãos contribua para diminuir, e muito menos eliminar, a ameaça terrorista.
 
Descontextualizando uma afirmação tola: "São histórias para contar às criancinhas".

07 outubro 2015

O verdadeiro e o óbvio (1)

Se é verdade que os crápulas tomaram conta da estrutura tópica da coisa, também é óbvio que qualquer dia vão ser desmascarados e perseguidos como criminosos que são.

06 outubro 2015

Agremiações e outras pilhérias

Os grémios andam satisfeitissimos porque uma vez mais têm uma maioria clara na banda dos duzentos e trinta.
 
Que Deus lhes valha, portanto.

A guerra das fontes

Diz o diário das novidades:
 
"O Correio da Manhã noticiou ontem que Fábio teria estado com Ayoub em Portugal, antes do episódio do TGV, escrevendo que um espião das secretas portuguesas vigiou a passagem do marroquino pelo nosso país, informação essa que as fontes do DN asseguram ser "totalmente falsa".
 
Será caso para dizer que alguém da estrutura anda a falar com os jornalistas.
 
Mas isso também não é novidade. É a liderança pelo exemplo.

02 outubro 2015

Pertinências

Você confiaria em alguém que tem permanentemente cara de quem vai defecar em seguida?

28 setembro 2015

Sujos

A pressa com que a agremiação aprovou a lei que ia tornar branquinha toda a sujeira que fizeram ao homem esbarrou com a cultura ultramontana do forum.
 
E nem a nomeação de última hora de um comissário de conveniência resolveu o imbróglio.
 
Se lessem mais e falassem menos perceberiam o que falhou.
 
Ridiculos.

25 setembro 2015

Mistificação disse ele

"Nuno Simas foi o autor de notícias no jornal "Público" sobre a situação tensa que, na altura, se vivia no SIED e cuja divulgação estava a preocupar os responsáveis dos serviços de informação."
 
Como se o clima de crise política que sobreveio às legislativas de 2009 e o "assalto ao pote" nunca tivessem existido e não estivessem já em marcha. Talvez este processo e a "inventona de Belém" tenham zonas mistas. E atores mistos, comuns e duplos. Há favores que tâm de se pagar.
 
E devidamente orquestrados. Com "antenas" dentro dos serviços de informação. Colocadas ao mais alto nível, como a prova indiciária veio a demonstrar. Basta ler alguns SMS.

23 setembro 2015

Virgens ofendidas

Se houve algum crime, deve ser imputado aos serviços. "O arguido nem devia ser eu, mas os serviços de informação".

18 setembro 2015

Estranhamente ou dez anos de maus hábitos

E insistiu: "Estranhamente, o SIRP respondeu assim, mas não vemos razão para que o referido manual não seja junto ao processo", explicou Rosa Brandão que tem mais de vinte anos de carreira a julgar casos complexos, mas nunca nenhum como este. "É a primeira vez que lido com um processo sujeito a segredo de Estado. Mas não será assim tão complicado". Mas foi. E vai continuar a ser.

17 setembro 2015

Baixas frequências

Afinal nem só a defesa tem estratégia. Ou não passará tudo de uma estratégia da defesa?
 
Quem tem cú tem medo.
 
Sempre é mais fácil ser forte com os fracos do que com os fortes.
 
Os cobardolas reconhecem-se a olho nú.

16 setembro 2015

A casa dos horrores

A juíza não conseguia esconder a surpresa e até algum desapontamento perante a resposta que o secretário--geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) deu a um pedido do tribunal. "Perguntámos se podíamos ter acesso ao manual de procedimentos dos serviços secretos, que até já foi publicado na comunicação social. E a resposta foi que o mesmo é confidencial. É estranho."

14 setembro 2015

Estranho

Com uma única palavra, a juíza Rosa Brandão deu o tom para o que será o julgamento do caso das secretas

13 setembro 2015

Quando a tentativa é punível

Estamos mais baralhados.
 
E há quem não esteja?
 
Isto não era tudo uma "guerra empresarial"? E não se resolvia tudo "com uns sopapos" no facebook?
 
My ass...

12 setembro 2015

Os nossos respeitos

Para os que abdicaram do fim de semana, fizeram algumas centenas de quilómetros e tiveram de responder ao "toque a reunir" do venerável borra botas.
 
Mau grado toda a eripsela alguns até conseguiram cochilar enquanto a nódoa regurgitava.
 
Para eles, os nossos respeitos.
 

Estupidamente óbvio

Passados mais de cinco anos sobre os factos vem o Expresso clamar que a "Defesa tenta envolver chefe dos serviços secretos".

Poderia ser apenas uma tática da tal defesa.

Poderia, se...

01 setembro 2015

Crédito de confiança

Do "Caso da Proposta da rua do Grémio" mais uma extracção digna das "Crónicas".
 
"Tudo visto e sopesado, afigura-se que a solução encontrada pelo legislador implica, usando o critério do Acórdão nº 187/2001, efeitos restritivos ou lesivos que se apresentam, todavia, numa relação "calibrada" – de justa medida – com os fins prosseguidos, ponderando aqueles efeitos face às medidas possíveis, tudo à luz do reconhecimento e outorga ao legislador do "crédito de confiança" que lhe é devido."

31 agosto 2015

Mundo Virtual

Um Acordão recente publicita esta "pérola" de realismo queirosiano:
 
"Por fim, não se esquecendo a profundidade com que o Tribunal tem entendido a necessidade de controlo da informação resultante da interceção de comunicações, não se pode deixar de notar que nem todas as exigências implicadas na realização de escutas (cfr., designadamente, os Acórdãos do Tribunal nº 426/2005 e nº 4/2006) fazem sentido quando apenas estão em causa os dados de tráfego. Ali, importa atentar no conteúdo das informações, para o mais rapidamente possível aferir da sua relevância, eliminando rapidamente o resultado lesivo (isto é, destruindo as escutas) na parte inútil, precisamente por respeito ao princípio da proporcionalidade, momentos e necessidades que não se reproduzem quando apenas estão em causa dados de tráfego. "
 
 
O caso da "Proposta da rua do Grémio" ainda vai fazer correr muita tinta.
 

28 agosto 2015

Quotas

Nos mentideros corre que a corrente gay do sistema reivindicou junto dos seus representantes nas mais altas instâncias uma quota condigna nos cargos dirigentes.
 
A abertura à modernidade é completa. Eles (e elas) andam por aí.

18 agosto 2015

Língua de pau

Na língua de pau dos avençados da rua do Grémio, maioria de oportunidade e demais oportunistas, um MENTIROSO é "alguém que lida mal com a verdade".
 
 

05 agosto 2015

Saudades da PIDE

"De facto, não se alcança como se pode conciliar a proibição dirigida ao pessoal do SIRP de exercer poderes, praticar atos ou desenvolver atividades do âmbito da competência exclusiva dos tribunais, do MP ou das entidades com funções policiais (...) com a previsão do carácter exclusivo dos órgãos e serviços do SIRP de tais funções e atividades (...)"
 
in Parecer da CNPD nº 51/2015 de 26/06/2015

28 julho 2015

Insultos à inteligência

Sob o pretexto de "Pensar a segurança" escrevem-se, por vezes, curiosidades únicas.
 
Num destes pensamentos vem o autor negar que convida à censura na internet, presume-se que às áreas de comentários de publicações online, por conterem insultos "anónimos e cobardes".
 
Depois surgem as forças de segurança e os serviços de informações num curioso mix em que todos trabalhariam para descobrir quem insultou de forma anónima e cobarde. Como se não existisse política criminal nem avaliação da ameaça. Seria o regresso ao Farwest ou à Rússia soviética.
 
Generalizar nesta matéria é obviamente manipular. O mix FS+SI não é mais do que a receita usada pelo arco da desgovernação no novo regime do SIRP. Veremos no que dará a receita.
 
E a referência ao Google e ao Facebook é também ela muito curiosa. Afinal se, como afirma o autor, os dados são fornecidos voluntariamente pelas empresas aos SI dos países de origem não há qualquer anonimato. Podem as FS, portanto, investigar e os tribunais punir. Se os SI fornecerem os tais dados às FS, como é de presumir que o fazem.
 
Para escrever sobre certos assuntos é conveniente ter mais do que umas luzes. E não misturar alhos com bugalhos. Ou haverá inteligências que se sentirão insultadas. E um artigo que até pode ter interesse acaba por passar despercebido, de tão confuso.
 

23 julho 2015

O tempo e o modo

Uma proposta de lei que surge no fim de uma legislatura.
 
Sem pensamento. Sem tino. Sem nexo.
 
Não houve livro branco, verde ou azul.
 
A maioria de oportunidade e os demais oportunistas vão nisto.
 
Não passaram um cheque em branco aos serviços de informações. Passaram-no, apenas.
 
Tenham medo. tenham muito medo.

09 julho 2015

Um lacão que nem sempre é lacónico

Tendo dado rosto (sem nunca ter desmentido ou sido desmentido) ao acordo de refugo sobre o SIRP, remeteu-se ao silêncio. O secretário-geral Costa não é tido nem achado neste negócio cuja jurisdicção é da rua do grémio.
 
Como é tão diferente  do dia em que tiveram de o mandar calar por várias vezes em sede de Comissão.
 
Se a política fosse uma praia ele seria um surfista.
 
Um profissional.
 
Os metadados na versão intriga.

06 julho 2015

Os idiotas secretos

Pedro Tadeu (Diário de Notícias, 16-6-2015) exerce o seu legítimo direito de opinião em "Vamos ser controlados por idiotas secretos?".
 
A extensa lista de argoladas é atribuída a idiotas secretos.
 
Estamos em desacordo, ainda que parcial. São idiotas, mas não são secretos. Toda a gente sabe quem são ou foram os autores. É só perguntarem a gente séria das "secretas".
 
Foram políticos, aspirantes a políticos, para-quedistas, esquizofrénicos e outra gente que esteve, ou ainda está, ligada às ditas "secretas". Alguns até foram promovidos (nas "secretas" e fora delas). Uns são ou foram, ministros, generais, embaixadores, conselheiros, directores-gerais, etc.
 
Chamar idiotas às centenas de funcionários é injusto. E Pedro Tadeu sabe que sim.

02 julho 2015

Os metadados

Não há eufemismo made in usa que não faça o seu caminho em Portugal. E há várias razões que estão na origem desse atavismo. A primeira é mesmo preguiça. A segunda é parolice. E um parolo acha sempre que os outros são mais burros do que ele próprio.
 
A expressão metadados que a imprensa avençada da rua do grémio preferiu a dados de tráfego é aparentemente mais modernaça (porque remete directamente para a América, a NSA e Edward Snowden) e inofensiva.
 
A tese dos avençados é "inconstitucional e proíbido é fazer escutas. Obter metadados é legítimo e permitido, pois a Constituição não os refere". Nem sequer é necessário mexer na Constituição, dizem. Descobriram o ovo de Colombo. Até ao dia em que o tal Tribunal Constitucional lhes vier estragar a brincadeira, como é previsível que aconteça (este governo é um viveiro de constitucionalistas a contrario).
 
Os tais metadados são assim chamados exactamente porque permitem inferências muito para além dos dados e do que qualquer cérebro humano pode processar. Os metadados são tudo menos inofensivos e são tratados por supercomputadores e algoritmos especificamente concebido para determinadas finalidades.
 
A este respeito (supercomputadores e algoritmos) estamos conversados. Alguém vai ficar sentado à espera de uma doação do tio da américa sob a forma de aplicação informática. E depois de muito esperar vai receber.
 
Entretanto os metadados serão obtidos da forma clássica, isto é, sob a forma de dados de facturação. Do senhor X, do senhor Y ou da senhora Z. Serão tratados a olhómetro, como outros o foram no passado, e servirão para alimentar convicções pré-concebidas (ou preconceituosas). Estarão a meio caminho entre o voyeurismo e a má-lingua. Nunca terão nada a ver com informações.
 
Mas a expressão metadados, na hipocrisia que resulta da sua utilização, lembra aquele tipo (e que tipo) que dizia que já tinha fumado erva, mas não inalado.

30 junho 2015

À boleia

Quando se anunciou que finalmente o SIS ia ter acesso à facturação detalhada de alvos "de processos em investigação" houve alminhas, algumas até com vocação jurídica, que deram pulos de contentamento. Apressaram-se a dizer que a nova lei (a proposta, ou o que vier a resultar) iria ser anexada a um processo crime que corre termos nas varas criminais da capital.
 
Pode não passar de um pueril desejo, um devaneio jurídico ou uma mera imbecilidade. Mas deu lugar a mais uma notícia. E logo numa altura em que as boas notícias são (ou deviam ser) a ausência de notícias.
 
Quem gosta de andar à boleia devia ver o clássico "Terror na auto-estrada".

29 junho 2015

Navegação

"Quem, por qualquer meio, perante autoridade ou publicamente, com a consciência da falsidade da imputação denunciar ou lançar sobre determinada pessoa a suspeita da prática de crime é punido com pena de prisão até 3 anos".
 
"Se o meio utilizado pelo agentese traduzir em apresentar, alterar ou desvirtuar meio de prova, o agente é punido compena de prisão até 5 anos".
 
Esta práctica é especialmente insidiosa e censurável. Sobretudo se o agente estiver investido em funções públicas ou poderes de autoridade.
 
Alguns poderão pensar que a Companhia se refere a benfiquistas, cuspidelas e bastonadas. Quem de direito deve preocupar-se em fazer justiça nesses casos.
 
Aqui trata-se apenas de fazer um aviso à navegação.

27 junho 2015

383

Uma anedota. Mais uma a somar ao acervo acumulado em 10 anos de anedotas. Felizmente está tudo nos anais, para que a mentira seja desmascarada. Quando for o tempo de tirar (arrancar) as máscaras. Mas há direitos e expectativas que foram lesados.
 
Trezentas e oitenta e três acções em vara cível.
 
Trezentas e oitenta e três pesadas indemnizações exigidas a quem de direito.
 
Uma única exigência de direito de regresso.
 
Já há filas no consultório de um reputado causídico.
 
383

26 junho 2015

Sempre solteira

É lembrado o "caso Veiga Simão". Talvez mais para lembrar a responsabilidade do PS do que pela semelhança das situações.
 
Veiga Simão foi afastado do cargo de ministro da Defesa. Mas a culpa continuou solteira.
 
Neste caso (se é possível chamar caso a isto, mas lá voltaremos) ninguém será afastado (a não ser o scapegoat que estiver à mão).
 
E ela continuará solteira.
 
Como é original a política em Portugal. Para bem do grémio e dos agremiados.

25 junho 2015

São João

Em dia de São João, além dos martelinhos e do alho porro, também houve que picar o balão.
 
A Ameixoeira a necessitar, urgentemente, de uma renovação na forma como comunica. É que nem todos papam grupos.

24 junho 2015

O dilúvio

Duzentos e trinta personas, mais lastro q.b., andam durante quatro anos a empastelar  até que de repente ZÁS surge a brilhante proposta que vai reformar totalmente "as secretas" (que para tristeza dos avençados da rua do grémio cada vez será menos no plural e mais no singular).
 
Governo e maioria (ao que parece apoderados pelos sicários da rua do grémio, de outras facções partidárias) acordaram, a 4 meses de eleições (o que diz muito sobre o que esta gente pensa sobre Democracia e Legitimidade), para aprovar uma série de medidas legislativas, em vários pacotes, que, a serem aprovadas, irão encher os tribunais durante vários anos (alguns deles para sequer tentarem decifrar o chamado pensamento do legislador).
 
Algumas dessas medidas eram velhas aspirações dos quadros. Outras eram aspirações dos desenquadrados. Outras, aspirações dos que aspiram a enquadramento.
 
Se abstraírmos das medidas que se traduzem na criação de "tachos e tachinhos" e de outras mais ou menos inócuas, as medidas que permitem o acesso a um vasto número de bases de dados públicas, além de dados normalmente protegidos do acesso público (sigilo bancário ou fiscal) são reveladoras do estado de espírito da tal maioria, e dos tais apoderados.
 
Alguém, do maior partido da oposição, anda a dormir. As medidas que inicialmente visavam combater o terrorismo já se está mesmo a ver para o que vão servir (até os avençados da rua do grémio deixaram cair qualquer referência ao terrorismo).
 
A actual maioria quer lá saber de minudências (desde que se garantam uns "tachos e tachinhos" com as privatizações da legislatura, algumas realizadas em ambiente de contra-relógio) e é como o rei franciú "aprés moi le déluge".
 
Se, e sublinhamos o SE, estas medidas forem aprovadas e publicadas no diário do governo, tremerão como varas verdes estes procrastinadores inveterados só de pensar que deram mais instrumentos para melhorar a qualidade da nossa democracia, com muitas mais primeiras páginas nos "Correios da Manha", "Sabados", "Expressos" e "Novidades".
 
 
 
 
 
 

23 junho 2015

O crocodilo

O presidente do órgão que alegadamente fiscaliza as secretas tem o condão de ddeixar muita gente atónita. Não tanto pelo que faz, mas mais pelo que diz.
 
Foi-lhe imposta a disciplina de voto numa matéria que ele próprio considera insconstitucional. Diz mestre Pereira e nós concordamos.
 
Mais um caso para a comissão de ética ou apenas uma comichão de ética?

17 junho 2015

Aliviado

Comenta-se nos bastidores do SIRP que um alto responsável terá confidenciado a um dos figurões da banda dos duzentos e trinta que se sentia "aliviado" após a aprovação em conselho de ministros da proposta de lei quadro.
 
Quem sabe se o tal alto responsável quis mimetizar outro alto responsável que também se disse "aliviado", sem cuidar do peso conotativo das palavras?
 
Depois de uma "grande cagada" qualquer um se sente "aliviado".

16 junho 2015

Bloco central

A publicidade não paga que devia ser fiscalizada pela ERC.
 
As banalidades do costume sob a forma de novidades. A correia de transmissão do Bairro Alto em convergência et pour cause com o governo.
 
E a nossa segurança, como fica?
 
Isto tem a ver com segurança. Com a segurança deles.
 
Felizmente há quem esteja atento. E determinado.

Megaorçamento

"Em 2014, a verba subiu para 12,7 milhões de euros, contrastando comos montantes atribuídos ao SIS e ao SIED, respectivamente de 8,7 e de 5,8 milhões de euros".
 
Megaorçamento lembra Megapicnic.
 
Será que o Tony Carreiravai ser convidado para a festa de encerramento?

09 junho 2015

Fait divers

"O nível da ameaça em Portugal justifica que os serviços sejam dotados e um meio tão intrusivo e limitador dos direitos fundamentais?"
 
Estamos a falar de investigação criminal ou de informações?
 
As conversas douradas são apenas um fait divers?

08 junho 2015

Serviço público

A melhor propaganda do PS é a obsessão do PSD.
 
Com marqueteiros assim estão garantidos. Na oposição. Por quatros anos. Merecidos.

05 junho 2015

O recruta zero (2)

Há muitos dirigentes das secretas que defendem o recurso a intercepções por parte dos serviços.
 
Até há pelo menos um que estará a braços com a justiça por alegadamente ter recorrido a tais meios. E outros poderão vir a estar no futuro previsível.
 
Mas os mesmos dirigentes clamam a necessária revisão constitucional que "liberalize" as intercepções.
 
Não pois diferenças entre estes dirigentes e o ex-líder que tem dúvidas.

03 junho 2015

O recruta zero (1)

No dia da Estratégia o ex-líder do SIS foi em contracorrente ao que é defendido pela quase totalidade dos (ex-) dirigentes das secretas. O ex-líder tem dúvidas de que as intercepções telefónicas fossem benéficas para os serviços.
 
A Companhia não sabe se as intercepções são benéficas para os outros serviços de informações.
 
Se fossem prejudiciais certamente seriam generalizadamente rejeitadas.
 
Ou talvez os serviços portugueses sejam comoo recruta da historieta militar: é o único que vai como passo certo.

01 junho 2015

O diagnóstico

O diagnóstico feito em 14 de Maio pelo juíz desembargador e as suas opiniões deixaram a sala em absoluto silêncio.
 
Talvez o autor da reportagem preferisse que a sala irrompesse aos gritos de "For he's a jolly good fellow..." ou "Husa! Husa! Husa!". Sempre teria mais um apontamento de reportagem.
 
Da próxima vez talvez se ouça um afinado e tonitroante "SLB! SLB! SLB! Glorioso SLB!". Como não é na praça do Marquês de Pombal e não  se vendem cervejas em garrafa não háo perigo de tudo terminar numa valente carga policial.
 
Isso sim, seria um óptimo apontamento de reportagem.

29 maio 2015

Crónicas bízaras

Quem é que, não revelando um módico de lucidez (devido ao abuso do cocktail de alheira com vinho tinto), se lembraria de nomear para dirigente máximo alguém a quem os pares chamam pato badocha ?

28 maio 2015

Um sorvedouro desmotivado

Parece ter sido assim que um antigo director das secretas caracterizou a estrutura dirigida pelo senhor Pereira.
 
E por aquilo que pode ser lido na revista do Esteves esse antigo director andou nessas lides entre 2005 e 2011. Como é só fazer as contas são uns meros 6 anos.
 
Pouco tempo quando comparados com os 10 anos do tal senhor Pereira.
 
Mas 6 anos dão para sentir com clareza sentidos e tendências. Antes de 2011 já a tal estrutura (que é o nome indicado para uma coisa que não se sabe bem o que é nem para o que serve) era um sorvedouro desmotivado. E o referido antigo director nunca andou a dizer que dirigia um sorvedouro (e gastava-se mais em 2011 do que em 2015) nem quea andava desmotivado.
 
O que o motivava em 2011 que actualmente não motiva?
 
Porque é que os actuais directores se sentem, apesar de tudo, confortáveis perante o sorvedouro desmotivado?
 
 
 
 
 
 
 
 

27 maio 2015

O dia mais longo

O que aconteceu no dia 30 de Julho de 2011 daria para escrever um livro.
 
E nem todas as personagens ficariam muito bem na fotografia.

26 maio 2015

Decrepitude e decadência

São as palavras que ocorrem quando um ex-AA (isso existe???) se dirige a uma amostra de "plateia" para proferir inanidades.
 
Recolha ao hospício de onde nunca devera ter saído. Tenha vergonha (coisa que sabemos impossível).

22 maio 2015

Desacreditação

Um juíz diz a uma procuradora que teme estar a ser espiado por uma organização secreta. E o que acontece?
 
N a melhor das hipóteses acontece o que aconteceu. Um diário pega no assunto e publica porque sabe que é matéria de venda garantida.
 
Mas o assunto é sério. Ou o magistrado denunciante revela traços de paranóia e não está em condições de exercer a sua profissão, devendo ser submetido a junta médica e aposentado por razões de saúde. Ou estamos perante a denúncia de condutas que configuram a prática de vários crimes e o MP tem a obrigação legal de agir. É o Estado de Direito que está sob ameaça e não apenas um juíz.
 
A utilização do método da carta-denúncia anónima diz muito de quem o utiliza e dos objectivos a atingir.
 
A desacreditação de um juíz é também a desacreditação da Justiça. A simples publicação desta notícia é um primeiro sinal do sucesso da estratégia da organização secreta denunciada.
 
Será que a Justiça vai ficar refém?

20 maio 2015

Excelente m....

Alguém se lembra de um personagem que como relevante experiência profissional para trabalhar em informações era ter estado 12 anos ao serviço dos chineses?
 
Alguém lhe fez um vetting?
 
E para onde foi depois de uma curta mas estapafurdia passagem pelas secretas? Trabalhar (???) para os chineses, claro! Com direito a elogio público e louvor (para os anais).
 
Aqui não há período de nojo que se lhe aplique. Dirão alguns: a nova lei ainda não estava em vigor. Diz a Companhia: e se a lei estivesse em vigor era a mesma coisa, porque ela atribui o poder alegadamente discricionário de dispensa do período de nojo. Pela mesma entidade que tem competẽncia para nomear e exonerar. Brilhante. Podiam fazer mais 20 manuais de prevenção da corrupção nos serviços públicos e nunca iriam chegar a incluir estes requintados e terceiro-mundistas procedimentos.
 
É a excelência dos nossos parlamentares aliada à excelência da nossa administração de topo. Já para não falar da excelência de quem controla a legalidade dos actos da administração.
 
 

18 maio 2015

Meros indícios

Acerca de eventuais ofensas de magistrados praticadas via Facebook, veio a senhora PGR entender, e bem, integrarem as mesmas a dimensão de liberdade de expressão. Nesta medida dificilmente poderiam configurar uma infracção.
 
Este assunto encerra uma outra curiosidade, a julgar pelo que veio publicados nos jornais. A PGR na acta da reunião de 14 de Abril do Conselho Superior explica que "em processo disciplinar, os meios de prova legalmente admissíveis em ambiente digitalmprefiguram uma baixa expectativa de resolução do caso, em especial no que respeita à determinação dos respectivos autores".
 
Pelo menos para a senhora PGR, ao contrário de alguns outros, não bastam meros indícios.
 
Apetece dizer: Grande palhaço!
 
 

14 maio 2015

Especialistas

 
E não. Não é piada.

13 maio 2015

O arroto com cheiro a alheira

De vez em quando lá faz o seu aparecimento. Acompanhado de um séquito que parece saído da nova manga japonesa. Percebe-se o ar de vergonha e enjoo dos que, por dever de ofício, ladeiam a boçal personagem.
 
Vive-se, por alguns momentos, o ambiente de loja. E de tasca também.

12 maio 2015

Mais iniquidades

Perante as desproporcionais e iniquas restrições muitos funcionários bateram, discretamente, com a porta. E não consta que algum tenha sido ouvido pelo órgão alegadamente fiscalizador.
 
E também não consta que algum dos que sairam tenha pedido para ser ouvido pela 1ª Comissão. E muito menos consta que a dita comissão tenha mostrado a mesma solicitude que mostrou no passado para ouvir quem nem sequer era funcionário dos serviços. E ainda hoje não se percebe a que título foi ouvido. Mais um episódio para os anais das vergonhas parlamentares.
 
Enquanto isso vão-se discutindo datas para actos eleitorais. Na sequência destes actos vão mudar muitos dos que têm o poder de tudo mudar no SIRP. E vão certamente mudar alguns dos que pensam que têm poder no SIRP.
 
Mas há coisas que não vão mudar.
 
A primeira dessas coisas é que amanhã, tal como hoje, os que terão o poder de tudo mudar no SIRP, não estarão obrigados, forçados nem coagidos, na mesma medida em que estarão os funcionários do SIRP. Ninguém lhes irá perguntar se são ou foram da maçonaria, se andaram por ONG ou empresas de reputação duvidosa e se são suspeitos ou arguidos em algum processo crime. Ninguém lhes fará uma verificação de segurança. Ninguém lhes apontará ligações perigosas. Ninguém lhes pergunta de onde vieram e para onde vão.
 
Para essa elite as regras são diferentes daquelas que impuseram aos escravos. Não há regras.
 
O mesmo é válido para os seus mandatários no sistema.
 
É um vale tudo. Até um dia.
 
De traição se falará depois.

11 maio 2015

Iniquidades

A legislação do SIRP tem apreciáveis restrições ao exercício de direitos e comina intermináveis deveres aos respectivos funcionários.
 
Isso não impediu que, ao longo dos tempos, muitos tenham querido ingressar naquilo que, pensavam, poderia ser uma aliciante carreira. É assim em muitos outros países e Portugal não é diferente.
 
As últimas alterações à Lei Quadro do SIRP vieram introduzir ainda mais limitações ao desempenho de quem se encontra nos serviços de informações (as quais se aplicam a todos menos às direcções e à alegada fiscalização). As limitações foram tais que muitos clamaram inconstitucionalidade (as próprias direções o fizeram em on ou em off). Outros disseram que nem as magistraturas ou as forças armadas são tão limitativas. A alegada fiscalização sobre o assunto disse o que costuma dizer: nada.
 
O Provedor de Justiça, que devia conhecer bem o sistema (tendo presidido durante algum tempo a entidade alegadamente fiscalizadora, até que se demitiu por desinteligências), também fez vista grossa perante tamanha desproporcionalidade e iniquidade.

05 maio 2015

Tão discretos que eles são

"A questão é saber se vale a pena perturbar o relacionamento entre o MP e o SIRP. Provavelmente preferem resolver o assunto de forma discreta."
 
Trata-se de uma preocupante emanação do dito salazarista "entre marido e mulher..."
 
E o Estado de Direito, meu Deus? Não será isto subversão? De certeza que é lógica de Sinagoga, com apelo a tanta discrição.
 
Era caso para envolver as capacidades operacionais do SIS. O problema é que...

04 maio 2015

Provérbios

"Usa as mãos do teu inimigo para apanhar a cobra".
 
Provérbio persa

03 maio 2015

Cego, surdo e mudo

"Não respondeu se tinha tomado alguma medida sobre o assunto".
 
O Conselho serve para quê se nunca responde e raramente sabe? Porque não quer saber. É público.

01 maio 2015

A bicicleta

A greve é um direiro dos trabalhadores. E como todos os direitos deve ser exercida de forma responsável.
 
Aqui terminaria a declaração de interesses da Companhia se não tivesse havido, não há muito tempo, uma declaração de alguém com responsabilidade (não confundir com alguém responsável) que se referia às empresas estratégicas e à necessidade de produção de inteligência económica para apoiar tais empresas (qualquer semelhança com a tese da defesa em juízo de alguém é, naturalmente, pura coincidência, até porque Portugal é o país das coincidências).
 
Para celebrar e coordenar esta orientação superior reuniram-se os estados-maiores em alegre almoçarada, como é também hábito neste extraordinário país.
 
Pouco tempo volvido, digerida que foi a forte refeição, a empresa passou de recurso estratégico a moeda de troca para equilibrar o valor do défice público. Talvez por isso alguns asseguram que este ano é que é.
 
Esquecidas foram as promessas de papel passado para evitar outras greves. Tão esquecidas como todas as promessas feitas em 2011.
 
E depois tratam-se os profissionais da empresa da mesma forma desrespeitosa e canhestra como se têm tratado os oficiais de informações. Que é aliás como têm sido tratados quase todos os portugueses nos últimos anos (daí que se perceba perfeitamente porque é que, em desespero, se anuncia uma coligação pré-eleitoral).
 
Voltando à empresa. Há muito tempo que ela deixou de ser estratégica para o país. Muito antes de estes governantes iniciarem funções. Por isso é que noutras paragens as almoçaradas inteligentes seriam punidas com chicote ou prisão, se ao caso não fosse aplicada uma munição solitária.
 
E há muito também que a empresa deixou de ser bem gerida. Até para justificar a criminosa propaganda de que a gestão pública é incompetente. E para reduzir o valor do bem no mercado, assim beneficiando o comprador. Assim se garantem uns lugares para os próprios e protegidos na empresa privatizada. Tudo dentro da maior legalidade (na linha de todos os procedimentos praticados pelo 44). Até porque como dizia alguém com responsabilidade (não confundir com responsável) "não há corrupção em Portugal".
 
Depois vieram mais pessoas com responsabillidades (que não responsáveis) dizer que se a greve for por diante a empresa vai à falência e serão despedidos 40% dos trabalhadores (era melhor optarem por um ou outro cenário, é que apresentar ambos não tem nenhuma lógica). É de uma inabilidade notável ameaçar com o despedimento alguém que tem 50% de hipóteses de ser despedido, com greve ou sem ela. Deve ser o que se ensina em alguma universidade de Pyongyang ou Sichuan. Por onde tem andado esta gente?
 
Ninguém pareceu preocupar-se com a saúde da empresa quando se perderam milhões com os cancelamentos de voos para novos destinos, arranjados à pressa e meios alugados à pressa que nunca apareceram. Em plena época alta. E por acaso os mesmos profissionais agora acusados de sabotadores denunciaram a situação (quando outros a calaram).
 
Também ninguém se procupou com o estado degradado e decrépito dos meios. E com a progressiva queda da qualidade dos serviços de bordo (para níveis piores do que é o padrão de muitas companhias africanas, sem desprimor). E com o facto de os serviços públicos terem deixado de escolher a empresa, porque em rotas concorrenciais os seus preços são proibitivos (em rotas não concorrenciais são um verdadeiro suicídio, para a empresa).
 
E agora preocupam-se com a anunciada greve de 10 dias?
 
Não se preocupam coisa nenhuma. Foi-lhes dado de mão beijada o argumento de que precisavam para acelerar o processo de venda por grosso e ao desbarato da empresa. É que essa venda tinha bastantes opositores internos (os trabalhadores, compreensivelmente) e externos (uns quantos saudosistas e outros que têm uma estranha relação, de tipo sexual, com a bandeira).
 
"Fiquem lá com a bicicleta".

30 abril 2015

Espionagem e corrupção

"As secretas podem ter escondido do MP pelo menos um crime de espionagem e um de corrupção de funcionário". Diz a VM.
 
um?
 
Perguntam os funcionários.

29 abril 2015

Quem tem farelos

Quem gosta da verdade e quem nem por isso. Como é possível um estado de direito (?) suportar tal comédia?
 
E a farsa da fiscalização. Qual auto de Gil Vicente.

28 abril 2015

Apologia

Num país pequeno e "pequenino" quem tem um olho, mesmo a piscar, pode ser king. Ou sueca. Ou lerpa.
 
A desenfreada corrida aos recursos. E só isso.

Direito das Informações

O que se inventa hoje em dia...
 
Desespero ou burla? A doutrina divide-se. Mas pouco.

27 abril 2015

Secretas omitem crimes ao MP

Que surpresa! Ninguém diría.
 
Ou como dizía uma fonte da Sápadu "Não é isso que as secretas fazem?"

24 abril 2015

Aprender até morrer

"É no IRN que está guardada toda a informação relativa ao registo civil de cidadãos nacionais e estrangeiros: [...] assentos de baptismo [...] e até mudanças de sexo".

23 abril 2015

Quem é Ev93ny SkobkAr3v?

Se fosse uma sondagem diría: "Não sabe ou não responde".

22 abril 2015

Lapsus

Qual destas afirmações é lapso dos jornalistas da Sápadu?
 
"Júlio P3r3ira mantém-se no edifício que foi ocupado pela diplomacia da antiga URSS".
 
"A embaixada da Rúccia dirige os serviços secretos portugueses há dez anos".

21 abril 2015

A acção e o inquérito

 O que é que a Margarida Rebelo Pinto tem a ver com esta brilhante tirada?
 
"Os agentes estrangeiros queriam aceder à informação civil e empresarial guardada no Instituto dos Registos e Notariado através de uma toupeira portuguesa. O Serviço de Informações de Segurança detectou e desmantelou a acção, que acabou por se cruzar com o inquérito da Polícia Judiciária ao caso dos vistos Gold".
 
Tão vívida descrição só enaltece a qualidade (e o acesso) das fontes.

20 abril 2015

Os russos e o Mosquito

Uma vez, um mosquito declarou guerra aos russos dizendo-lhes que pouco se importava com o seu título de grande potência. Dito isto, começou a picá-los por todos os lados, tornando-o furiosos, não lhe dando tréguas, até que os russos cairam esgotados. O inseto, então, se retirou cheio de orgulho, mas, enquanto ia anunciar a todos os demais bichos sua vitória, caiu na traiçoeira teia de uma aranha e lá ficou preso.
Adaptado da fábula de La Fontaine.
 
Também poderia chamar-se: "Os russos e o mosquito". Ou: "Os russos e os insetos".
 
É bom que não se esqueçam da moral da história.
 
De traição se falará depois.

26 fevereiro 2015

Lógica de Sinagoga

O que impera no Arco da Sinagoga, por outros chamado da Des-governação ou também Sistema do Pote, é o silêncio.
 
O silêncio ou umas perguntas tolas e estafadas, daquelas que são mecânicamente extraídas de uma "check-list". Queremos ouvir o "Palhaço Rico"! O que é que o "Gajo dos Vistos" tem a dizer? O melhor é chamar "o amigo do gajo que é amigo do gajo que era amigo do gajo que estragou isto tudo" à assembleia!
 
Tudo ensaiado nos templos, mesquitas e sinagogas.
 
Eles estão "fartinhos" de saber isto tudo. O que os irrita é que os outros saibam que eles sabem.
 
E ainda acreditam que vão ganhar eleições com esta lógica.
 
Vão, vão!

24 fevereiro 2015

A ética dos "homens bons"

O que os casos metódica e pontualmente filtrados para certa imprensa nos deviam levar a concluir, se vivessemos numa sociedade de pessoas livres e esclarecidas, de homens verdadeiramente bons, é:
 
  • para que continuamos a sustentar, até financeiramente, uma inutilidade que, do ponto de vista legal, é o garante do funcionamento ético/constitucional do Sistema?
 
Obviamente que, exceptuando talvez a banda dos 230, ninguém acredita neles (quanto mais não fosse pelo historial dos especimens).
 
"Conselho, que Conselho?", apetece perguntar?

22 fevereiro 2015

Mexilhões

A propósito de uma "coisa" que hoje aparece no Diário de Novidades ficam no ar duas perguntas:
 
1. Focar o "assunto" na questão menor desviando da questão substantiva não é uma técnica rudimentar da propaganda/publicidade/relações públicas? Talvez seja a altura de mudar de agência, não?
 
2. Será só intuição da Companhia ou tudo se parece encaminhar para um desfecho do tipo "Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão"?
 
Bom domingo!

04 dezembro 2014

03 dezembro 2014

Honestidade

Há muita gente a precisar de fazer uma auto-avaliação. Directa e honesta. Será possivel?
 
 

02 dezembro 2014

Material de limpeza

Afinal é proibido ou nem por isso? E o Conselho já o viu ?